Comissão verifica falta de equipamentos no Hospital do Gama

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF vistoriou na noite de terça-feira (9) o Hospital do Gama. O coordenador da comissão, Jomar Alves Moreno, e o secretário-geral do grupo, conselheiro seccional Flávio Lemos, fizeram uma inspeção durante duas horas no pronto-socorro da unidade hospitalar. Os principais problemas encontrados foram o excesso de pacientes de outros Estados e a falta de equipamentos para atender devidamente o público. O pronto-socorro atende diariamente uma média de 1,3 mil pacientes. A direção do hospital calcula que pelo menos 50% são do Entorno do Distrito Federal. Para os conselheiros da OAB/DF, a União deveria solucionar o caso. “Vamos ao Ministério da Saúde cobrar uma maior participação do governo federal”, afirmou Lemos. Outras soluções apontadas para diminuir atender a demanda são a melhoria dos postos de saúdes e a criação de unidades médicas para atendimentos nos bairros. “É necessário deixar que apenas os casos mais graves sigam para o pronto-socorro”, destacou Moreno. A comissão visitou nos últimos dias os principais hospitais do DF. Segundo Moreno, será elaborado um relatório para ser entregue na próxima semana às autoridades competentes. “Vamos pedir uma audiência com o governador e o secretário de Saúde para colocá-los a par da situação caótica que encontramos nos hospitais”, disse. Torcedor O relatório também destacará a falta de equipamentos no Hospital do Gama. No local, apenas um aparelho de raio-x está em funcionamento. “Se ele quebrar, a comunidade fica sem poder fazer os exames”, afirmou Lemos. De acordo com a direção do hospital, o tomógrafo tem 10 anos de uso e funciona de forma parcial. Ele seria capaz de fazer os exames, mas sem que os resultados pudessem ser impressos. No último domingo, um torcedor baleado ao lado do estádio Bezerrão não pôde ser examinado na unidade e precisou ser transferido para o Hospital de Base. “É inadmissível uma situação dessas”, comentou Moreno. Além da falta de equipamentos, a direção afirmou que o hospital não faz atendimentos em neurocirurgia. Para atender a demanda da região, estima-se que seriam necessários mais dois aparelhos de raio-x e um tomógrafo moderno, que custaria em torno de 1 milhão de dólares.