8 de março: Seccional faz entrega de carteiras exclusiva para mulheres - OAB DF

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DÉLIO LINS

8 de março: Seccional faz entrega de carteiras exclusiva para mulheres

Brasília, 8/3/2016 – No Dia Internacional da Mulher, a Seccional da OAB do Distrito Federal realizou uma entrega de carteira apenas para mulheres. Mais de 70 novas advogadas participaram de uma solenidade composta por dirigentes mulheres, entre conselheiras e advogadas militantes, e pelo presidente Juliano Costa Couto que presidiu a mesa ao lado da vice-presidente Daniela Teixeira.

Em 2016, os esforços da OAB se voltarão à implementação do Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, aprovado pela entidade no ano passado, com diversas ações que garantem a efetiva participação das profissionais na Ordem e a proteção de suas prerrogativas.

trega carteiras 08-03-2016 117A paraninfa da turma e ex-presidente da Seccional, Estefânia Viveiros, foi a mais jovem presidente de OAB do país. “Sonhos podem se tornar realidade se sonharmos juntos. Por isso, lutaremos e queremos respeito às mulheres de todo o país”, disse. “Cabe a cada advogado, junto à Ordem, seguindo a tradição de não calar a voz, de não se dobrar diante das pressões, defender intransigentemente a dignidade humana, a moralidade pública, a Justiça e a paz social”.

trega carteiras 08-03-2016 043A vice-presidente, Daniela Teixeira, também ocupou a tribuna para falar sobre o respeito às mulheres. Daniela mostrou fotos de reuniões dos órgãos e entidades mais importantes do país, todos compostas apenas por homens. “A ideia da Seccional é mesmo perguntar: por que uma mesa de honra composta só por homens não nos causa estranheza? Você achou estranha esta solenidade só com mulheres? É isto que queremos mudar!”.  Leia íntegra do discurso.

A oradora Elaine Mazzaro salientou que a tão sonhada carteira da OAB possui um estimado valor moral. “E para nós mulheres aqui presentes, que recebemos hoje a carteira desta tão querida e honrada profissão. Já exercemos vários papeis na sociedade e na família e, para chegarmos a este glorioso momento, de inserção no mercado de trabalho em igualdade com homens, não deixamos de exercer tais papeis femininos”, disse. “Conseguimos enfrentar vários ambientes profissionais e fomos antecedidas por mulheres guerreiras que buscavam dentro de si o senso da justiça e que lutaram para se verem reconhecidas como profissional também”.

Ao encerrar a solenidade, o presidente da Seccional Juliano Costa Couto rendeu homenagens à vice-presidente Daniela Teixeira, à ex-presidente Estefânia Viveiros e à oradora Elaine Mazzaro. Costa Couto ainda completou que as novas advogadas devem se unir em prol da advocacia. “A Ordem é um país. A Ordem é uma nação. Aqui cabem todos e todas que querem partilhar dos nossos ideais. Vocês fizeram um juramento que lhes dá muitos direitos e prerrogativas, mas traz também muita responsabilidade”.

trega carteiras 08-03-2016 389Compuseram mesa a conselheira federal Carolina Petrarca, a secretária-geral adjunta da CAA/DF Clarisse Dinelly, a presidente interina da Subseção de Taguatinga Andressa Pelissári e a presidente da Comissão da Mulher Advogada Cristiane Tubino. Também estiveram presentes as conselheiras Seccionais Lucia Bessa, Fabiana Soares, Denise Fonseca, Christiane Pantoja, Cristiane Damasceno, Denise Andrade, Denise Rodrigues Pinheiro, Hellen Falcão, Janine Massuda, Livia Magalhães, Maria Dionne, Mariana Prado, Marília Araújo, Camila Gomes, Valeria Luis, Juliana Navarro, Indira Quaresma e Fernanda Gonzalez. Ainda participaram a presidente da Comissão de Direito das Famílias, Liliana Marquez, a presidente da Comissão de Mediação Elisabeth Leite, a vice-presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas Alessandra Camarano, a advogada eleita pelo Quinto Constitucional Roberta Zanatta,a procuradora-geral adjunta da Comissão de Prerrogativas Marília Brambilla, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Taguatinga Valeria Nunes Guimarães, a vice-presidente da Comissão de Seleção Laura Souza, a secretária-geral da Comissão da Mulher Thayrane Silva, a secretária-geral adjunta do Conselho Jovem Marcela Furst, a secretária-geral da Comissão da Mulher Advogada Andreia Lima Rego, a integrante da Comissão da Mulher Aline Moraes, a integrante da Comissão de Combate à Violência Aisla Amorim e a advogada Herilda Balduíno.

Confira, abaixo, entrevista com a oradora Elaine Mazzaro:

trega carteiras 08-03-2016 094Por que você escolheu ser advogada?
Meu sonho sempre foi ser advogada. A minha vida passou por muitos caminhos e só agora pude realizar meu sonho. Minha primeira formação foi em sociologia, aos 22 anos. Em seguida, fiz pedagogia, área na qual trabalhei por 10 anos. Mas o Direito sempre fez parte da minha vida, inclusive pela família. Há cinco anos, eu disse: vou atrás do meu sonho. Fiz minha faculdade, com dois filhos, e o mérito é meu e dos meus filhos. Eu precisei passar por todas essas carreiras e caminhos para me tornar uma pessoa melhor e mais preparada para advogar. Me sinto extremamente realizada. É a profissão que quero exercer com muito orgulho.

Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Me vejo mais preparada, mais experiente e muito mais engajada na advocacia. Quero fazer parte do que a OAB me permitir e contribuir com essa Casa que tanto me acolhe. Eu gosto muito de Direito do Trabalho, que é a minha área de paixão. As minhas formações anteriores vão contribuir com a maturidade para a minha atuação.

Qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB é o meu norte, o meu chão. Eu conto com a Ordem porque ela é minha casa, a minha força para continuar. Aqui encontro toda a união, aconchego e valorização.

Em sua visão, qual o papel da mulher advogada? Quais os desafios?
Os desafios para a mulher advogada são grandes. Hoje buscamos mais valorização no mercado de trabalho. O papel da mulher é juntar fraternidade e humanidade à profissão. O grande desafio da mulher é a valorização. É se colocar como profissional em igualdade com os homens, assim como diz a Constituição. O ano da valorização da advogada mulher é um marco histórico. Minha filha tem 15 anos e quer fazer Direito. Estamos desbravando esse caminho para que as futuras gerações possam ter mais dignidade na sua profissão.

Comunicação social – jornalismo
OAB/DF