2ª Marcha contra a Corrupção reúne mais advogados

Brasília, 13/10/2011 – O presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, esteve acompanhado de sua diretoria, conselheiros e inúmeros advogados, na quarta-feira (12/10), na 2ª Marcha contra a Corrupção, na Esplanada dos Ministérios. Reivindicou-se a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, o fim do voto secreto parlamentar e o poder de punição do CNJ a magistrados corruptos. Para Caputo, “é uma honra Brasília sediar o maior movimento contra a corrupção do Brasil. A Ordem dos Advogados do Brasil, aqui representada pelo presidente do Conselho Federal, Ophir Cavalcante, e presidentes de vários Estados, apoia firmemente o movimento, que é uma bandeira histórica de todos nós”.

Ainda segundo ele, “o presidente Ophir, desde o seu discurso de posse, instiga-nos a combater esse câncer que está a minar as instituições republicanas. Precisamos conscientizar a população e fortalecer o CNJ, que combate a corrupção no Judiciário. Ninguém está imune a investigações. A Ordem e os brasileiros estão atentos e cobrarão das autoridades públicas uma postura intransigente à corrupção. Estamos juntos e contamos com um exército de 720 mil advogados. Muito obrigado pela participação de todos vocês!”.

De acordo com a estimativa da Polícia Militar, 20 mil pessoas se concentraram em frente ao Museu da República e seguiram até a Praça dos Três Poderes. Os manifestantes levaram faixas, apitos, bandeiras brasileiras, cartazes e vassouras verde-amarelas que simbolizavam a varredura dos ilícitos no país. Em frente ao Congresso cantaram o Hino Nacional. Uma equipe da OAB/DF distribuiu a advogados e estudantes água e camisetas pretas com a inscrição “Brasil contra a corrupção”.

Em seu discurso, Ophir Cavalcante defendeu o fortalecimento do CNJ como órgão com poderes para punir juízes que cometem desvios de conduta. “Juiz que não tem nenhum tipo de problema ético, juiz que é sério e honesto não teme qualquer tipo de fiscalização, muito menos um CNJ forte. Hoje, os advogados estão aqui abraçando esta causa. E por que fazemos isso? Porque não temos rabo preso com nenhum partido político. Não devemos aquilo que recebemos a nenhum governo e a nenhum governante. Essa é a grande condição para que possamos vir, de peito aberto, defender essas bandeiras”.

A bancária aposentada Silva Maria registrou cada momento da manifestação com sua máquina fotográfica e contou que também esteve presente à 1ª edição da marcha: “Corrupção não leva país nenhum a lugar nenhum. Queremos Justiça! Se eles (políticos) estão eleitos, foi porque nós os elegemos para defender nossos interesses”.

“Fico muito feliz por ver que a partir deste engajamento renasce no povo a esperança de dias melhores. A OAB está de parabéns”, frisou o presidente da OAB do Rio Grande do Sul, Claudio Lamachia. Para o presidente de Mato Grosso do Sul, Leonardo Avelino Duarte, “isso demonstra a vontade inequívoca dos brasileiros de ter um CNJ fortalecido e capaz de apurar graves denúncias. A sociedade não mais tolera o enclausuramento do Poder Judiciário, especialmente de suas corregedorias”.

Além desses dirigentes, participaram da marcha os presidentes Hélio Vieira, de Rondônia; Henrique Mariano, de Pernambuco; José Glomb, do Paraná; Odon Bezerra, da Paraíba; e Saul Quadros, da Bahia, conselheiros federais e seccionais, comissões da OAB e advogados de todo o país.

Reportagem – Thayanne Braga
Foto – Eugenio Novaes
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF