O incêndio que devastou o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro no último domingo (2) é apenas um exemplo do total descaso das autoridades com a cultura e a história do país. Além desse, podemos citar outros desastres como os ocorridos no Instituto Butantan (2010), Memorial da América Latina (2013), Museu da Língua Portuguesa (2015) e Cinemateca Brasileira (2016). Essas tragédias são resultado de pura negligência e falta de investimento.
No Distrito Federal a situação não é diferente. Em entrevista coletiva concedida à impresa nesta segunda-feira (3), o secretário de Cultura do DF, Guilherme Reis, reconheceu que os equipamentos culturais da capital estão sucateados e exigem mais atenção das autoridades. Segundo ele, o patrimônio de madeira, como o Catetinho, por exemplo, é o que mais necessita de vistoria e reparo.
Para evitar que novas tragédias anunciadas como as citadas ocorram no Distrito Federal, a OAB/DF encaminhou ofício ao ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e para o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Carlos Roberto Brandão, requerendo informações quanto aos repasses feitos para manutenção e conservação dos monumentos históricos e museus do Distrito Federal, bem como as medidas de segurança que são adotadas para evitar/conter eventuais incêndios.
“A OAB/DF não vai medir esforços para garantir que a cultura candanga seja preservada. Não podemos permitir que a história de Brasília seja derrotada pelo fogo e pelos cupins. Estaremos atentos”, afirma o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto.
Fotografia: Tânia Rego