Caputo defende liberdade de imprensa em sessão na CLDF - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Caputo defende liberdade de imprensa em sessão na CLDF

Brasília, 07/06/2011 – O presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, participou na segunda-feira (06/06) de sessão solene na Câmara Legislativa, em comemoração ao Dia da Liberdade de Imprensa. A data é comemorada internacionalmente no dia três de maio. No Brasil, o dia é o sete de junho. Na cerimônia convocada pela deputada Liliane Roriz, presidente da Comissão de Assuntos Sociais da Casa, vários jornalistas foram homenageados.

Em seu discurso de abertura, a parlamentar destacou a importância da livre circulação de informações para o bom funcionamento de uma sociedade democrática. “O jornalismo sério modifica a vida das pessoas. E para isso é importante que o jornalismo incomode”, ressaltou a parlamentar, que denunciou o cerceamento dos jornais comunitários do DF pelo governo local.

Francisco Caputo frisou que a liberdade de imprensa é um dos temas mais caros aos advogados do Brasil. “É missão de jornalistas e advogados zelar para que a liberdade de imprensa seja usufruída pela sociedade, uma vez que é diuturnamente ameaçada”, disse ao citar o relatório da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). O documento revela a ocorrência de quatro assassinatos de jornalistas e 15 casos de atentados, agressões, detenções por policiais e censura, no período de outubro de 2010 a junho de 2011.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Lincoln Macário, observou que os jornalistas e a imprensa têm vários dias comemorativos, mas que faltam motivos para comemorar. Macário citou a falta de cumprimento do piso salarial e de direitos trabalhistas. “A liberdade de imprensa não é propriedade dos jornalistas e dos donos de jornal, mas da sociedade. E para que seja exercida, é preciso regras e regulamentação.

Receberam homenagens especiais o jornalista Mário Eugênio, morto por investigar crimes realizados por policiais em 1984, e o jornalista Renato Riella, responsável pela cobertura e investigação do crime a frente do jornal Correio Braziliense. “Esse foi um fato muito marcante em Brasília. O enterro de Mario Eugênio foi o segundo mais concorrido da capital, perdendo apenas para o de Juscelino Kubitschek”, relembrou Riella.

Reportagem – Demétrius Crispim
Foto – Valter Zica
Assessoria de Comunicação – OAB/DF