Mediação como instrumento de pacificação - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Mediação como instrumento de pacificação

Ciente que a Mediação é um dos instrumentos de pacificação mais importantes no cenário jurídico, a OAB/DF realizou o II Seminário de Mediação, na noite desta quarta-feira (7). Com o objetivo de informar os advogados sobre este processo, a Comissão de Mediação da OAB trouxe inúmeros especialistas do ramo para debater os princípios previstos no novo Código de Processo Civil (CPC). Durante a palestra os presentes puderam se informar sobre o conceito, como funciona a mediação e as formas de se inserir na área e resolver os conflitos de seus clientes da melhor forma possível. Neste evento também foi distribuída a cartilha “Tudo o que você queria saber sobre Mediação e não tinha a quem perguntar”.

Daniela Teixeira, vice-presidente da Seccional, apontou a mediação como a melhor e mais rápida maneira de se resolver um litígio. “Hoje já está no CPC, então é fácil encontrar defensores desta causa. Mas essa vitória se deve a vocês, que compraram essa luta e colocaram a mediação no CPC. Mostraram para os mais ortodoxos que isso veio para dar para as pessoas a oportunidade delas encontrarem o melhor caminho para o problema. É importante percebam que hoje todo o sistema da advocacia hoje vê a mediação como parceira”. Por fim, Daniela salientou que a Casa do advogado é o melhor lugar para se debater a respeito dos interesses da sociedade.

Elisabeth Ribeiro, presidente da Comissão Especial de Mediação, ao falar sobre o procedimento em si, ressaltou seus principais benefícios, como a celeridade no procedimento, a possibilidade de obter acordos mais efetivos e do restabelecimento da relação entre as partes. “O advogado que souber lidar e usar a mediação já está na frente de seus colegas que não sabem o que é e não sabem como fazer isso”, enfatizou.

O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), J.J. Costa Carvalho, contou que a mediação vem ganhando espaço no cenário jurídico do país. “Ela chegou de forma acanhada. Os advogados ficavam olhando com muita desconfiança, mas ela vem ganhando espaço. O trabalho que tem sido feito com a mediação no TJDFT tem rendido muitos frutos. O número de ações é muito grande, se grande parte delas não fossem resolvidas pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília (CEJUSC) a justiça estaria com excesso de processo”, observa.

Bryan Rocholl, secretário-geral da Comissão Especial de Mediação, foi o coordenador científico do evento e ressalta que a mediação já ganhou destaque no cenário jurídico brasileiro. Rocholl chama atenção para o papel da Ordem no sentido de informar os advogados sobre a forma como proceder durante os procedimentos de mediação e como oferecer essa via de resolução de conflitos aos seus clientes. “A mediação é uma via de acesso à justiça que tem grande potencial financeiro aos advogados que se especializarem na área, cumprindo dessa forma o disposto no novo CPC”.

No seminário Eduardo Machado, sócio fundador do Juster – Resolução de Conflitos Online, conversou com a plateia sobre as cláusulas de mediação em contratos. Nataly Rocholl, advogada e mediadora, falou sobre a mediação extrajudicial no contexto organizacional, empresarial e corporativo. Renata Vilas-Boas, diretora do Instituto Brasileiro de Mediação das Famílias, explicou como funciona a cobrança de honorário nos procedimentos.

Já Marcelo Rodante, advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas, tratou do tema do seminário ao abordar o papel do advogado na mediação. Talita Dantas, mediadora e membro da Sociedade Brasileira de Coach, tratou dos aspectos de comunicação não violenta na mediação. Waldir Gomes, especialista em Direito Público, explicou como funciona a mediação nos casos de superendividamento. Por fim, Eduardo Rocha, coach e presidente do Instituto de Engenharia da Mente Humana, dissertou sobre o estabelecimento do diálogo e da confiança a partir da aplicação da técnica de Rappor.

Ao final do evento foram sorteadas quatro bolsas de estudo integrais. Duas delas foram para o workshop “Trato feito”, ministrado pelo professor Marcelo Rodante e organizado pelo Centro Brasileiro de Métodos Autocompositivos de Tratamento de Conflitos Humanos (MATCH). Outras duas foram para a palestra “Capacitação Básica e Mediação extrajudicial das famílias”, organizada pelo Instituto Brasileiro de Mediação das Famílias (IBMF).

Compuseram a mesa do evento a vice-presidente da OAB/DF, Daniela Teixeira; o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), J.J. Costa Carvalho; a presidente da Comissão Especial de Mediação, Elisabeth Ribeiro; o secretário-geral da Comissão Especial de Mediação e presidente da Comissão Nacional de Mediação da Associação Brasileira de Advogados, Bryan Rocholl; a secretária-geral adjunta da Comissão Especial de Mediação, Daniele Cardia; o coordenador da Subcomissão Científica da Comissão Especial de Mediação e secretário-geral da Comissão Nacional de Mediação da Associação Brasileira de Advogados, Danilo Prudente; a vice-presidente da Comissão de Mediação da Subseção de Taguatinga e diretora do Centro Brasileiro de Métodos Autocompositivos de Tratamento, Rosana Mello; a juíza, Luciana Yuki; o advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas, Marcelo Rodante; a mediadora e membro da Sociedade Brasileira de Coach, Talita Dantas; o sócio fundador do Juster Resolução de Conflitos Online, Eduardo Machado; o especialista em Direito Público, Waldir Gomes; o coach e presidente do Instituto de Engenharia da Mente Humana, Eduardo Rocha; a diretora do Instituto Brasileiro de Mediação das Famílias, Renata Vilas-Boas e a advogada e mediadora, Nataly Rocholl.