Conselheira do CNJ diz que desrespeito às prerrogativas é problema cultural

Brasília, 15/5/2014 – A conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gisela Gondin Ramos ministrou palestra sobre “Prerrogativas da advocacia e atuação prática no CNJ – Conhecendo os seus direitos e limites para a maior eficiência no exercício profissional”, na quarta-feira (14), na sede da Seccional. O evento foi organizado pelas Comissões de Prerrogativas e de Apoio ao Advogado Iniciante.

A palestrante fez um panorama da sua atuação do CNJ em defesa das prerrogativas da advocacia, que são as garantias do cidadão para o efetivo exercício dos direitos e garantias constitucionais. Ela classificou como “um problema cultural” o desrespeito às prerrogativas. Para a conselheira, as autoridades precisam tomar consciência de que se trata de um instrumento para a defesa do cidadão e não do advogado em particular.

Camilo Noleto, presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, destacou que a escolha do tema foi motivada pelas dificuldades enfrentadas pelos advogados. Ele reforçou o conselho da palestrante sobre o bom senso, alertando que os advogados, no exercício profissional, precisam manter o equilíbrio para prevalecer o respeito mútuo. “A palestra foi muito pragmática, possibilitando diversos esclarecimentos pontuais sobre a maneira dos advogados se comportarem em situações de violações, tendo sido muito valiosa principalmente para os advogados iniciantes”.

conselheira_cnj2Já o vice-presidente da Comissão, Guilherme de Castro Souza, afirmou que o evento foi muito esclarecedor. “Saio deste evento, com a consciência de que as prerrogativas da advocacia devem ser sempre defendidas, mas sempre com muito respeito, sabedoria e, mormente, com muita responsabilidade, pois não se trata de uma garantia de um indivíduo, mas de um todo a fim de garantir, acima de tudo, a justiça.”

O conselheiro e secretário-geral da Comissão de Prerrogativas, Marcel Versiani, apresentou o sistema de defesa das prerrogativas da Seccional, as ações ininterruptas que vêm sendo tomadas, como desagravos itinerantes, no local onde foi desrespeitada a prerrogativa e fez um apelo a todos os advogados do DF, de que não tolerem desrespeito às prerrogativas, pois são direitos do cidadão e portanto indisponíveis, como afirmou a palestrante.