“Não temam exercer suas prerrogativas”, diz paraninfo em entrega de carteiras - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

“Não temam exercer suas prerrogativas”, diz paraninfo em entrega de carteiras

Brasília 25/6/2015 – Nesta quarta-feira (24), a OAB do Distrito Federal realizou duas cerimônias de entrega de carteiras para 211 novos advogados, na sede da Seccional. O paraninfo da primeira cerimônia, Cláudio Santos da Silva, professor de Direito do Trabalho do UniCeub, falou sobre prerrogativas em seu discurso. Segundo ele, dentro da ética, os advogados devem sempre reivindicá-las. “Esta casa está à disposição de vocês se por acaso as prerrogativas forem violadas”, disse.

Segundo a oradora da primeira cerimônia, Andréa Cristina de Almeida Moura, o recebimento da carteira da OAB é uma grande responsabilidade. “Estamos construindo a imagem da advocacia, sendo a ética e o respeito princípios básicos para cada um de nós advogados”, disse. Para ela, o que torna o profissional especial é a capacidade de mudar a vida das pessoas. “A satisfação de resolver o problema de alguém deve ser o nosso maior anseio e orgulho, estamos aqui para ajudar”, concluiu.

5A paraninfa da segunda turma, presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Seccional, Hellen Falcão, falou sobre a sua jornada profissional. Há sete anos atrás, ela estava no mesmo local recebendo a carteira da OAB. “O exame da Ordem é um momento ímpar na vida dos bacharéis, ele não é só uma prova, é um marco inicial de uma trajetória”, disse. Segundo a paraninfa, a partir de hoje os novos profissionais estão aptos a entregarem justiça à sociedade. Hellen Falcão deu as boas-vindas e aconselhou os advogados a atuarem sempre com bravura. “Somos nós quem nos construímos. O início da carreira é difícil, mas quem determina qual papel vamos ocupar somos nós mesmos”, relatou.

3Segundo a oradora da segunda turma, Gabriella Galdino Veras, para que o desempenho do advogado esteja à altura do que a sociedade espera, precisa haver o respeito claro e irrestrito às prerrogativas. “Precisamos de coragem para avançar ainda mais e efetivar a máxima de ‘advogado valorizado, cidadão respeitado’”, disse.

Ex-deputado, ex-senador e fundador da Frente Parlamentar dos Advogados do Congresso Nacional, o advogado Luiz Piauhylino falou sobreo valor do exercício da advocacia nas relações da sociedade. “Quando vocês saírem daqui estejam conscientes de que a justiça bem exercida tem que passar pelo advogado”. Segundo ele, desde 1970, época em que recebeu a carteira da OAB, sempre foi guiado pela missão da profissão: “O advogado é o distribuidor da justiça”. De acordo com Piauhylino, a Ordem é fundamental para a classe e fornece todo o apoio que os profissionais precisam. “É aqui que o advogado recolhe forças para continuar cumprindo o seu papel”, disse.

O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, falou sobre o papel da advocacia dentro dos direitos e da justiça. “Somos uma categoria forte, e é somente assim que vamos combater e derrubar as barreiras”. Segundo ele, o advogado tem um papel diferenciado na constituição justamente por ele ser o representante da sociedade. O presidente também falou sobre ética em seu discurso. “Não é fácil, a corrupção reduz nossos direitos como cidadão. Temos obrigação de sermos corretos”.

8Compuseram a mesa da primeira solenidade o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, o vice-presidente, Severino Cajazeiras, o secretário-geral adjunto, Juliano Costa Couto, o paraninfo Cláudio Silva, os conselheiros Dino Andrade, Jackson Domenico, Camilo Noleto, Fernando Assis, Cristiano de Freitas Fernandes, Renata do Amaral Gonçalves e Adair Siqueira de Queiroz Filho. Além do coordenador do Escritório Modelo – Incubadora de Escritórios, Alberto Araújo, do ex-diretor da Subseção de Taguatinga Francisco Fontinelle, e dos advogados Bernardo Iunes, Roselise Tarter Silva e Ketulin Angélica.

Compuseram a mesa na segunda solenidade o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha; o vice-presidente, Severino Cajazeiras; o secretário-geral adjunto, Juliano Costa Couto; a paraninfa Hellen Falcão; o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, Camilo Noleto; o membro da Comissão de Direito do Trabalho, Alceste Vilela; o presidente da Comissão de orçamento e contas da OAB/DF, Carlos Augusto Lima; a secretária geral da Fundação de Assistência Judiciária, Elaine Starling; o presidente da Comissão de Fiscalização de Concursos Públicos, Fernando Bontempo; o presidente da Comissão de Direito do Consumidor, Fernando Martins; a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Indira Quaresma; os conselheiro Jorivalma Muniz, Erik Bezerra, Frederico Vasconcelos e Renato Leal; o ex-deputado e ex-senador Luiz Piauhylino; o sub-procurador geral da república, Franklin Rodrigues; e a secretária-geral da Caixa de Assistência dos Advogados, Elisabeth Leite.

Abaixo, entrevista com as oradoras das cerimônias:

6Andréa Cristina de Almeida Moura

Por que você escolheu ser advogada?
A princípio, eu quis fazer Direito para o concurso da Polícia e ser delegada. No terceiro semestre eu me apaixonei pela advocacia, acabei mudando os meus planos.

Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Pretendo advogar na área privada, mas não vou deixar de tentar o concurso público. São dois caminhos, ou eu vou estar advogando ou concursada.

Para você, qual é o papel da Ordem na sua jornada profissional?
É muito importante, porque é a instituição dos advogados. É um norte para a classe. Eu vejo a OAB como minha representante.

4Gabriella Galdino Veras

Por que você escolheu ser advogada?
Porque ela simboliza a luta pelo Direito. As próprias carreiras jurídicas do Estado, são passiveis de cometerem arbitrariedades. O advogado antes de tudo, que enfrenta as arbitrariedades. Sempre foi um desejo meu ser advogada.

Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Se eu não conseguir a advocacia privada penso muito na defensoria pública. Apesar de ser alimentada pelo Estado, ela tem o mesmo espírito da advocacia privada. Pretendo participar de algumas comissões da OAB/DF, como a da mulher advogada, a de direitos humanos e de assuntos regulatórios.

Para você, qual é o papel da Ordem na sua jornada profissional?
É de apoio. Eu vejo a Ordem como um lar. É um papel de suporte principalmente nesse início de carreira.

Comunicação Social – Jornalismo
Fotos: Valter Zica
OAB/DF