Conheça sete dicas da OAB/DF para melhorar o seu marketing jurídico

As normas que regem a publicidade dos profissionais foram atualizadas, principalmente, para se adequarem ao uso das novas tecnologias da comunicação como redes sociais e a internet. A partir destas mudanças a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF) quer auxiliar profissionais ao uso de todo o potencial do marketing jurídico, etapa importantíssima para o sucesso dos serviços de advocacia. Ao agir com estratégias bem pensadas e executadas é possível alcançar ótimos resultados, atrair e fidelizar clientes sem ultrapassar os limites das normas aprovadas.

“Após participar ativamente e ser uma das protagonistas do novo regramento da publicidade para a advocacia a OAB/DF vai investir em informação e formação para o uso de ferramentas de marketing. A partir daí os colegas advogados e advogadas terão estratégia de uma comunicação mais assertiva e eficiente com seus clientes”, afirma a diretora de Comunicação, Raquel Cândido.

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr, destacou a participação dos jovens advogados ligados a seccional, que trabalharam na linha de frente da formatação das novas normas. “A OAB/DF teve, a partir da nossa jovem advocacia, uma participação essencial em todo o debate sobre a atualização das regras. Agora vamos informar e formar por meio do nosso site e das redes sociais. Também, teremos a retaguarda de cursos específicos. Importante é o profissional ficar atento e em sintonia com nossos conteúdos”.

Veja abaixo sete dicas para iniciar um bom posicionamento de mercado, mas sem ultrapassar os limites da publicidade jurídica da normativa da OAB Nacional.

1 – Entenda os princípios básicos do marketing: leia a normativa da OAB Nacional e compreenda seus limites e as oportunidades (Clique aqui). A partir daí pense e crie bons conteúdos, fortaleça a imagem de seu escritório, busque e retenha novos clientes sem mercantilizar a profissão.

2 – Jogue de acordo com as regras do jogo: publicidade na advocacia tem limites éticos. É permitido, por exemplo, participar em canais jurídicos na internet, como sites e portais. Esses tipos de plataforma geralmente oferecem boas oportunidades de se conectar com outros profissionais e trocar experiências interessantes, além de servir para criar credibilidade junto ao público.

3 – Crie seu branding (gestão de marca): mostre que a sua marca tem personalidade e é coerente com seus valores e propósito. Uma estratégia de gestão da marca é muito importante para torná-la mais reconhecida pelo seu público e presente no mercado. Foque no marketing de conteúdo, que é uma excelente estratégia de atração de clientes por meio da criação de conteúdo relevante. Produza algo interessante e que instrua as pessoas, usando uma linguagem de fácil entendimento. Assim, as pessoas entendem melhor o que você quer dizer e acabam se identificando com a sua marca.

4 – Não tenha medo de se posicionar: como se posicionar e construir autoridade nas redes sociais? Seus perfis nas redes sociais são o cartão de visitas, cuide da sua imagem no ambiente e apresente conteúdos sobre como você quer ser lembrado por seus clientes. Existem formas muito eficientes de se diferenciar em meio à multidão, como criar enquetes e pesquisas entre seus seguidores para entender o perfil destas pessoas. Sempre há abordagens diferentes que podem ser feitas, foque em sua especialidade e assim valorize a imagem que sua empresa tem no mercado jurídico.

5 – Produzir conteúdo com jeito e tom certos: pesquise bons conteúdos em outras áreas de conhecimento e faça algo diferente com o enfoque jurídico voltado para temas atuais. Faça buscas na internet para saber quais assuntos estão sendo buscados e comentados, muitas vezes assuntos que parecem banais podem ter um desdobramento legal que muitos leigos ainda não perceberam.

6 – Acompanhe os resultados de sua comunicação: defina indicadores de desempenho que sejam mensuráveis, de modo que o seu investimento em marketing possa ser medido. Esse é um processo contínuo de aprimoramento. É importante realizar testes com o mesmo conteúdo, a fim de verificar quais, por exemplo, geraram mais contato com potenciais clientes. O próprio Facebook oferece ferramentas neste sentido para suas redes sociais. Também vale a pena utilizar a ferramenta Google Analytics, que é disponibilizada de graça pelo Google. Com um pouco de treino você pode fazer boas análises sobre seu conteúdo e o alcance de público que você está tendo.

7 – Perceba seu site como vitrine do seu escritório: o site do seu escritório pode e deve ser mais que uma espécie de “currículo on-line”. O endereço on-line oficial do seu escritório é o ambiente ideal para compartilhar informações sobre a sua área de atuação, os seus métodos de trabalho, seus valores morais e mostrar para o cliente como você e sua equipe estão qualificados e preparados para atendê-lo da melhor forma possível.

Marketing para Redes Sociais em poucos pontos:

  • Construa conteúdos respondendo dúvidas hipotéticas do seu público-alvo;
  • Mapeie grupos e comunidades on-line para divulgar seus conteúdo;
  • Faça estudos de casos para exemplificar ao seu público como o seu escritório resolveu o problema apresentado;
  • Estude e aplique técnicas de SEO (palavras-chave) nos seus conteúdos. Isso vai fazer com que seu material apareça nas primeiras páginas do Google;
  • Responda comentários e mensagens privadas. Lembre-se: marketing jurídico é relacionamento;
  • Produza conteúdos específicos para cada rede social.

Veja o que pode e o que não pode conforme a normativa da OAB Nacional:

  • Anuários: Somente é possível a participação em publicações que indiquem, de forma clara e precisa, qual a metodologia e os critérios de pesquisa ou de análise que justifiquem a inclusão de determinado escritório de advocacia ou advogado(a) na publicação, ou ainda que indiquem que se trata de mera compilação de escritórios ou advogados.
  • É vedado o pagamento, patrocínio ou efetivação de qualquer outra despesa para viabilizar anúncios ou aparição em publicações como contrapartida de premiação ou ranqueamento.
  • Sobre aplicativos de consultas jurídicas, não é admitida a utilização de forma indiscriminada para responder automaticamente consultas jurídicas a não clientes por suprimir a imagem, o poder decisório e as responsabilidades do profissional, representando mercantilização dos serviços jurídicos.
  • A aquisição de palavras- chave, como no Google Ads, é permitida quando responsivo a uma busca iniciada pelo potencial cliente e desde que as palavras selecionadas estejam em consonância com ditames éticos.
  • É proibido o uso de anúncios ostensivos em plataformas de vídeo.
  • Cartão de visitas deve conter nome ou nome social do advogado(a) e o número da inscrição na OAB e o nome da sociedade, se integrante de sociedade. Pode conter número de telefone, endereço físico/eletrônico, QR Code que permita acesso aos dados/site. Pode ser físico e eletrônico.
  • O uso de chatbot (robôs de autoresposta) é permitido para facilitar a comunicação ou melhorar a prestação de serviços jurídicos, não podendo afastar a pessoalidade da prestação do serviço jurídico, nem suprimir a imagem, o poder decisório e as responsabilidades do profissional.
  • É possível, por exemplo, a utilização no site para responder as primeiras dúvidas de um potencial cliente ou para encaminhar as primeiras informações sobre a atuação do escritório ou, ainda, como uma solução para coletar dados, informações ou documentos.
  • Correspondências e comunicados (Mala Direta): o envio de cartas e comunicações a uma coletividade (“mala direta”) é expressamente vedado.
    Somente é possível o envio de cartas e comunicações se forem destinadas a clientes e pessoas de relacionamento pessoal ou que os solicitem ou os autorizem previamente, desde não tenham caráter mercantilista, que não representem captação de clientes e que não impliquem oferecimento de serviços.
  • A criação de conteúdo, palestras e artigos deve ser orientada pelo caráter técnico informativo, sem divulgação de resultados concretos obtidos, clientes, valores ou gratuidade.
  • Grupos de WhatsApp são permitidos, desde que se trate de pessoas determinadas, das relações do advogado ou do escritório de advocacia e seu conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do presente provimento.
  • Lives em redes sociais e youtube: É permitida a realização de lives nas redes sociais e vídeos no youtube, desde que seu conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do presente provimento.
  • Patrocínio ou impulsionamento em redes sociais é permitido, desde que não se trate de publicidade contendo oferta de serviços jurídicos.
  • Petições, papéis, pastas e materiais de escritório podem conter nome e nome social do(a) advogado(a) e da sociedade, endereço físico/eletrônico, número de telefone e logotipo.
  • Redes sociais: É permitida a presença nas redes sociais, desde que seu conteúdo respeite as normas do Código de Ética e Disciplina e do presente provimento.

Para acessar a nova normativa diretamente no site da OAB Nacional é só clicar no link: https://bityli.com/lGrMG

Texto: Euclides Bitelo
Comunicação OAB/DF