“Cada um aqui tem um pedaço de colaboração para a sociedade”, diz ex-ministro Roberto Rosas

Brasília, 30/4/2015 – A Seccional da OAB do Distrito Federal realizou, na quarta-feira (29), duas cerimônias de entrega de carteiras a novos advogados. O paraninfo da primeira turma, ex-secretário jurídico do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Roberto Rosas, deu as boas-vindas aos novos profissionais e relatou que essa é a primeira etapa de uma longa caminhada. Segundo ele, os advogados devem prestar seus serviços tendo como o foco o bem do país.

2“Cada um aqui presente tem um pedaço de colaboração para a sociedade”, disse. “Sejam honestos e exerçam suas atividades com soberania e dignidade perante as pessoas. Sempre que puderem, estudem e aperfeiçoem-se. Assim estarão sempre um passo adiante”.

O vice-presidente da Seccional, Severino Cajazeiras, relatou que a entrega de carteiras é uma das solenidades mais importantes que a OAB promove. Segundo ele, a partir de agora os novos advogados devem exercer a profissão com responsabilidade. “Honrem essa carteira e esse compromisso que vocês prestaram com dedicação e ética”. Severino ressaltou que os profissionais devem ter atenção, pois um erro é um prejuízo. “A maior propaganda de um advogado é o cliente”, disse.

A oradora da primeira turma, Nina Sales, falou sobre perseverança em seu discurso. “Eu aprendi que quando temos um alvo a alcançar compensa não desistir”. Segundo ela, a dedicação é a diferença entre a vitória e o fracasso. Nina também falou sobre a importância do advogado, lembrando o artigo 133 da Constituição Federal. “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

1Segundo o paraninfo da segunda cerimônia, o conselheiro da OAB/DF, Fernando de Assis, ser advogado é estar atento aos flagelados, combater a injustiça e se inquietar diante da opressão. “Atitude, independência e coragem, estes são os pilares que devem construir os passos de cada um aqui presente”, disse. O conselheiro escolheu cinco orientações importantes para dar aos novos profissionais: “estude muito e cada vez mais, esteja sempre disposto, nunca se dê por vencido, construa diariamente sua excelente reputação, e por fim, seja sempre ético e moral em suas ações”.

A oradora da segunda turma, Tainah Trindade, falou sobre ética em seu discurso, fazendo referência ao artigo 31 do Estatuto da Advocacia e da OAB. “De agora em diante, deveremos proceder de forma que nos tornemos merecedores de respeito e que contribuamos para o prestígio da classe e da advocacia”, disse. Segundo ela, as atitudes dos advogados devem estar pautadas na moral e no comprometimento com a Justiça.

Compuseram mesa na primeira entrega de carteiras o vice-presidente Severino Cajazeiras, o secretário-geral adjunto Juliano Costa Couto, o diretor tesoureiro, Antonio Alves; a secretária-geral, Daniela Teixeira; o paraninfo, Roberto Rosas; o presidente da Comissão de Assuntos Regulatórios, Manoel Coelho; o conselheiro Antonio Gilvan; e o presidente da FUNAI, Flavio Chiarelli.

Compuseram mesa na segunda cerimônia o vice-presidente Severino Cajazeiras, o secretário-geral adjunto Juliano Costa Couto, o diretor tesoureiro, Antonio Alves; o paraninfo Fernando de Assis; o presidente da Comissão de Assuntos Legislativos, Jckson Domenico; o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante; Camilo Noleto; o presidente da Comissão de Orçamento e Contas, Carlos Bezerra; o presidente da Comissão de Defesa da Concorrência, João Paulo Amaral; o presidente da Comissão de Seleção, Maxmiliam Patriota; o conselheiro Antonio Gilvan; a secretária-geral da CAA/DF, Elisabeth Leite; e o comendador da república, Alexandre Carvalho.

Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional:

6Nina Sales Porto – 30 anos

Por que você escolheu ser advogada?

Durante uma vida nós somos orientados a fazer escolhas. Confesso que sempre fui uma pessoa, eu diria, um tanto que indecisa, pois a vida não nos permite fazer um rascunho. O que decidimos hoje orienta todo o nosso futuro. Escolhi me tornar advogada por exemplo do meu irmão mais velho. Ele fez o curso e se apaixonou. Como eu já havia pensado de tudo, sem me decidir definitivamente por um, no momento de escolher eu arrisquei, imaginei que esse também poderia ser um bom caminho. E confesso que fiz a melhor escolha. O direito nos proporciona olhar para o outro, sentir suas necessidades e nos torna responsáveis pela busca da Justiça

Como você se vê daqui a 10 anos?

É uma pergunta significativa, hoje estou com expectativas de uma nova vida por começar, em 10 anos vejo que terei alcançado um espaço no mercado. O que irá fazer com que eu agradeça a Deus por ter me proporcionado decidir caminhar por essa estrada. Espero, sinceramente que o saber esteja sempre a minha disposição a fim de me proporcionar alcançar sempre melhores resultados e expectativa de proporcionar o alcance do bem comum.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?

A Ordem é, sem sombra de dúvida, a instituição que nos aproxima da sociedade, é quem de fato possui a faculdade de exercer o jus postulandi na defesa de terceiros e nos atribui o poder dever de orientar os clientes, nos capacitando a defender em juízo e fora dele os seus interesses.

4Tainah Macedo Compan Trindade – 25 anos

Por que você escolheu ser advogada?

A advocacia surgiu na minha vida através de um processo pessoal meu, com a pensão alimentícia do meu pai. Desde muito nova eu fui acompanhando a minha mãe a fóruns e na contratação de advogados. Eu me apaixonei por esse mundo. Sempre gostei muito de falar, de ler, de atuar, e então eu resolvi que queria isso para mim. Eu nunca pensei em ter outra profissão. Sempre que eu pensava em ser alguma coisa eu pensava em ser advogada.

Como você se vê daqui a 10 anos?

Pretendo continuar na área que eu estou como advogada de empresas. Acho que o advogado nas empresas é mais valorizado do que dentro de um escritório que você é só mais um. A minha opinião dentro de onde eu trabalho é relevante, sempre sou ouvida e isso é muito bacana para mim. Pretendo atuar na mesma área, mas especializada com mestrado e doutorado. Pretendo também lecionar e participar das atividades da Ordem.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?

Essencial. A OAB é uma instituição muito respeitada e é o ponto de partida. Com ela nós temos o ponto de partida e o apoio. A OAB impulsiona com os cursos e no geral, dificilmente algum conselho tem esse papel que a Ordem tem. Ela é muito participativa na vida dos advogados.

Reportagem – Érica Fontoura
Fotos – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF