CMA Vai à Escola e leva informação para os estudantes da CEM Elefante Branco

A Comissão da Mulher Advogada da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CMA/DF) realizou mais uma edição do “CMA vai à Escola Pela Valorização da Dignidade da Pessoa Humana”. A ação ocorreu nos dias 2 e 3 de maio no Centro de Ensino Médio (CEM) Elefante Branco, na Asa Sul. Foram tratados temas como: o uso de drogas; a cidadania; o assédio; a mediação de conflitos; a escolha de uma profissão; a comunicação não violenta; a gravidez na adolescência e o respeito à dignidade da pessoa humana.

“É um projeto muito querido e caro à nossa comissão. A Elefante Branco é uma escola com aproximadamente 1,8 mil alunos, e foram realizadas palestras nos dois turnos, na segunda-feira e terça-feira da semana passada. Como os estudantes dialogam sobre os temas com outras pessoas, tornam-se multiplicadores do projeto. Seguiremos visitando outras escolas com o mesmo objetivo”, explica a presidente da CMA/DF, Nildete Santana de Oliveira . “O objetivo das palestras é ajudar o dia a dia da escola. Essa interação é muito importante para o crescimento dos alunos dentro e fora do ambiente escolar”, completou Nildete.

As palestras

A advogada Camila Dias conversou com os alunos sobre Comunicação Não Violenta, que leva em conta aspectos importantes para que conflitos sejam evitados, tais como: a conversação; a escuta ativa; a empatia; a compreensão; a capacidade de escuta e as ações positivas ao se comunicar. “Vivemos em um mundo onde a comunicação é feita por aparelhos, e isso aumenta ainda mais as chances de conflito. Foi uma conversa muito boa, propositiva com os alunos em que ficou claro que toda a violência na comunicação resulta em mais violência, não sendo possível resolver o problema com esse tipo de atitude”, disse Camila.

A advogada Catharina Berino também falou sobre o assunto com os estudantes e passou uma mensagem de que a comunicação é importante para que todos se sintam bem: “”Quanto vale a sua paz de espírito? Essa é a mensagem que passamos para os alunos da escola. Vale mesmo a pena criar atritos desnecessários?”, perguntou.

Para a palestrante Danielle Guimarães, que falou sobre mediação de conflitos no ambiente escolar, as palestras servem para que os adolescentes tenham uma visão de como funciona o mundo, principalmente, no mercado de trabalho, onde a harmonia é muito importante para que os resultados pessoais e coletivos sejam alcançados. “Ter a oportunidade de plantar sementes da cultura da paz é garantia de que, futuramente, teremos árvores com raízes fortes!”, pregou Danielle.

A visão foi compartilhada pela advogada Claudia Trindade, que participou dos encontros na Elefante Branco. “Um pequeno gesto em prol de um futuro mais humanista e justo. Este é o nosso desejo ao levarmos um pouco da nossa experiência de vida aos jovens do Distrito Federal”, ressaltou.

Falando sobre o uso de drogas e suas consequências, a advogada Marcela Furst, relatou que a OAB/DF tem uma função social para com a sociedade, e o projeto é o retrato desta função. “Levar informação para crianças e adolescentes sobre direito e cidadania é extremamente gratificante. Os alunos do Centro de Ensino Médio Elefante Branco foram muito participativos e mostraram não só vontade em interagir, mas interesse em divulgar seus aprendizados”, contou Marcela.

Levar informações e conhecimento sobre um tema tão atual como a dignidade da pessoa humana foi a missão da advogada e conselheira seccional Karine Alcântara Lopes. Ela disse que estar com os adolescentes estudantes do colégio Elefante Branco foi uma experiência incrível e gratificante. “Pude trabalhar com eles o conceito de dignidade humana e como respeitar as diferenças no nosso cotidiano. Ensinei que a dignidade humana é fundamento do Estado Brasileiro e base para todo o ordenamento pátrio e que, por sermos pessoas, somos seres únicos e dignos de amor e respeito à singularidade”, comentou.

Como forma de abrilhantar, ainda mais, o evento, Karine levou sua mãe, Eliane de Almeida, que estudou há 53 anos no Elefante Branco e que é psicóloga há 45 anos. Também, escritora. “Ela nos ensinou que o autoconhecimento é essencial para que possamos nos identificar como sujeitos de direitos, e para sermos efetivamente livres. Importante ressalva: saber os limites da liberdade para não prejudicar o próximo. Foi uma tarde emocionante e frutífera, tanto para nós quanto para todos os que participaram do evento”, complementou Karine.

A advogada Maria Victória abordou mais questões voltadas à dignidade da pessoa humana, com um foco no respeito às diferenças. “O respeito às diferenças é fundamental para a inovação. A diversidade abre caminhos mais solidários e respostas mais criativas, ambientes mais inovadores”, explicou.

Outro tema importante, uma das grandes preocupações das famílias, é o combate ao uso de drogas, e foi tratado pelas advogadas Vera Rocha e Ruhama Heroína. “A informação eleva o saber, transforma vidas e previne prejuízos à saúde física e mental. Quando o assunto permeia a questão das drogas, percebemos que há muita desinformação, algo que pode ser trágico para os jovens e seus familiares”, disseram as palestrantes.

Já a advogada Káttia Braz tratou das escolhas profissionais que os jovens terão de fazer ao terminarem o Ensino Médio. A mensagem principal é que, independentemente de sua escolha, o importante é o respeito por todos. “Ame a Deus e ao seu próximo. Faça o bem. Semeie amor e paz. Seja educado. Respeite sempre. A colheita de bons frutos será abundante. A escolha profissional é o caminho para uma sociedade justa e fraterna”, ressaltou Káttia. Além disso, a advogada Gabriela Raquel Soares lembrou que todos devem sonhar, e que todos precisam ter metas na vida. “Uma vida sem sonhos é uma vida vazia. É uma vida mal vivida. Tenha tempo para sonhar, afinal tudo surgiu a partir de um sonho, do abstrato, de uma ideia. Sonhe e, se possível, concretize”, falou Gabriela.

As advogadas Nauane Buriti e Sthefany Vilar trataram das escolhas profissionais dos adolescentes e como isso poderá impactar suas vidas e a sociedade. “Compartilhar nossas vivências no momento da escolha da profissão dos jovens que serão os profissionais de amanhã é plantar uma semente em que a educação e a dedicação transformarão essas vidas. Não podemos esquecer que eles são o futuro do nosso país.”

Por falar no futuro do país, as advogadas Veranne Magalhães e Mauren Porto Alegre discorreram sobre algo muito importante, as questões de cidadania. Ensinaram direitos e deveres que temos para conviver harmonicamente em sociedade, começando pelo voto consciente. “A nossa conversa foi sobre a importância do voto consciente para o exercício da cidadania, destacando que, por meio do voto, o jovem tem o poder de transformar a sociedade em que vive.”

Elefante Branco

O Centro de Ensino Médio Elefante Branco (CEMEB), fundado em 22 de abril de 1961, é a escola pública mais antiga de Brasília. Sua criação materializou os ideais do educador Anísio Teixeira, mentor do conceito de Escola Nova, teoria que privilegiava o desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos.

Em seus primeiros anos, a escola era considerada uma das melhores do Brasil. Professores altamente qualificados e estrutura similar a de uma universidade: matérias optativas, departamentos, laboratórios equipados, além de cursos técnicos de engenharia, eletrônica, contabilidade etc.
Dentre seus ex-alunos estão o ex-presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa; o piloto Nelson Piquet e a cantora Zélia Duncan.

Texto: Euclides Bitelo
Comunicação OAB/DF