Cento e vinte e quatro novos membros de comissões temáticas da OAB/DF foram empossados nesta terça-feira (18/6), em cerimônia realizada no auditório da seccional. Com a chegada dos novatos, os integrantes das comissões somam hoje 2,7 mil.
Treze representantes da diretoria, comissões e subseções deram as boas vindas aos novos membros. O secretário-geral da OAB/DF, Márcio de Sousa Oliveira, comparou a chegada dos novatos a outro momento importante da seccional: o da entrega das carteiras de advogados e advogadas aos bacharéis.
“O recebimento da carteira é um compromisso ético, familiar, de realização pessoal, de mostrar que somos capazes. Claro que é muito importante, porque é o primeiro compromisso que assumimos, mas ingressar numa comissão é um compromisso social, é quando deixamos de ter aquela aspiração de só cuidar dos nossos escritórios pessoais e vir para dentro da OAB/DF”, disse.
A secretaria-adjunta da OAB/DF, Andréa Saboia, falou aos novos integrantes sobre o projeto OAB 360o, criado para acompanhar e monitorar as ações das atuais 87 comissões temáticas da seccional. Leia mais aqui. “Estamos chegando aos seis meses de gestão com resultados que podem ser percebidos pela comunidade jurídica”, afirmou. Ela anunciou ainda outro projeto: a criação de uma revista eletrônica para que as comissões divulguem suas ideias.
Novos nichos
Os presidentes de comissão presentes à mesa chamaram a atenção para as áreas do Direito com pouca visibilidade na comunidade jurídica. Rodrigo Rodrigues Alves, que preside a Comissão de Direito Sistêmico, falou sobre a importância deste campo na mediação de conflitos no Judiciário.
“Hoje as faculdades formam advogados voltados para o embate e a opção do Direito Sistêmico é por profissionais com foco na colaboração. O advogado, como primeiro juiz da causa, pode, com as técnicas sistêmicas, construir com seu cliente a melhor solução para o caso e deixar para o Judiciário apenas aquilo que não se resolve no escritório, reduzindo o tempo do processo”, comentou.
Karina Amorim, presidente da Comissão da Advocacia nos Órgãos de Controle, também destacou a especificidade deste campo do Direito. “É um viés da advocacia que pouquíssimas pessoas conhecem, pois não é matéria que estudamos na faculdade, mas é fascinante e temos buscado na comissão garantir mais respeitabilidade dos advogados que atuam neste campo”, disse.
O desafio é semelhante ao da Comissão de Relações Institucionais e Governamentais, presidida pela advogada Fernanda Burle. “A prática está muito relacionada aos processo do Poder Legislativo”, comentou.
Rui Piscitelli, presidente da Comissão de Controle de Gastos Públicos e criador, junto com Jorge Ulysses Jacoby, do Observatório de Gastos Públicos do Distrito Federal na OAB/DF, defendeu em seu discurso o aumento do estudo sobre o Direito Financeiro. “A disciplina vem sendo olvidada de nossas faculdades. Sabemos dos nossos direitos, mas não aprendemos a operacionalizá-los nas políticas públicas. Nossa meta é ser um grande vetor de controle orçamentário da nosso sociedade”, afirmou.