Podcast de Saúde Suplementar debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio da Comissão de Saúde Suplementar, promoveu um Podcast para debater sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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O episódio foi apresentado por Vivian Arcoverde Dias, presidente da Comissão de Saúde Suplementar da OAB/DF e Vanessa Neiva, secretária Geral da Comissão de Saúde Suplementar da OAB/DF.

Foram convidados para o Podcast Thiago Moises, procurador do Distrito Federal; Fernando Amaral, diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI); Ana Lucia Gurgel, gerente Executiva de Saúde da CASSI; e Flávia Amaral, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo da OAB/DF.

Na ocasião, Fernando Amaral comparou diferentes modelos de custeio em planos de saúde, como os de autogestão e os de fim lucrativo. Nos modelos de lucro, a arrecadação é frequentemente dimensionada apenas para o primeiro ano, frequentemente adicionando margens de lucro sem considerar a realidade dos custos crescentes conforme a idade. “Na autogestão, por outro lado, todos têm uma fonte de renda semelhante, o que facilita um rateio mais justo e sustentável ao longo do tempo.”

Por outro lado, Thiago Moises abordou os desafios enfrentados por adultos autistas, destacando a necessidade de ampliar o foco além das crianças afetadas. “É impressionante como, quando falamos sobre autismo em locais mais abertos, o foco é sempre nas crianças autistas. Nossas crianças, nossas crianças, mas esquecem que hoje já existem adultos autistas. Existem muitos mais do que imaginamos, devido à baixa quantidade de diagnósticos. Essas milhares de crianças autistas vão se tornar adolescentes, adultos e idosos autistas.”

Ana Lucia Gurgel ressaltou a importância de adaptar práticas para atender às necessidades individuais dos autistas. “O TEA nos permitiu conviver e dialogar com pessoas autistas e entender melhor suas necessidades. O banco em que trabalho tem muitos autistas, o que representa um desafio, pois envolve o trabalho com o público. Estamos dialogando bastante sobre como desenvolver melhor essa área.”

Flávia Dias Amaral enfatizou a urgência de políticas inclusivas e acessíveis. “Estudos mostram que, a cada 36 nascidos, um é autista. Isso se torna uma bola de neve, gerando mais desespero entre os brasileiros. As famílias não sabem como lidar, vão enlouquecendo junto com a falta de apoio. Embora tenhamos uma legislação que garanta direitos, a realidade é diferente. As soluções não são fáceis ou prontas, e cada autista é único. Alguns serão extrovertidos, outros mais tímidos; alguns olham nos olhos, outros não; alguns gostam de toque, outros não.”

Assista ao episódio

Jornalismo OAB/DF