STF anuncia Implantação de Fórum Nacional da Liberdade de Imprensa - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

STF anuncia Implantação de Fórum Nacional da Liberdade de Imprensa

Ao tratar da liberdade de imprensa nas cláusulas pétreas da Constituição Federal, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), situou os presentes a respeito dos critérios de democracia e cidadania. “Quando eu falo em direito a liberdade de informar e ser informado, eu digo nos termos da Constituição Federal brasileira, que é extremamente pródiga na garantia que dá à liberdade de informação”, disse.

Durante a conferência de abertura, a ministra anunciou a implantação da comissão executiva do Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo é levantar informações sobre ações judiciais que tratam de liberdade de imprensa, dados sobre a velocidade de tramitação dos processos e discutir soluções para o livre exercício de expressão.

A comissão criada em 2014, além de representantes do Judiciário, conta com a participação da OAB, da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

“Com a comissão, teremos no CNj o exame de quais problemas dizem respeito ao Poder Judiciário, quais as vertentes de críticas ou processos sobre jornalistas para que possamos dar preferência e, no Judiciário, possamos dar eficácia à garantia constitucional de liberdade de imprensa”, afirmou ela.

Segunda a ministra, passamos a um patamar nunca tido antes no Brasil que é incluir não apenas a liberdade como direito individual mas como direito individual para garantir a cidadania que também foi incluída como princípio da República, no artigo 1º. “Garantir-se que, no artigo 5º como direito fundamental, o cidadão faça plenamente livre pelo direito de ser informado para que sua liberdade não seja manipulada por alguém”, disse.

Cármen Lúcia ressaltou que é preciso que seja garantido o direito à informação ao cidadão também pelos profissionais, aqueles que buscam a informação e principalmente trabalham para explicá-la. Com isso, as pessoas podem ter capacidade crítica na hora do voto e quando da sua adesão ou contrariedade de políticas públicas que venham a ser adotadas. “Você é livre na capacidade de criticamente fazer escolhas, e o cidadão é livre quando ele tem essa capacidade. O cidadão que não tem informação é um analfabeto político. É aquele que tem o direito formal de participação mas não tem como exercer livremente e responsavelmente esse direito”.

Colaboração/fotos: Renato Alves