OAB/DF presta assistência para família com câncer

A família Morato, de Brazlândia (DF), enfrenta um drama diário pela sobrevivência. O pai e quatro filhos sofrem de osteocondromatose múltipla congênita, um tipo raro de câncer que provoca a degeneração dos ossos. Desempregados, marido e mulher lutam na Justiça para obter auxílio do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Das quatro crianças doentes, apenas uma é beneficiária do INSS. A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, tomou conhecimento do caso na terça-feira (18) e garantiu a participação da entidade na luta a favor da família. “Vamos exigir do Estado a atenção devida a essas pessoas”, afirma. Nesta quarta-feira (18), a Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF visitou os Morato para prestar assistência jurídica gratuita no caso. A Seccional tomou conhecimento da situação pela equipe de jornalismo da Rede Bandeirantes de Televisão, em Brasília. “A OAB está muito preocupada com a questão da saúde pública no DF e designamos um advogado para acompanhar o processo e tentar auxiliar a família”, diz o coordenador da comissão, conselheiro Jomar Alves Moreno. José Tadeu Morato, 40 anos, pai das crianças, conta que veio para Brasília em 2002 para tentar identificar a doença dos filhos. Ele e a mulher, Rozilene Xavier Marques Morato, moravam no interior do Piauí e os médicos da região não conseguiam diagnosticar o câncer. Desde então, Tadeu luta para ampliar o auxílio que recebe do INSS. A filha mais velha, de 13 anos, já passou por três cirurgias e mais duas estão previstas. Ela é a única que recebe auxílio do governo. A família sobrevive com os 415 reais repassados para criança. Além da menina, Tadeu tem mais quatro filhos, com idades de 9, 7, 5 e 1 ano. Apenas a caçula ainda não foi diagnosticada com osteocondromatose. Todos os outros sofrem com tumores, dores nas articulações e degeneração dos ossos. O pai diz que não quer dinheiro, apenas o seu direito. “Quero sensibilizar a Justiça não só para o meu caso, mas para a situação de outras pessoas”, afirma. “Pela lei, só um filho pode ficar doente, os outros não tem amparo”, desabafa. O INSS foi contrário a concessão do benefício para o pai e os outros filhos. Apesar disso, quatro possuem o câncer e recebem atendimento no Hospital Sarah Kubitschek.