OAB ajuíza ADI pela valorização dos honorários dos advogados - OAB DF

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DÉLIO LINS

OAB ajuíza ADI pela valorização dos honorários dos advogados

Brasília, 16/4/2014 – O Conselho Federal da OAB ajuizou, na última segunda-feira (14), no Supremo Tribunal Federal (STF), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5110, com pedido de cautelar, com o objetivo de impugnar o parágrafo 4º do art. 20 do Código de Processo Civil, especialmente em relação à expressão “ou for vencida a Fazenda Pública”, que institui regra desproporcional e discriminatória para a fixação de honorários de sucumbência, segundo a entidade.

Nos casos em que a Fazenda Pública é vitoriosa, esse dispositivo fixa os honorários entre 10% e 20% do valor da condenação. Entretanto, quando a Fazenda resta derrotada, a decisão sobre os valores é totalmente discricionária, a critério do juiz. “A fixação de honorários contra a Fazenda Pública em caráter irrisório vilipendia a profissão, ao contrário do que quis o constituinte originário, desqualificando publicamente o advogado face aos relevantes serviços prestados”, destacou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

O vice-presidente Nacional da OAB e coordenador da Campanha Nacional de Valorização dos Honorários, Claudio Lamachia, ressalta a importância da questão para a advocacia brasileira. “O princípio da sucumbência da fixação justa de honorários deve ser respeitado pelos magistrados”, disse.

Autor da proposta inicial aprovada pelo Plenário do Conselho Federal da OAB, o procurador nacional de Defesa das Prerrogativas, José Luis Wagner, explica os fundamentos básicos da ADI 5.110. “Em primeiro lugar percebe-se o desrespeito ao princípio da isonomia na medida em que, nas ações em que a Fazenda Pública é vencedora, tem seus honorários dentro dos padrões estabelecidos no CPC, e quando ela sai vencida, os valores são fixados ao livre arbítrio do juiz. O que temos visto são honorários irrisórios em ações cujo valor é muito grande. Em segundo lugar, atenta-se contra outro princípio, o da razoabilidade”, reclama.

Com informações do CFOAB