60 anos: uma nova OAB/DF

Como parte das reflexões que a OAB/DF tem feito, por meio de debates ao vivo no Instagram, o presidente da Seccional, Délio Lins e Silva Junior, defendeu o fortalecimento de pontos de apoio à advocacia, especialmente nas subseções, como medida essencial para a modernização da instituição.

Inaugurado em 1983, o edifício sede da OAB/DF tem sido cada vez menor para abrigar as áreas administrativas e outros espaços de apoio necessários para atender 65 mil inscritos, dos quais quase 50 mil estão ativos. “Até pouco tempo atrás, um dos meus grandes sonhos era uma nova sede para a OAB/DF, mais ampla e moderna. A pandemia da Covid-19 mudou nossa percepção das prioridades”, refletiu Délio Lins, em transmissão ao vivo com a conselheira federal da OAB/DF, Raquel Cândido, realizada nesta quinta-feira (28/5).

Para o dirigente e a conselheira, “a digitalização dos processos da Seccional, uma das prioridades desde o início da gestão, somada à oferta de espaços de apoio modernos e descentralizados e serviços na palma da mão, é ainda mais urgente à advocacia, neste momento, que a ampliação do prédio”. “A digitalização será o grande legado deste período de necessário isolamento social”, disse Délio Lins. “A tecnologia nos atropelou. Todos tivemos de nos adaptar a novas relações e isso é irreversível”, completou Raquel Cândido.

Autoconhecimento
A conselheira federal defendeu que o atual momento é propício ao autoconhecimento. “É um momento difícil? Muito. A nossa maneira de pensar e de atuar está sendo totalmente repensada. Por isso mesmo, vejo esta como uma excelente oportunidade de nos perguntarmos se estamos realmente dando nosso melhor”, afirmou. “Vejo muito gente reclamando da crise, mas é importante se perguntar: “como estava minha advocacia antes desta pandemia?”, provocou. Raquel Cândido acredita que, às vezes, é necessário reconhecer que “sua advocacia já estava precisando de um sacode antes mesmo da pandemia”. “Olhe para sua vida com bastante honestidade, descubra quais áreas precisa fortalecer e desenvolver”, aconselhou.

A conselheira federal recomendou aos profissionais ligarem para seus clientes, se aproximarem e entenderem as necessidades deste momento tão peculiar da história. “Mesmo quando você vai fazer um despacho virtual, é preciso carinho, atenção. Nós, advogados, temos de nos tornar ponto de confiança e referência do nosso cliente, que é nosso maior tesouro”, disse.

Para ela, os profissionais que vão se diferenciar daqui para o futuro serão aqueles capazes de se adaptarem. “O que nos fez sair das cavernas e chegar até aqui foi nossa capacidade de adaptação”, afirmou, ponderando, no entanto, que as transições sempre trazem dificuldades. “Vislumbro tempos sombrios até chegarmos a um ambiente de segurança de todos”.

 

Comunicação OAB/DF
Texto: Ana Lúcia Moura