Projeto Paz no Lar busca proteção do idoso - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Projeto Paz no Lar busca proteção do idoso

O Distrito Federal conta com a maior expectativa de vida do país e, seguindo a tendência mundial, as taxas de natalidade diminuem à medida que a longevidade cresce. Porém, por mais que as pessoas vivam mais, nem sempre o respeito e o bom trato das pessoas idosas ocorre, é o que contou Lúcia Bessa, conselheira seccional e presidente da da Comissão de Combate á Violência Familiar, na noite desta segunda-feira (4), durante a abertura da segunda etapa do programa Paz no Lar.

Segundo Lúcia, o programa surgiu em virtude do alto índice de violências que ocorrem ainda hoje. “Nós, como OAB/DF, não podemos nos esquecer da nossa função primeira, que é a social. A OAB/DF implementará todas as ações possíveis para diminuir os índices de violência familiar”. Para ela, a discussão gera reflexões sobre o tema e assim o assunto se torna pauta de grandes debates.

Juliano Costa Couto, presidente da Seccional, contou que o projeto foi pensado para atender todos os tipos de violência que ocorrem hoje em dia, a sexual, a contra os idosos e contra os pessoas com deficiência. Por fim, Costa Couto reafirmou seu compromisso com a luta da Comissão. “Os projetos e o trato pela paz em casa, contra a violência doméstica, contarão, enquanto eu estiver aqui, com o pleno apoio desta Seccional”.

Monize da Silva Freitas, juíza coordenadora da Central Judicial do Idoso, trouxe para o debate uma análise dos 10 últimos anos de acompanhamento feito pela Central Judicial do Idoso. Ao analisar o mapa da violência contra as pessoas idosas, Monize observou que a violência ocorre nos quatro cantos da cidade e não tem classe social.

Segundo Monize, as formas de violência variam em diversas formas como a violência física, o abuso psicológico, o financeiro, o abandono e a negligência. Ela destacou também o seguro de saúde no casos dos idosos. “O que acontece é que ainda não há uma cultura de preservação. Poderíamos pagar menos se tivéssemos mais cultura desde cedo. Então, falar sobre a pessoa idosa e a violência da pessoa idosa, acaba exigindo de nós uma reflexão sobre o que somos durante toda a nossa vida, o autocuidado e a autopreservação”.

 Vandercy Camargos, coordenadora-geral de fortalecimento dos Organismos Públicos de Políticas de Políticas para as Mulheres, falou sobre a necessidade de se pensar em políticas públicas para evitar a violência. “Isto que estamos fazendo é muito mais do que um programa, é uma estratégia para movimentar todas as camadas da sociedade e fazer com que a legislação necessária aconteça e seja aplicada”. Valdecy também falou sobre o programa Brasil Mulher, que empodera mulheres para que elas tenham autonomia e saiam da situação de violência.

Ana Paula Martins de Campos, supervisora do núcleo de mediação do idoso, falou sobre a necessidade de se ter metas para a velhice e investir em vínculos afetivos. Sobre os canais de conversa entre o idoso e os seus parente, Ana destacou a mediação como a via mais interessante. “Na mediação melhoramos a comunicação entre as partes para que possam ter um convívio e cuidado melhor com o idoso. Tiramos a questão de denúncia, porque nos procuram como ajuda e nós como mediadores temos o papel de facilitar esse diálogo”.

O evento contou com a participação da cantora Meire Lia e das poetisas brasilienses Paula e Nilva Souza.

Em caso de denúncia ligue 180 ou procure ajuda da OAB/DF (61) 3036-7000