Entrevista: Luiz Antônio Guerra, presidente do IADF

O advogado Luiz Antônio Guerra tomou posse na noite de quarta-feira (11) na presidência do Instituto dos Advogados do Distrito Federal (IADF). A solenidade em que foi empossada a nova diretoria do instituto foi na sede da OAB/DF. Acompanhado do novo secretário-geral, Leon Frejda Szklarowsky, e do diretor cultural Amauri Serralvo, o presidente Luiz Antônio Guerra deu a seguinte entrevista: Qual a principal meta da sua gestão? O nosso Instituto dos Advogados do Distrito Federal foi fundado em 2 de julho de 1970 e no seu aniversário de 39 anos de fundação a gestão atual pretende dar cumprimento aos seus objetivos sociais. Entre eles, a colaboração com os poderes constituídos e o aperfeiçoamento da administração da Justiça. Além de dar ao instituto a posição de destaque que se exige dele na capital federal, ou seja, ser uma referência de cultura jurídica.

Como o senhor pretende alcançar esses objetivos? Nós estamos aprovando a reforma e atualização do nosso estatuto e através dessa reforma implantaremos várias políticas de visibilidade no IADF. Entre elas, já posso adiantar, serão criadas algumas novas frentes, por exemplo a Escola Brasiliense de Advocacia, o Tribunal de Mediação e Arbitragem, curso preparatório para carreiras jurídicas e também a Comissão de Acompanhamento Legislativo e a Comissão de Novos Advogados.

Que tipo de relacionamento o senhor pretende construir com a OAB/DF? Essas comissões concorrem com atividades da Seccional? É importante dizer que o instituto dos advogados é a matriz da Ordem dos Advogados. Ele foi criado em 8 de agosto de 1843. A história do instituto se confunde com a história do Brasil. Então, dentro dessa perspectiva, as atuações do instituto jamais se confundem ou se confundiram com as da Ordem, porque o instituto é uma entidade cultural que busca o aperfeiçoamento das instituições, enquanto a Ordem está relacionada essencialmente à atividade do advogado, das prerrogativas da profissão. O que queremos com essas iniciativas que acabei de mencionar é ocupar o espaço que o Instituto dos Advogados do Distrito Federal há muito deveria ter ocupado e não o fez e essas iniciativas não vão se confundir jamais com as atividades da Ordem. Nós temos todas as condições para implantar essas iniciativas, porque, diferentemente da OAB, o instituto dos advogados congrega bacharéis em Direito, entre eles, especialmente, os advogados. Porém, esses advogados são referências nas suas respectivas atividades.

Qual a situação do instituto em termos de estrutura? O instituto tem o principal: homens dignos e preparados. Esse manancial é que garante a relevância patrimonial que o instituto tem, esse congraçamento entre seus membros e essas potencialidades. É com base nessas potencialidades que o instituto vai marcar sua presença no Distrito Federal.

Existem recursos para viabilizar os novos projetos? Todas as iniciativas serão viabilizadas através de parcerias com instituições públicas e privadas. Hoje, sabemos das dificuldades que todas as instituições culturais têm em relação às receitas, mas é preciso ter criatividade e a diretoria do instituto dos advogados tem essa criatividade. Não podemos ser pessimistas jamais. O presidente, o diretor cultural, o secretário-geral, todos estaremos imbuídos nesse espírito de buscar parcerias para viabilizar as iniciativas.

Existe algum assunto especifico sendo discutido no Distrito Federal sobre o qual o instituto poderia opinar e dar sua contribuição? O instituto é um permanente colaborador das instituições e a Comissão de Acompanhamento Legislativo será o indicativo para nos dizer as temáticas mais importantes para o cenário jurídico. Nós estaremos colaborando mediante questões, recomendações, estudos, trabalhos, para servir aos nossos congressistas, para subsidiar o Poder Legislativo em colaboração ao aperfeiçoamento da legislação brasileira. O IADF tem esse dever, porque além de ser esse seu objetivo, ele está situado na capital federal.