O manto revela uma de suas paixões: a OAB

Brasília, 18/02/2012 – Sob os aplausos dos presentes e a comoção dos familiares, o corpo do ministro Maurício Corrêa deixou o Salão Branco do Supremo Tribunal Federal, onde foi velado, direto para o Cemitério Campo da Esperança. Cobrindo o caixão do ministro, as bandeiras símbolos de duas grandes paixões: o Brasil e a OAB.

O velório foi encerrado com uma missa de corpo presente celebrada por Dom Falcão, arcebispo emérito de Brasília, com a participação de amigos e ministros do STF, entre eles Carlos Ayres Britto, Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello.

A diretoria da OAB/DF também marcou presença durante toda a sentinela. Ainda atônito com a notícia inesperada, o presidente Francisco Caputo lamentou: “Infelizmente, Deus levou antes da hora, a nosso ver, o maior líder da advocacia brasiliense”.

Segundo Caputo, Corrêa colocou a Ordem em outro patamar. “Com sua competência intelectual, seu caráter, sua probidade e sua capacidade de trabalho construiu nossa entidade e a defendeu no momento mais agudo de nossa história, contra a tentativa do governo militar de calar a Ordem. Aquele foi talvez nosso gesto mais bonito em defesa da sociedade. Ali nós começamos a abrir o caminho para a redemocratização do país”, disse, ao recordar a atitude do então presidente da OAB/DF que, de braços dados com outros advogados e cantando o Hino Nacional impediu a invasão da sede pelos militares.

O vice-presidente da OAB/DF, Emens Pereira, declarou que pessoas como Maurício Corrêa, batonier da advocacia brasileira, não morrem. “Pessoas como ele apenas mudam de lugar”. E completa: “Isso é o que significa Maurício Corrêa para os advogados, para Brasília e para o Brasil.

Reportagem – Helena Cirineu
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF