Brasília, 6/12/2010 – O membro honorário vitalício da OAB/DF, Reginaldo Oscar de Castro, um dos homenageados na solenidade de comemoração dos 50 anos da 1ª Sessão do Conselho Pleno da Seccional com a Medalha Miranda Lima, disse que a comenda é uma das mais caras, “porque sou daqui, fui do Conselho Seccional, participei intensamente dessa luta, principalmente após os anos 80 pela democratização do Brasil. Eu sinto uma alegria imensa, porque a sensação que tenho é a de que o meu dever foi cumprido e a contento”.
Castro explica que a história da OAB/DF, a história de Brasília e a história do Brasil estão entrelaçadas. Segundo Castro, nos anos 60 muitos confundiam o Conselho Federal com a OAB/DF. “Nós estávamos aqui na capital da República, e o Conselho Federal no Rio. Naquele momento de ditadura, a Seccional teve um papel fundamental na reconquista das liberdades, da reinstitucionalização do Brasil”.
Ele lembra que, na época, o Conselho, de certa forma convencido de que não poderia deixar de estar em Brasília, “em face de estar a OAB/DF a representá-lo, acabou vindo para a capital. Era o correto a fazer”.
Um dos advogados mais antigos da Seccional, Castro espera que nos próximos 50 anos a OAB/DF mantenha a história de independência, de absoluta defesa das prerrogativas. E não se esqueça que, ao defender o Estado Democrático de Direito, jamais se confunda com qualquer outro órgão público. “A Ordem não pode se ligar ao Ministério Público, não pode se ligar à magistratura, não pode se ligar a partidos políticos. Ela tem um papel perfeitamente definido pelo seu estatuto, que deve ser respeitado com todo o vigor”, aconselhou.
Priscila Gonçalves
Assessoria Comunicação – OAB/DF