Em um ano e meio, pandemia deixou 199 órfãos de ao menos um dos pais no DF (Correio Braziliense) - OAB DF

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DÉLIO LINS

Em um ano e meio, pandemia deixou 199 órfãos de ao menos um dos pais no DF (Correio Braziliense)

Levantamento inédito obtido pelo Correio mostra que 199 crianças de até 6 anos perderam pelo menos um dos pais em decorrência da doença na capital. Especialistas destacam a importância de uma rede de acolhimento a esses meninos e meninas

O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da OAB/DF, Charles Bicca, deu entrevista para o Correio Braziliense falando sobre a situação das crianças e adolescentes em meio a pandemia de Covid-19 e destaca necessidade de programas de acolhimento.

Falta de programa

A falta de políticas públicas voltadas para as crianças que perderam os pais para a covid-19 é sentida tanto no âmbito nacional quanto local. Procurada pelo Correio, a Secretaria de Justiça do DF afirmou que não há programas de amparo para crianças órfãs da covid-19 na pasta.

A Vara da Infância e da Juventude do DF informou à reportagem que não há “registro de casos de acolhimento institucional, guarda ou adoção de crianças ou adolescentes em razão da perda de mãe, pai ou responsáveis por causa da covid-19.” Ao Correio, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que lançou, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), um edital “para realizar diagnóstico sobre a realidade vivenciada por crianças, adolescentes e famílias neste período, identificando principais efeitos psicossociais gerados pelo contexto relacionado à pandemia.”

Segundo a pasta, a ação se deu por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. “As inscrições se encerraram em maio de 2021, e, após procedimentos internos e o devido processo de seleção das propostas apresentadas, a empresa foi selecionada e já se encontra em fase de desenvolvimento do projeto”, afirmou, em nota, o ministério.

Charles Bicca, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal (OAB-DF), cobra ações do poder público. “É uma epidemia dentro da pandemia. Não tenho visto nada de concreto acontecer, vi algumas movimentações em outros estados.

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Comunicação OAB/DF