OAB/DF quer punição exemplar a PM que agrediu torcedor

“A Polícia Militar do Distrito Federal manchou com sangue de um inocente o espetáculo que era para ser de coroamento da maior competição de futebol do país”. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (08) pelo vice-presidente da OAB-DF e secretário da Comissão Nacional de Prerrogativas da advocacia do Conselho Federal da entidade, Ibaneis Rocha. Ele cobrou durante a abertura da reunião mensal da OAB Nacional a rigorosa apuração do lamentável fato e uma punição exemplar dos policiais envolvidos na agressão ao torcedor Nilton César de Jesus, diretor da torcida são-paulina “Dragões da Real”, atingido por um tiro na nuca dado por um policial militar numa confusão à porta do estádio Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, em Brasília, onde jogaram as equipes do São Paulo e do Goiás pela final do Campeonato Brasileiro. Segundo o vice-presidente da OAB-DF, esse é mais um daqueles episódios que deixa a Polícia Militar e toda a cidade enodoada. Ele cobrou publicamente do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, um pedido de desculpas à população e à família do torcedor brutalmente agredido pela polícia militar. “O governador Arruda precisa vir a público pedir desculpas a toda sociedade pelo triste e indesculpável episódio fatídico ocorrido neste domingo”. Para Ibaneis Rocha, não adianta a cidade ter um estádio moderno, com possibilidade de até sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, é um esquema de segurança despreparado e truculento. “O espetáculo não é só o local bonito onde se desenvolve a partida mas também todo o sistema de segurança que o cerca, dentro e fora do estádio”, afirmou o vice-presidente da OAB-DF. Ele lembrou que o esquema de segurança precisa ser eficiente e desenvolvido por policiais capacitados e preparados para lidar com o torcedor de futebol. Ibaneis anunciou que a OAB-DF vai designar um advogado para acompanhar de perto o inquérito policial aberto para apurar a agressão ao torcedor Nilton César de Jesus, que continua hospitalizado em estado de grave, com traumatismo craniano e correndo risco de morte. Fonte: Conselho Federal