Brasília, 5/10/2015 – O presidente da Ordem dos Advogados Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), Ibaneis Rocha, entregou 121 carteiras para novos advogados nesta segunda-feira em duas solenidades realizadas na sede da Seccional. Segundo o presidente, a OAB/DF se faz com a presença dos jovens advogados e que eles são os responsáveis pela renovação da advocacia. O advogado e professor José Augusto Lyra, ex-conselheiro Seccional, participou da solenidade na condição de paraninfo da segunda cerimônia. Lyra fez um tocante discurso em defesa dos valores da advocacia aos novos profissionais presentes.
Ibaneis Rocha destacou que na data de hoje a Constituição Federal completa 27 anos de vigência e este período proporcionou grandes avanços e descobertas à sociedade brasileira. O presidente também ressaltou a importância da figura do advogado para que os direitos dos cidadãos presentes na Constituição sejam, de fato, cumpridos.
“Nós, advogados, temos o dever de fazer com que os problemas da sociedade sejam resolvidos com os instrumentos que a Constituição nos dá. Sem qualquer tipo de radicalismo ou perseguição, utilizando simplesmente aquilo que nós aprendemos, que é lutar com as ferramentas legais. Só assim conseguiremos construir mais democracia e só com a democracia nós vamos avançar socialmente”, disse Ibaneis.
O professor Nilton Rodrigues da Paixão Junior, paraninfo da primeira cerimônia de entrega de carteiras, ressaltou a importância do exercício da justiça e falou sobre os momentos em que as adversidades da profissão fazem o advogado querer desistir.
“Quando eu me sinto desolado e despido das minhas crenças, sempre penso em três conceitos que me ajudam a seguir em frente. O amor, porque ele pode transpor qualquer barreira, minha infinita ignorância, pois eu sempre posso saber mais e a necessidade de recomeçar, já que a energia da renovação nos traz novas perspectivas”, aconselhou Nilton.
“O advogado é aquele que tem o contato direto com as aflições e vulnerabilidades do indivíduo. É aquele que ouvirá as lamentações, as histórias de vida, os problemas e os causos de cada um de seus clientes e, com amor, irá orientá-los e defendê-los”, disse o orador da primeira cerimônia, Anderson Rocha Luna da Costa. Para ele, o exercício da advocacia plena exige do advogado o sentimento de indignação em face às violações dos direitos dos cidadãos e qualquer abuso ou exploração contra o ser humano. “Na advocacia encontraremos forças que nos impulsionarão a combater vigorosamente toda e qualquer forma de injustiça”.
José Augusto Lyra, ex-conselheiro Seccional, professor e advogado, foi o paraninfo da segunda cerimônia e falou sobre a importância da inquietude como uma das maiores virtudes do advogado. “Movimentem-se, movam-se, não aceitem as coisas como estão. A inquietude faz com o que advogado seja um diferencial para a sociedade”. Lyra também relembrou a época em que prestou o Exame da Ordem e da alegria que foi receber a carteira de advogado. “Precisamos comemorar as vitórias cotidianas. Eu não me deixo levar por louvores, glórias e honrarias. Eu sou simples, mas não sou simplório, e eu canto a minha vitória com a vida”.
O paraninfo, que tem 21 anos de carreira, mostrou-se muito emocionado em poder transmitir uma mensagem de motivação e coragem aos jovens advogados. José Augusto disse que, mesmo após tantos anos, era a primeira em que ele tinha a honra de ser paraninfo em uma solenidade de entrega de carteiras na OAB. “Fiquei muito sensibilizado e emocionado com o convite. A OAB/DF vem fazendo um trabalho muito bonito com a ESA, valorizando não só o Direito, mas a educação no geral. Como representante da classe dos professores também, não poderia estar mais feliz”.
Ao finalizar, José Augusto Lyra ressaltou o seu amor pela advocacia e pelo magistério. “Tenham em mente que a nossa profissão é linda. Morrerei e nascerei 500 mil vezes. Morrerei e nascerei advogado. Morrerei e nascerei professor. Sonhem, lutem, sejam os melhores. Venham para a OAB, façam os cursos aqui oferecidos, busquem se reciclar e participem ativamente dessa casa”.
“Não foi fácil chegar até aqui, mas todo o esforço, as horas de estudos, as noites sem dormir e toda a tensão e preocupação valeram a pena”, disse a oradora da segunda cerimônia, Cristina Araújo Lopes. A nova advogada falou sobre as a imprescindibilidade do advogado para que o Estado cumpra sua obrigação de oferecer e garantir justiça a todos. “Nossa responsabilidade é grande e nosso compromisso com a justiça é permanente”, completou.
Compuseram as mesas nas cerimônias de entrega de carteiras o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha; o vice-presidente, Severino Cajazeiras; a secretária-geral, Daniela Teixeira; os paraninfos Nilton Rodrigues da Paixão Junior e José Augusto Lyra; o presidente da CAA/DF, Ricardo Peres; o conselheiro federal, Felix Ângelo Palazzo; os conselheiros secciononais Indira Quaresma, Jacques Veloso, Denise Andrade da Fonseca, Elaine Starling, Camilo Noleto, Marcel Versiani Cardoso, Victor de Lara, Chrystian Junqueira Rossato, Hamilton Amoras, Jonas Filho Fontenele de Carvalho, Wesley Bento, Wendel Lemes de Farias, Ewan Teles Aguiar, Leonardo Mundim; o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, Erik Bezerra; a presidente da Comissão da Memória e da Verdade, Herilda Balduíno; a presidente da Comissão de Tecnologia da Informação, Hellen Falcão; a presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Liliana Marquês e a superintendente de fiscalização de limpeza urbana da Agefis, Adriana Moreira Dias.
Por que você escolheu ser advogado?
Quando eu estava no ensino médio, perguntei aos meus pais e meus tios o que eles achavam que eu deveria fazer e um dos meus tios me aconselhou a tentar a advocacia, porque ele já atuava na área. Quando sua família tem alguma relação com o Direito e você tem contato com isso, com o tempo a pessoa se apega ao mundo jurídico. Foi por isso que eu decidi cursar a faculdade de Direito e exercer a advocacia.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Eu gosto de advogar, já trabalho em um escritório aqui de Brasília e pretendo continuar nesse caminho. Não sei se daqui a 10 anos estarei fazendo isso, mas é onde eu gostaria de me ver. Eu gosto da liberdade que a profissão proporciona, de fazer o meu trabalho sem amarras.
Qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB tem um papel muito importante na defesa das prerrogativas dos advogados para garantir a boa atuação da classe e, conseqüentemente, a minha atuação.
Por que você escolheu ser advogada?
Eu escolhi ser advogada porque sempre tive o sonho de poder ajudar as pessoas, diminuir as injustiças que vejo no mundo e modificar esse sistema que beneficia uns em detrimento de outros. Eu acredito que a advocacia vai me proporcionar isso.
Como você se vê profissionalmente daqui a 10 anos?
Daqui a 10 anos eu gostaria muito de ser juíza.
Qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A importância da OAB é dar todo um suporte para o advogado iniciante, principalmente, na defesa das prerrogativas e ajudar na construção da carreira que escolhemos.
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF