Brasil e Itália – Último dia de seminário discute combate ao crime organizado e a função das organizações estatais e locais - OAB DF

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DÉLIO LINS

Brasil e Itália – Último dia de seminário discute combate ao crime organizado e a função das organizações estatais e locais

Brasília, 29/5/2013 – O combate ao crime organizado e a função das organizações estatais e locais – o sequestro, o confisco e a gestão dos bens subtraídos da máfia, na legislação italiana e siciliana – foi o tema do último dia da “Conferência Cultura e Legalidade – Itália e Brasil”, nesta quarta-feira (29). A mesa foi comandada pelo presidente da Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública, Alexandre Queiroz, que agradeceu o apoio dos envolvidos. “Sem o auxílio de todos não teríamos conseguido fazer um encontro tão enriquecedor”, disse.

Luciano Luciani, presidente do Istituto Regionale Siciliano Fernando Santi, afirmou que o tema discutido é muito interessante para aqueles que trabalham contra a máfia. “Pode parecer problemas que não estão presentes no Brasil, mas que podem chegar até aqui. Esse fenômeno é importantíssimo e estamos trabalhando para combatê-lo”, afirmou.

Italia 29-05-2013 013O ex- procurador-adjunto de Palermo e ex-assessor ONU em Guatemala, Antonio Ingroia, disse que as pessoas têm uma imagem superficial da máfia, talvez em razão da forma como ela é exibida em filmes. “A máfia age no território, exigindo controle sobre as atividades, como se fosse um ordenamento jurídico, uma organização estatal”, explicou. Segundo ele, pode se dizer que existe um Tribunal da máfia, em que não há direito de defesa e que pode se chegar até a sentença extrema da morte.

Participaram da mesa o capitão Freddy Eduardo Huallpara Ramírez, chefe da divisão de inteligência GIOE/CCOAN da Polícia Nacional da Bolívia, o conselheiro da Embaixada da Itália em Brasília, Gabriele Annis e a advogada ítalo-brasileira, Elaine Starling.

A Conferência foi organizada pela OAB/DF, por meio da colaboração de Elaine Starling, em parceria com o Instituto Siciliano Fernando Santi.

Reportagem – Tatielly Diniz
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF