Para checar situação dos presos quanto à Covid-19, OAB/DF e várias entidades visitam Papuda

Dando continuidade às visitas técnicas às unidades estratégicas no atendimento aos pacientes com o novo coronavírus, na supervisão e apoio às instituições que produzem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e na verificação dos protocolos previstos no Plano de Contingência Covid-19 do DF, o grupo Ação conjunta Covid-19 fez uma visita ao Complexo Penitenciário da Papuda, nesta quarta-feira (1º/7).

Membros da Comissão de Direito à Saúde da OAB/DF, do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), do Conselho de Saúde do DF e da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), representada pelo seu presidente, o deputado distrital Fábio Félix (Psol), foram até o presídio checar denúncias recebidas de estado de calamidade no complexo.

A chegada da comitiva à Papuda se deu por volta de 9h da manhã e apenas o parlamentar pode entrar no local. O restante da equipe ficou do lado de fora do presídio colhendo depoimentos dos visitantes que estavam ali. “Na busca por informação, esses familiares acabam se aglomerando no pátio da instituição, na contramão das recomendações para evitar a disseminação do novo coronavírus”, contou a presidente da Comissão de Direito à Saúde, Alexandra Moreschi, que participou da visita.

A falta de informação é uma das denúncias que as entidades integrantes da Ação Conjunta têm recebido. “Nós já havíamos recebido denúncias de que há familiares sem notícias dos presos há meses e, vindo aqui, podemos comprovar a realidade. Há denúncias ainda de que os materiais levados aos internos não estão sendo de fato entregues, ou quando são, há muita demora no processo”, disse Alexandra Moreschi.

Mesmo com a entrada liberada no Complexo, o deputado Fábio Félix não pode visitar o hospital de campanha da unidade, mas apenas algumas celas. “Verificou-se aglomeração no local e também que não há um fluxo de atendimentos aos pacientes. O atendimento está sendo só para quem tem sintomas graves ou gravíssimos. Então, se uma pessoa apresenta alguns sintomas mais leves não está sendo direcionada a um outro espaço para se isolar”, relatou Alexandra.

Após mais essa visita, o grupo fará um relatório contendo todas as informações com o objetivo de levar aos órgãos competentes para que as irregularidades sejam sanadas. O grupo é formado pela Seccional, por meio da Comissão de Direito à Saúde, pelos conselhos Regional de Medicina (CRM/DF), Regional de Enfermagem (Coren-DF), Regional de Saúde de Brasília e de Saúde do DF, além do Sindicato dos Enfermeiros do DF e da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Confira duas cartilhas desenvolvidas pela Ação para orientar profissionais e a população no combate ao coronavírus. (https://oabdf.org.br/noticias/oab-df-e-oito-entidades-criam-cartilhas-para-orientar-profissionais-e-a-populacao-no-combate-ao-coronavirus/)

 

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Ana Lúcia Moura)