Confira dicas de como adquirir inteligência emocional e ser um melhor profissional no futuro

Como parte de um projeto para passar conteúdos inovadores para a advocacia neste período de isolamento social, a Escola Superior de Advocacia da OAB/DF convidou para tratar sobre o tema O profissional do Futuro e Inteligência Emocional o PHD, master coach e especialista em Inteligência Emocional, Paulo Vieira. A transmissão foi feita pelo Instagram da OAB/DF e da ESA/DF e a palestra conduzida pelo presidente da Seccional, Délio Lins e Silva Júnior, na última terça-feira (28/4), ocasião em que mais de mil pessoas assistiram a live.

O presidente Délio Lins ressaltou a importância da advocacia e a da população serem otimistas em um momento como este, em que enfrentamos uma pandemia. “São períodos que ninguém esperava viver, tudo está mudando e temos que nos adaptar. Eu gosto de tratar as coisas da melhor forma possível, gosto de procurar nas dificuldades, oportunidades e otimismo”, comentou.

O especialista em Inteligência Emocional, Paulo Vieira, concorda com o presidente quanto à necessidade de ser otimista. “Um dos fundamentos da inteligência emocional é o otimismo. Segundo Daniel Goleman, é o olhar o lado bom dos acontecimentos, mesmo que eles sejam ruins. É conseguir perceber benefícios, vantagens e aprendizados em qualquer situação”, completou.

O especialista explicou o que seria dominar a inteligência emocional. “É a pessoa conseguir manifestar e ter a emoção certa, no momento certo e na intensidade certa. Quem consegue fazer isso será bem próspero”, disse. Aplicado ao Direito ou à outra área, a inteligência pode gerar bons resultados. “A pessoa pode saber tudo da parte cognitiva do Direito, mas, se não souber lidar com o lado emocional, perde muitas conquistas, pois essa área nos ajuda a ter sucesso”, acrescentou.  

Profissional do futuro
Para se tornar um melhor profissional, o coach Paulo Vieira destacou outros fundamentos da inteligência emocional que podem ajudar no caminho. “O benefício dessa inteligência é muito grande. É importante ter também autocontrole; flexibilidade; adaptabilidade; iniciativa, para fazer algo acontecer; ousadia, para sair de um padrão que se vive e ir para outro; autoconfiança, para buscar novas soluções para a profissão que está mudando”, diz.

Segundo Vieira, nesta nova realidade de grandes tecnologias presentes no dia a dia, os profissionais do Direito devem saber se reinventar para permanecer e criar espaço no mercado de trabalho. “Na China, por exemplo, já existem algoritmos jurídicos que produzem coisas em menos de um minuto, como teses, petições, defesa, avaliação do júri e outros, são as chamadas machine learning”, conta.

Entretanto, o coach também deu dicas de como os profissionais da advocacia podem fazer para se alinhar a essa tecnologia. “E, no meio disso tudo, qual o papel do advogado? Se conectar com pessoas, olhar fundo nos olhos do cliente e entender seus medos, angústias e necessidades. Esse lado emocional é algo que as máquinas não têm. E outra coisa, elas aprendem com o que as ensinamos. Não trate a tecnologia como uma inimiga, se junte a ela”, observou.

De acordo com o especialista, outro caminho a ser seguido é o do empreendedorismo digital. “É saber se reinventar. Quem não domina isso é um grande candidato a sair do mercado de trabalho. As pessoas devem estar constantemente aprendendo novas ferramentas para aplicar ao trabalho do dia a dia e se conectando com novas pessoas. O profissional do Direito que conseguir se transformar com a nova tecnologia será bem sucedido. E isso pode ser iniciado com a produção de novos conteúdos e que impactem a vida das pessoas”, aconselhou.

Para se abrir um bom escritório, o presidente Délio Lins recomendou: “é necessário que a pessoa tenha humildade suficiente para conhecer suas limitações e saber até onde ela pode chegar sozinha; entender também que ela precisa de alguém para ajudá-la a se desenvolver e saber se conectar com esse alguém da forma correta; e ainda ter a ousadia suficiente para empreender juntando as habilidades de cada um”, finalizou.  

 

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob supervisão de Ana Lúcia Moura)