Brasília, 12/11/2014 – A Seccional da Ordem dos Advogados do Distrito Federal realizou, nesta terça-feira (11), duas cerimônias de entrega de carteiras para novos advogados. O evento ocorreu no Auditório da OAB/DF e contou com a presença de representantes da casa, além de familiares, advogados e autoridades. Foram entregues 147 carteiras.
O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, relatou que a carreira, como todas as outras, tem suas dificuldades e responsabilidades. “Cada um de vocês, a partir de agora, carrega nos ombros o compromisso de representar não só os seus clientes, mas toda a sociedade”, disse. O presidente deu as boas vindas aos novos advogados e mencionou que a Ordem agora é a segunda casa deles.
A oradora da primeira cerimônia, Mariana Rabelo, citou em seu discurso os 10 mandamentos do advogado, obra de Eduardo Couture. Estudar é o primeiro deles: “O nosso ordenamento jurídico é composto por uma série de códigos, leis e emendas constitucionais, portanto, conhecer essa ciência é algo que exige esforço e persistência”.
O professor do Instituto Brasiliense de Direito Público, Saul Tourinho Leal, foi o paraninfo da primeira turma. Seu discurso foi baseado na perseverança. Saul aconselhou os novos advogados a nunca desistirem, “Saibam que a luta pela prosperidade não é uma caminhada fácil, mas vocês podem, como advogados, mudar o mundo”.
O vice-presidente da Ordem, Severino Cajazeiras, representou a Ordem na segunda entrega de carteiras. Ele deu alguns conselhos aos novos advogados. Entre eles, Cajazeiras relatou que é de extrema relevância trocar conhecimentos com outros profissionais. “Ninguém hoje é detentor único e exclusivo dos seus conhecimentos, devemos sempre compartilhar e buscar mais”.
Orador da segunda turma, Ricardo Borges, falou sobre a importância da advocacia na sociedade. “cada cidadão tem o direito de poder viver sua vida sem ser injustamente estorvado ou constantemente desrespeitado, e o papel do advogado é atuar em defesa deste individuo”. Segundo Ricardo, Advogar não é uma mera profissão, mas um estado de espirito.
O conselheiro Hamilton Amoras, paraninfo da segunda turma, falou sobre coragem em seu discurso. “O advogado tem a obrigação de trabalhar com destemor em prol do bem estar do próximo e na promoção de uma sociedade mais justa”, disse. Amoras acrescentou que essa deve ser a principal característica na carreira dos novos profissionais.
Compuseram mesa na primeira entrega de carteiras o vice-presidente, Severino Cajazeiras; o secretário-geral adjunto, Juliano Costa Couto; o professor do Instituto Brasiliense de Direito Público, Saul Tourinho Leal; o diretor tesoureiro, Antonio Alves; o presidente da CAA/DF, Ricardo Peres; o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, Camilo Noleto; e os conselheiros João Paulo Amaral, Renata do Amaral Gonçalves, Jorivalma Muniz, Luiz Henrique Sousa Carvalho, Elaine Starling, além dos ex-conselheiros Seccionais Ismail Gomes e Iran Amaral.
Compuseram mesa na segunda cerimônia, o sub-procurador geral da República, Roberto Gurgel; o vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazeiras; o paraninfo e conselheiro, Hamilton Amoras; a secretária-geral da Ordem, Daniela Teixeira; o secretário-geral adjunto, Juliano Costa Couto; o Diretor Tesoureiro, Antonio Alves; o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, Camilo Noleto; o presidente da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia, Felipe Bayma; o presidente da Comissão de Seleção, Maxmiliam Patriota; a secretária-geral adjunta da Fundação de Assistência Judiciária;
Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional:
Mariana Rabelo, 22 anos
Por que você escolheu ser advogada?
Acredito que essa escolha se deu de forma gradual em minha vida.
Primeiro, me apaixonei pelo Direito. Isso ocorreu ainda durante a minha infância. Minha mãe e avó são do meio jurídico, e cresci vendo-as conversar sobre assuntos ligados ao Direito. Desde muito pequena, todos aqueles termos, que em sua maioria eu sequer conhecia o significado, já exerciam um grande fascínio sobre mim.
Com a maturidade, percebi que realmente me identificava com as ciências humanas.
Já cursando direito, optei pela advocacia pelo dinamismo da profissão e pela possibilidade que o advogado tem de contribuir com a realização da justiça, como verdadeiro intermediário entre o indivíduo leigo, que busca seu direito e o Poder Judiciário, instituído pelo Estado como meio de viabilizar a convivência pacífica de seus cidadãos.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Acredito que os próximos dez anos serão construídos a partir do compromisso que tenho de renovar a cada dia o meu entusiasmo em relação à realização da justiça e ao aprimoramento do ordenamento jurídico como formas de melhorar a vida dos cidadãos brasileiros. Portanto, daqui a dez anos, me vejo como uma profissional realizada com meu ofício, contudo, com a constante inquietação acerca da possibilidade de fazer mais e melhor.
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A liberdade e a independência são essenciais ao ofício do advogado. Acredito que é nesse ponto que o papel da Ordem se revela imprescindível para quem exerça a profissão. A OAB garante ao advogado uma base firme, assegurando que poderemos exercer de forma livre e ética o ofício que escolhemos.
Ricardo Araujo Borges, 24 anos
Por que você escolheu ser advogado?
Porque eu acredito que a advocacia é uma profissão que sempre esteve a frente dos movimentos de mudanças sociais. Não existe nenhuma sociedade civil minimamente organizada que não exista uma pessoa que atue em prol da outra. Isso me chama a atenção para a advocacia, o quão atuantes são os profissionais e a relevância que eles assumem no cenário. Eu procuro fazer parte da mudança de Brasília e do país.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Eu só me vejo advogando, seja na advocacia privada ou na advocacia pública. Eu me vejo atuando em ambas as áreas. Vai depender muito de como eu vou me sair no mercado de trabalho e quais serão as oportunidades que virão na iniciativa privada. Caso não venha, eu vislumbro hipóteses de concurso público.
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A Ordem é uma entidade civil de muito respeito na sociedade. Atualmente ela tem tido ainda mais credibilidade. Ela é muito importante como porque atua ao lado do advogado, reivindicando melhores posturas e gestões da administração pública.
Foto – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF