É com profundo pesar que a Seccional informa o falecimento do advogado Geraldo Campos, aos 93 anos, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. O velório será realizado no cemitério Campo da Boa Esperança e o sepultamento está marcado para as 11h30.
Natural de Aracaju, capital do estado de Sergipe, Geraldo Campos chegou a Brasília em 1958 e foi um dos primeiros a se instalar no que seria a nova capital. Foi funcionário da Novacap e membro do Partido Comunista. Em 1964, durante a ditadura militar, foi preso e torturado por dois anos. Em 1986, assumiu o primeiro mandato como deputado e dois anos mais tarde, fundou o PSDB no DF.
“Meu Tio foi um grande idealista dos direitos dos trabalhadores. Saiu de Sergipe com 18 anos, foi Marinheiro e ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. Conheceu o comunismo e acabou saindo da Marinha, tendo feito curso na União Soviética e chegado a Brasília na época da sua construção. Foi presidente do Sindicato dos Servidores da Novacap, deputado federal constituinte e relator da lei 8.112. Formou-se em direito no UniCEUB em 1980, tendo se tornado advogado. Foi preso em 1969-70, torturado e anistiado. Também foi detido quando estudava direito no UniCEUB, quando era presidente do DCE, e solto em alguns dias pelo clamor dos estudantes que se manifestaram pela sua soltura. Foi deputado federal em apenas um mandato, depois presidente Honório do PSDB por ter sido um dos fundadores do partido, tendo sempre se pautado com honestidade em seus atos. Não acumulou riquezas e nunca ofereceu cargos aos familiares. Um verdadeiro idealista da política social que não mais vemos na sociedade brasileira. Apesar de discordar do seu posicionamento ideológico, o admiro muito pelo bem que fez a sociedade com a sua luta pelos direitos dos servidores públicos”, disse o sobrinho e presidente da Comissão Especial de Energia do Conselho Federal da OAB, Yuri Schmitke Almeida Belchior Tisi.