Seccional entrega carteiras para 180 novos advogados - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Seccional entrega carteiras para 180 novos advogados

Brasília, 21/5/2014 – A Seccional da OAB do Distrito Federal realizou duas entregas de carteiras da Ordem, nesta quarta-feira (21). Mais de 180 novos advogados participaram da solenidade, que contou com a presença de conselheiros, membros de comissões e do Ministério Público.

A oradora da primeira turma, Líssia Farias Oliveira, ressaltou que advogar é uma arte. “Lidamos com a escrita, a oratória e, sobretudo, precisamos de desenvoltura e confiança no trabalho a ser realizado. Por isso, é preciso trabalharmos pautados nos pilares da ética e da moral”, avaliou

João Marcelo Barbosa Ribeiro Dantas, paraninfo da primeira turma, destacou a função do advogado como representante legítimo dos interesses do cidadão. “É guardião das liberdades, do patrimônio, da honra e da vida. É incansável defensor dos direitos humanos, intrépido lutador contra desmandos e arbitrariedades. Bastião da Justiça, não tolera a iniquidade e a desigualdade”, disse com ênfase. Ele destacou, ainda, o papel da OAB como consolidadora de uma sociedade livre, pacífica e justa, bem como a afirmação de um Estado democrático de Direito.

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O orador da segunda turma Lucas Azoubel afirmou que o primeiro cuidado que os advogados devem ter é não deixar de lado os compromissos éticos. “Compromissos estes que vão desde a questão de honorários justos e apropriados a cada caso concreto, até a atuação operosa, firme, corajosa, independente, competente, em favor de nossos clientes”. O juiz de Direito aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) Irineu de Oliveira Filho demonstrou toda a sua experiência profissional como paraninfo da segunda turma.

Para o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, a advocacia tem cumprido o que prevê a Constituição Federal no Art. 133. “Nós temos uma missão muito importante a cumprir com a nossa sociedade e não é de graça que o nosso nome está inscrito na Constituição como a única profissão reconhecida como essencial à administração da Justiça. Justiça em todos os sentidos, justiça social, justiça nas ruas, no momento das eleições limpas”.

O vice-presidente da Seccional Severino Cajazeiras encerrou a entrega de carteiras da segunda turma. “A OAB são vocês. Nós precisamos de vocês, da juventude, da garra, da determinação, dos ideais para que a gente continue sendo a entidade de classe que goza do mais lato prestígio junto à sociedade”, disse.

Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional:

20140522_entrega4Líssia Farias Oliveira , 28 anos
Por que você escolheu ser advogada?
Na verdade, eu entrei no direito por acaso. Eu estudava para outro curso, mas por influência familiar ― minha mãe é advogada― acabei decidindo fazer vestibular na UDF porque eles ofereciam bolsa por mérito acadêmico. Fiz a prova, passei bem colocada, adquiri a bolsa de 100% e à medida que fui lidando com o Direito, a paixão foi surgindo. Hoje eu sou realmente apaixonada pelo curso.

Como você se vê daqui a 10 anos?
Concursada. Infelizmente a gente sabe que o mercado para o advogado é difícil, tem que batalhar muito. Eu estou disposta a isso, mas concurso público é o que te dá mais comodidade, conforto até. Eu estou focada em fazer para a Defensoria Pública.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
Para mim, ela representa o início da minha carreira. Percebo que algumas portas podem se abrir. Isso representa que vou poder advogar e exercer a carreira. Tem também a questão das prerrogativas, eu estava lendo essa semana sobre a questão de aumentar a defesa da advocacia perante os tribunais. No Direito brasileiro, a gente precisa mesmo defender essas prerrogativas. Somos uma função essencial à Justiça. É fundamental os advogados se unirem para defender suas prerrogativas.

20140522_entrega1Lucas Azoubel , 22 anos
Por que você escolheu ser advogado?
Eu acho que o curso de Direito deveria ser obrigatório para todo mundo, até porque todos têm a necessidade de conhecer as leis e acho que se todos fizessem, nosso país andaria melhor. Eu tinha a vontade de fazer Direito, mas a ideia de advogar eu só tive no penúltimo ano. O meu objetivo era concurso, mas nos últimos anos da faculdade, realizamos os estágios obrigatórios e você acaba lidando com a advocacia e eu comecei a gostar.

Como você se vê daqui a 10 anos?
No momento eu estou batalhando como advogado, já que eu recebi antes a carteira provisória da OAB. Estou no escritório, tenho uma liberdade muito grande. Procuro sempre pegar coisas novas porque eu acho que o início da carreira do advogado é como se fosse um médico clínico geral, você tem realmente que lidar com todos os tipos de matéria.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB é fundamental na vida do advogado. Ela representa os advogados, luta pelos nossos direitos, pelas nossas prerrogativas, está sempre buscando melhorias. Desde o exame da Ordem nós temos o amparo total da OAB.

Reportagem – Tatielly Diniz
Foto – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF