Durante sessão do Conselho Pleno, nesta quinta-feira (10), foi decidido por unanimidade que o Plenário do Mezanino será batizado de José Gerardo Grossi. A decisão veio depois do falecimento do advogado, na quarta-feira (9). Ele era conhecido como um dos mais influentes criminalistas do Brasil.
Na quarta-feira (9), a Seccional da OAB abriu suas portas para velar o corpo de Grossi. Diversos ministros, advogados, juristas, professores, amigos e familiares compareceram para prestar a última homenagem a Grossi.
Atualizado em 15/5: a missa de sétimo dia será na Paróquia e Santuário Santo Antônio (911 Sul), na quarta-feira (16), às 20h.
Durante o pronunciamento, o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, destacou a competência de Grossi como criminalista. “Ontem tivemos a oportunidade de velar, na nossa Casa, um gigante da Advocacia e da defesa das liberdades individuais. Um ícone, ex-conselheiro desta Casa. Quero que o conselho hoje avalie e aprove que esse plenário tenha agora um novo nome: José Gerardo Grossi”, defendeu.
O conselheiro Seccional Claudio Alencar, que era amigo pessoal e atuou junto a Grossi por mais de 10 anos, se emocionou ao lembrar do amigo. “Falar de Grossi é muito difícil para mim. Ele tinha uma postura absolutamente ética, inabalável mesmo em situações muito difíceis. Em nome da família e dos amigos, queria agradecer a todos pela homenagem. Obrigado!”.
Um dos melhores criminalistas
Grossi atuava em Brasília desde o início de sua carreira como advogado. Além de conselheiro da OAB, ele foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), professor da Universidade de Brasília. A última atuação do criminalista foi em abril deste ano. Recentemente, Grossi defendeu o direito ao habeas corpus ao lado de Sepúlveda Pertence e de José Roberto Batochio.
Profundo conhecedor dos bastidores da política, Grossi trabalhou para políticos de diferentes correntes ideológicas. Ajudou Lula em ações de direito eleitoral e advogou para os dois ex-governadores do DF: Roriz e Arruda. Em 2014, o jurista provocou polêmica ao contratar o ex-ministro petista José Dirceu, logo após ele deixar a prisão por ter sido condenado no Mensalão. Grossi foi acusado pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de conchavo com Dirceu, uma mera “action de complaisance entre copains”, disse Joaquim à época.
Em apoio ao profissional, a Seccional da OAB do Distrito Federal desagravou Grossi com o plenário lotado e a presença de alguns dos principais advogados criminalistas do país. Relembre aqui.