Brasília, 11/5/2016 – O ano de 2016 foi eleito, pelo sistema OAB, como ano da mulher advogada. Tal fato foi lembrado durante solenidade de entrega de carteiras, nesta quarta-feira (11), na sede da Seccional. A oradora da segunda turma, Lays Caceres Bento da Silva, ressaltou o papel da mulher, que apesar da maioria numérica na sociedade, na universidade e nos próprios quadros desta Seccional, ainda é “subjugada”.
“Sonhemos e trabalhemos com o dia em que a identidade feminina não seja, sob nenhum prisma, demérito, e que tenhamos representatividade respeitada e, de fato, integrada. Mais do que chamadas a ocupar o espaço, pugnemos pela igualdade apriorística e precípua de nossa identidade feminina em face do paradigma masculino”, destacou Lays.
Na mesma linha, o presidente da Seccional Juliano Costa Couto, pontuou que a atual gestão preza pela participação feminina em seus quadros. “Eu descobri, dentro de casa, a luta travada pela mulher e descobri isso com minha mãe, esposa e filha. Se você acha que a advocacia é luta, é porque não conhece a luta da mulher”.
O paraninfo da primeira turma, o conselheiro e professor Cleider Rodrigues, destacou que a ética deve nortear a atuação dos advogados. “A atividade do advogado vem sim sendo cobrada, porque temos que ser cada vez mais éticos. O trabalho é peregrino. Temos de ser sérios, éticos e profissionais. É de suma importância que lembremos da responsabilidade e do compromisso de sermos advogados. Não podemos falhar como advogados”.
Para o orador da primeira turma Antonio Alfredo Ventura de Loiola ser advogado é muito mais do que escrever e falar rebuscado, do peticionar no Judiciário, conversar com juiz ou fazer audiências. “Ser advogado é exercer a plenitude da advocacia é defender os direitos e liberdades do povo”.
O paraninfo da segunda turma o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Pedro Gordilho lembrou do papel social do advogado. “Se quisermos aperfeiçoar a sociedade – e nós, advogados, temos, como aspiração, um compromisso impostergável – a primeira condição é combater a injustiça sob todos os rótulos com que se apresenta, mesmo que seja a falácia da defesa da democracia, usualmente empregada por aqueles que desejam exterminá-la”.
Além dos citados acima, ainda compuseram mesa a vice-presidente Daniela Teixeira, o secretário-geral adjunto Cleber Lopes, o conselheiro federal Severino Cajazeiras, o presidente da Subseção da Ceilândia Edmilson Menezes, o presidente da Subseção do Núcleo Bandeirante Sebastião Duque Nogueira da Silva, o vice-presidente da Subseção de Taguatinga Andressa Pelissári, os conselheiros Denise Aparecida Pinheiro, Liliana Marquez, Mariana Prado, Fernando Assis, Janine Massuda, Pierre Tramontini, Ronaldo Siqueira, Wendel Lemes, o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante Tiago Santana, o advogado José Mendonça de Araújo, o presidente da Comissão de Direito Eleitoral Bruno Rangel e o procurador do DF Alfredo Brandão.
Antonio Alfredo Ventura de Loiola , orador da primeira turma
Por que você escolheu ser advogado?
Era um sonho desde de criança. Meu pai é advogado desde 1976. Antes disso, atuou por 10 anos na área jurídica como oficial de Justiça. Apesar de eu estar com 45 anos de idade, nunca é tarde para você tentar atingir seus sonhos.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Vou tentar atuar na área da advocacia privada, mas vou tentar paralelamente continuar na atividade que eu tenho que é auditoria interna, paralelamente à área jurídica. Gosto das áreas de administrativo e Constitucional. Tenho pretensão atuar com meu pai e minha esposa na advocacia privada.
Qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A Ordem, como já dito, será minha segunda Casa. Como instituição e órgão de classe, é a mais atuante no Brasil hoje. Eu quero e vou atuar junto à Ordem dos Advogados. Já até pedi inscrição na Comissão de Órgãos de Controle.
Lays Caceres Bento da Silva, oradora da segunda turma:
Por que você escolheu ser advogada?
Eu comecei a fazer o curso, na verdade, como forma de expressão. Eu não tinha um plano jurídico de carreira pela frente. Até porque ninguém da minha família seguiu essa carreira. Eu entrei pelo ideal de expressão e de defender os direitos de outras pessoas. Estudando as matérias foi que me apaixonei pelo ato em si de defender o cliente.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
A priori, minha intenção é seguir como advogada privada, realmente gosto muito dessa carreira. Talvez, mais tarde, quando eu for mais velha, quero fazer concurso para a magistratura trabalhista. O Direito Trabalhista é a minha paixão, a área que eu mais gosto. Quero primeiro advogar por um tempo, o exercício da magistratura precisa de uma prática ou vivência em tribunal que você não consegue sentado em uma cadeira, estudando para concurso. Eu me vejo ainda advogando, mas migrando para a magistratura trabalhista.
Qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB é essencial, é um órgão de apoio e de organização da base da categoria dos advogados. Tem uma estrutura sensacional e está sempre disponível para atender a gente. Nenhuma vez que eu vim aqui na sede fui tratada de forma desrespeitosa, todos muito simpáticos e solícitos. A disponibilização de espaço para estudar e trabalhar é excelente. É um apoio indispensável.
Comunicação Social – Jornalismo
Fotos – Rony Sousa
OAB/DF