Diretor de marketing da CBF palestra no 1º Simpósio de Direito, Gestão e Marketing no Esporte

Na noite desta segunda-feira (17), a Seccional sediou o 1º Simpósio de Direito, Gestão e Marketing no Esporte com palestras de profissionais renomados em times e clubes brasileiros. O evento foi organizado pela Comissão de Direito Desportivo com o objetivo de debater questões relacionadas à gestão do esporte brasileiro com o Direito. O evento contou com as palestras do diretor de marketing da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Gilberto Ratto; do membro da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), Luciano Pinheiro; e do advogado do Fluminense Football Club, Fabrício Trindade.

O presidente da comissão e diretor jurídico do Club de Regatas Vasco da Gama, Mauricio Correa da Veiga, ressaltou a relevância do tema na administração de clubes. “Gestão e marketing são palavras que estão cada vez mais dentro da nossa realidade. Hoje nós teremos oportunidades de falarmos sobre questões e inovações presentes no esporte a cada dia”, explicou. Ele também palestrou sobre gestão dos clubes. “É necessário que haja divisão de profissionais especializados e setorizados na defesa do time”, alertou.

Presente no evento, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho e presidente da Academia Nacional de Direito Desportivo, Guilherme Caputo Bastos, elogiou a iniciativa da comissão da OAB/DF em idealizar o simpósio. “Fico feliz em ver que a comissão da Seccional realiza eventos dessa natureza e grandeza. Aqui vocês vão ver palavras-chave para se discutir e garantir o desenvolvimento dos clubes”, avaliou.

O secretário-geral da comissão, Ronne Nunes, enfatizou a necessidade de os advogados se especializarem na área de atuação. “O desporto é um tema muito agradável, mas é uma minoria que sabe refletir, debater e que de fato estude sobre o assunto para atuar. São temas controvertidos, principalmente relacionado à gestão do esporte brasileiro, que requer profissionais especializados”.

O diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, palestrou sobre a rotina de produção na seleção brasileira. Segundo ele, todas as áreas de um clube devem seguir um mesmo objetivo e o profissional deve encontrar um ponto que sirva de produto para atrair clientes. “No caso da seleção brasileira, o nosso produto é passar energia, encantamento. Depois de definido, seu produto passa a se tornar o seu próprio negócio”.

Já na palestra de Luciano Pinheiro, da ABPI, o público debateu sobre símbolo e marca. “A marca do time pode ser penhorada, negociada, vendida. Já o símbolo tem um ordenamento jurídico de que pertence ao clube. Depois de diferenciarmos os termos ‘símbolo’ e ‘marca’, podemos afirmar que o símbolo do esporte não é uma marca”, concluiu.

Por fim, o advogado do Fluminense Football Club Fabrício Trindade ressaltou a necessidade de ter profissionalismo dentro dos clubes. “Precisamos chamar pessoas para trabalharem conosco que já sejam do mercado e habilitados para dirigir o clube. Não adianta ter o melhor regulamento de compliance, se a estrutura de organização jurídica for a mesma”, finalizou.

Também integrou a mesa de abertura o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos, e o membro da comissão Francisco Gomes.