XVII ENJA: Fake News nas eleições 2018

As notícias falsas ou distorcidas, popularmente conhecidas como Fake News, foram tema de painel no segundo dia do XVII ENJA. A presidente do Instituto de Direito Eleitoral do Distrito Federal, Maria Cláudia Bucchianeri, e o doutor em Direito pela UnB André Macedo de Oliveira debateram a necessidade ou não de regulação das chamadas fake news pelo Estado, o emprego das redes sociais na atividade política e nas campanhas, os limites da liberdade de informação e os desafios que essa questão representará nas eleições no fim do ano.

André Macedo de Oliveira contou que esse tema deve ser debatido em todos os meios de comunicação e órgãos de relevância, principalmente próximos às eleições. “A popularização da internet e das redes sociais trazem a importância do tema. A comunicação via Whatsapp é muito rápida. Hoje é possível publicar uma foto aqui e o outro lado do mundo olhar no mesmo segundo, por isso a disseminação da notícia falsa é instantânea”.

Macedo ainda explicou como as notícias falsas podem influenciar em uma eleição sem a devida democracia. “Fake news nas eleições são notícias falsas que podem causar danos a um determinado candidato e isso vai interferir no voto do cidadão, que por sua vez vai interferir no debate e no sistema democrático”.

Maria Cláudia Bucchianeri pontuou que as ‘fake news' são mais utilizadas no meio político mundial, mas os acessos de maior envolvimento são de extremistas, que são minoria. “Ninguém vive só de fake news, o material tido como ‘fake' representa hoje o estimado de 2,16% da informação que se consome, então quando você associa a ‘fake' ao real, o efeito concreto da ‘fake news' na sua tomada de decisão costuma ser relativizado”, assim conclui a presidente do IDEDF.