Brasília, 25/2/2016 – A segunda sessão do Conselho Pleno da gestão do presidente Juliano Costa Couto foi marcada por muita emoção. Na abertura dos trabalhos, a diretoria homenageou o advogado Paulo Anderson Almeida Miranda, amigo de muitos dos conselheiros e do próprio presidente da OAB/DF. Miranda sofria de uma cardiopatia congênita – condição que muitos dos seus amigos sequer conheciam – e morreu no final do ano passado.
Pouco tempo após prestar o Exame de Ordem, Paulo Miranda passou mal e teve de ser internado. Entrou em coma no início de outubro. Dias depois, saiu o resultado da prova da OAB que transformou em advogado o então bacharel. A família recebeu a notícia de sua aprovação, mas ele não pôde comemorar porque faleceu em pouco tempo, aos 35 anos de idade.
Na noite desta quinta-feira (25/2), familiares de Paulo Miranda vieram à sede da OAB/DF para ver o jovem ser homenageado por seus pares. O presidente Juliano Costa Couto justificou a homenagem. “Quando foi aprovado, ele estava vivo. Por isso, emitimos o certificado de aprovação para realizar o seu sonho, que era o de se tornar advogado”, afirmou. Costa Couto lembrou de várias histórias que viveu nos últimos meses de 2015 ao lado de Miranda.
O presidente da OAB/DF deu a carteira simbólica para a mãe do advogado, Avanilda Almeida da Costa Miranda, e pediu que ela prestasse, em nome do filho, o juramento dos advogados: “Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da Justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituição jurídicas”.
A mãe, que veio de Natal para a homenagem ao filho que morava em Brasília, ocupou a tribuna e, emocionada, rememorou a perseverança de Miranda para conseguir, apesar da doença que o acometia, se tornar advogado. “Deus não escolhe pessoas capacitadas. Ele capacita as escolhidas. E me capacitou para criar um homem que nunca esmoreceu ou fez o papel de vítima do destino”, disse.
O conselheiro Fernando Martins, amigo de Paulo Miranda por 12 anos, falou sobre o quanto ele era leal, prestativo e trabalhador. Martins lembrou que quando recebeu a carteira de advogado, abraçou o pai para comemorar. Então, levantou e deu um abraço na mãe de Paulo Miranda para simbolizar a comemoração de pais e filhos por suas conquistas.
A vice-presidente da OAB/DF, Daniela Teixeira, e o secretário-geral, Jacques Veloso, também falaram sobre fatos e ocasiões em que o amigo Paulo Miranda mostrou companheirismo e uma força de trabalho impressionante. A carteira simbólica e o diploma de advogado adornarão a casa de dona Avanilda junto com as melhores lembranças do filho.
Comunicação Social – Jornalismo
Fotos – Valter Zica
OAB/DF