Especialistas apresentam propostas para o ensino jurídico

Apostar na capacitação de professores e alunos e valorizar o compromisso social dentro das faculdades de Direito foram algumas das propostas apresentadas no 10º Seminário de Ensino Jurídico. Durante segunda e terça-feira (27), mais de 200 advogados e profissionais de todas as regiões do país trocaram experiências sobre o tema, no Conselho Federal da OAB. “A grande participação tornou o seminário extremamente produtivo”, afirmou o presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/DF, Juliano Costa Couto. O conselheiro destacou, dentre as propostas apresentadas, a valorização da parceria do Ministério da Educação com a Ordem. “O trabalho das duas instituições é necessário para controlar e manter a qualidade dos cursos jurídicos”, explicou. Para a advogada Daniele Luisa Almeida Tavares, integrante da comissão, o maior proveito do seminário foi a troca de experiências, procedimentos e metodologias aplicados com sucesso nas faculdades. “Conhecemos projetos de qualidade para preparar o aluno tanto para a advocacia quanto para a carreira jurídica”, declarou. Segundo Daniele, os cursos devem investir constantemente na capacitação dos professores. “O profissional precisa se envolver em grupos de discussões para o aprimoramento do ensino jurídico.” Uma das críticas levantadas durante o seminário foi a aplicação da educação à distância no ensino jurídico. “É uma modalidade que ainda não possui regras claras de como deve ser utilizada”, afirmou Costa Couto. O presidente da comissão esclareceu que, por ser uma área da Ciência Humana, o ensino do Direito necessita de debates em sala de aula entre professor e aluno. O encerramento do 10º Seminário de Ensino Jurídico ocorreu às 18h, terça-feira, no Conselho Federal da Ordem. Na ocasião, o presidente da Comissão Nacional de Ensino Jurídico, Adilson Gurgel de Castro, leu a Carta de Encerramento, com as propostas discutidas durante o evento.