“A competência mais importante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é a de planejamento e controle administrativo e financeiro dos 91 tribunais e conselhos do país”. A afirmação foi feita pelo conselheiro do CNJ, conselheiro Federal da Ordem e ex-presidente da Seccional do Ceará, Valdetário Andrade Monteiro, durante palestra, na noite desta quarta-feira (3), na Seccional, sobre como advogar no CNJ. O propósito da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante em promover o evento é explicar as funções do Conselho e ensinar como o advogado deve se portar.
A abertura do evento foi feita pelo presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, que deu boas vindas a todos e ressaltou a importância do CNJ. “O Conselho tem uma relevância absurda porque volta e meia somos surpreendidos com atos administrativos dos tribunais e a nossa seara de impugnação mais direta é o CNJ”, explicou.
De acordo com o secretário-geral da Comissão, Filipe Bianchini, a iniciativa em realizar eventos com este viés é trazer informações práticas da profissão que não são repassadas na graduação. “Nós, da comissão, estamos sempre procurando fazer alguma ação que possa clarear a carreira dos advogados mais jovens, principalmente em pontos que não aprendemos na faculdade”, afirmou.
Durante a palestra, Valdetário Andrade ressaltou como os tempos mudaram após o advento da internet. “A advocacia mudou muito de quando eu me formei até hoje. A Constituição Federal é a mesma, mas o exercício da profissão mudou totalmente. O primeiro paradigma é a existência do celular e da internet. Embora essa tecnologia aproxime a advocacia das decisões dos tribunais, afastou o advogado da doutrina”.
Para ele, a atividade de magistrado é hermenêutica pela capacidade de ter um fato e transformá-lo em um direito. Além disso, esse magistrado tem “visão deontológica, pois deve atuar conforme a Lei permite”. Segundo o palestrante, o CNJ surgiu nesse contexto com o objetivo de analisar a conduta do magistrado, da sua relação com a sociedade e com o tribunal.