Brasília, 24/9/2014 – A Seccional da Ordem dos Advogados do Distrito Federal realizou, nesta quarta-feira (24), a tradicional cerimônia de entrega de carteiras. O vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazerias, presidiu duas solenidades para 169 novos advogados. Além da diretoria da OAB/DF, conselheiros, familiares e amigos estavam presentes.
A oradora da primeira cerimônia Susana Viera falou sobre a importância de praticar a advocacia seguindo o Código de Ética. “Diante de uma profissão tão desafiadora, temos que agir com clareza, dedicação, transparência, honestidade e comprometimento”, disse. Susana também citou o autor Eduardo Bittar, que acredita que o dever base do profissional deve estar pautado na ação de lealdade, probidade, moderação e dignidade.
A conselheira Cristina Tubino, paraninfa da primeira turma, relatou que a profissão é uma mistura de ética, de luta, e de um ideal incontrolável. O discurso contou com alguns conselhos aos novos advogados: “haverá momentos em que cada um de nós terá dúvida interna real sobre o que é certo e justo. Acima de tudo, devemos fazer bem a parte que nos cabe” disse. Tubino ainda acrescentou que os profissionais devem sempre obedecer as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética.
Cajazeiras deu as boas vindas e prestigiou os novos advogados. O vice-presidente relatou que a função da Ordem é apoiar os novos profissionais. “A OAB estará do lado de vocês para que possam firmemente exercer a profissão com dignidade e independência”, disse.
Segundo a oradora da segunda solenidade Sueli de Oliveira os advogados devem ler e lembrar diariamente o Código de Ética, pois traz em seu bojo princípios que formam a consciência profissional do advogado e dão as diretrizes de sua conduta. “Cabe a nós o papel importantíssimo de zelar pela celeridade, pela justiça e pela ética”, disse.
Um dos pontos abordados no discurso do paraninfo da segunda turma Fernando Martins foi a lealdade. “Seja leal com teu cliente; seja leal com o adversário, ainda que ele seja desleal contigo; seja leal para com o juiz; e quanto ao direito, deve confiar no que tu lhe invocas”, disse aos novos advogados.
Compuseram mesa na primeira entrega de carteiras o vice-presidente Severino Cajazeiras, a secretária-geral Daniela Teixeira, o secretário-geral adjunto Juliano Costa Couto, os conselheiros Seccionais Cristina Tubino, Renata Amaral, Elísio Freitas, Manoel Arruda, Leonardo Mundim, Indira Quaresma e Marcone Guimarães (licenciado). Também participaram Délio Lins, ex-conselheiro federal, Délio Júnior, ex-conselheiro, Tarley Max, ex-conselheiro, Raul Saboia, ex-tesoureiro da Seccional e o vice-presidente da Comissão do Jovem Advogado, Guilherme Souza. Ainda participou a procuradora da Fazenda Nacional Maria Dionne de Araújo Felipe.
Na segunda cerimônia compuseram mesa o presidente da Comissão de Direito do Consumidor e paraninfo, Fernando Martins; o vice-presidente da Seccional, Severino Cajazeiras; o secretário-geral adjunto da OAB/DF, Juliano Costa Couto; o presidente da Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública, Alexandre Queiroz; a diretora da FAJ, Elaine Starling; o presidente da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia, Felipe Bayma; o presidente da Comissão de Fiscalização de Concursos Públicos, Fernando Assis; aos conselheiros Hamilton Amoras e Laura Maria; e o vice-presidente da OAB Jovem, Guilherme Souza.
Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional:
Susana Vieira Cursino Cruz , 28 anos
Por que você escolheu ser advogado?
A advocacia sempre chamou minha atenção. Desde nova eu sempre fui influenciada pela minha família pela questão da justiça, de estar sempre lutando por ideais. A gente sempre foi movido por um ar de justiça, isso foi implantado em mim desde criança, eu cresci com isso, “Filha você vai ser advogada”. Essa vontade de lutar por um ideal de justiça, de algo mais correto cresceu em mim e lutei para ser advogada.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Primeiramente feliz e realizada com minha profissão. Eu sei que agora vai ser um momento difícil porque conquistar a carteirinha é só o início. Eu quero estar bem segura do que estou fazendo, porque estou pegando o ritmo, pegando processo. Por enquanto quero atuar na advocacia privada, mas se surgir alguma oportunidade para estar prestando concurso eu vou tentar. Eu gosto de direito eleitoral e direito constitucional foi minha segunda fase, também me chama atenção. Pretendo ampliar para o direito civil e direito trabalhista.
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB nos orienta, nos norteia, vem lutando para que nossos direitos sejam reconhecidos. Muitos advogados tem sido injustiçados diante de muitas outras causas, e a OAB vem levantando para poder resguardar nosso direito.
Por que você escolheu ser advogado?
Eu sempre busquei olhar a justiça como algo importante e primordial para a sociedade. Quando eu sentei em uma audiência, eu vi várias pessoas decidindo a vida de uma pessoa e vi quanto aquilo é importante para a própria sociedade. Então eu decidi a partir daquele momento que seria uma das profissões da minha escolha. Eu penso que todos nós devíamos estudar direito.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Eu me vejo com muitas realizações, buscando cumprir com meu papel de advogada, defendendo a nossa constituição, buscando ajudar várias pessoas. Pretendo advogar e trabalhar também na defensoria pública como voluntária. Hoje eu sou administradora, tenho muitos anos de profissão, mas o direito é a minha profissão escolhida do coração. Então eu busco exercê-la com todo empenho, com toda justiça, com todo otimismo
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
Eu vejo a Ordem como uma instituição consagrada, respeitada e que nós devemos dar continuidade a esse repeito que foi conquistado na sociedade.