A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) recebeu 108 novos advogados em seu quadro. As cerimônias de entrega de carteiras aconteceram na quinta-feira (18/05), no auditório da Seccional do DF.
Durante a cerimônia da manhã, 53 novos profissionais fizeram o juramento, comprometendo-se a orientar suas condutas pelos princípios fundamentais da moralidade, honestidade, lealdade e dignidade profissional.
No evento, o presidente Casa, Délio Lins e Silva Jr., destacou a relevância da OAB. “Recebi minha carteira das mãos do meu pai, que estava aqui, um advogado ainda jovem, e do nosso presidente Safe Carneiro, que eu convidei para ser paraninfo aqui. Ele usou uma expressão que nunca mais esqueci: a OAB é o Templo da Liberdade e da Democracia. É isso que somos. E é nesse templo que hoje vocês chegam de forma oficial. É nesse templo que vocês agora fazem parte deste exército.”
Charlton Rangel Gonçalves Rodrigues, orador da turma, enfatizou o comprometimento com os valores democráticos. “Nossa missão é regida pelo comprometimento com os valores republicanos e democráticos, preceitos imersos em nosso processo de vida real. A partir de hoje, somos convocados a nos unir àqueles responsáveis pelo aprimoramento de uma cultura jurídica cidadã. Ao lado dos demais poderes da República, a Ordem se posiciona em defesa da Constituição, da ordem jurídica, do Estado democrático de direito, dos direitos humanos e da justiça social.”
Em sequência, Paulo Roque Khouri, doutor em Direito, advogado, jornalista, professor, conselheiro Seccional da OAB/DF (triênio 2003/2006) e ex-diretor da Escola Superior de Advocacia (triênio 2000/2006) e paraninfo da turma, ressaltou a advocacia como uma forma de construir um legado, valorizando o esforço e o apoio daqueles que contribuíram para o sucesso dos novos advogados. “Hoje, eles entregam à sociedade novos advogados. Vocês, meus queridos colegas, agora advogados, estão começando na advocacia, na jovem advocacia, que precisa muito de vocês. Tenho uma frase que costumo dizer: a advocacia é ciumenta, não gosta de concorrência, quer dedicação exclusiva de cada um de nós, ao exercício diário dessa bela profissão. A advocacia exige de cada um de nós paciência, perseverança e persistência.”
Solenidade da tarde
Na segunda solenidade do dia, mais 55 carteiras profissionais foram entregues aos novos advogados, que assumiram o compromisso baseado no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, incentivou os novos profissionais a enfrentarem os desafios da carreira com gratidão e determinação, transformando obstáculos em conquistas. “Vocês começam uma jornada e uma carreira com vários ‘nãos', e hoje é o momento de vocês olharem para frente e transformarem esses obstáculos em uma vitória. Sejam gratos e valorizem a caminhada, olhem para o passado e saibam que vocês superaram os ‘nãos' da vida. É na dificuldade que aprendemos a ter orgulho de quem somos e nos tornamos. Bem-vindos à nossa Casa!”
O orador de turma, André Pereira Peixoto, enfatizou a crucial importância dos jovens advogados permanecerem comprometidos com a busca pela justiça. “Lembremos que cada decisão judicial, cada lei interpretada, cada direito defendido deve ser um passo na direção de uma sociedade mais livre e justa. Como futuros juristas, devemos interpretar as leis não apenas com base em seus textos, mas no espírito que vivifica sua aplicação prática na sociedade.”
Já Saul Tourinho Leal, professor, pós-doutor em Direito Constitucional (Humboldt) e paraninfo da cerimônia, fez uma reflexão sobre a figura do advogado. “Carlos Drummond de Andrade, no poema ‘Nosso Tempo’, publicado no livro ‘Rosa do Povo’ em 1945: ‘As leis não bastam, os lírios não nascem da lei.’ Do professor alemão ao pastor americano ativista, ao poeta brasileiro, todos dizem a mesma coisa com outras palavras: é preciso tornar vivo o ideal por justiça, e isso é feito por meio de um profissional, o advogado ou a advogada. Nosso instrumento de trabalho é a petição. Nós estamos aqui para pedir, mas não de forma egoísta. A advocacia pede sempre em favor de terceiros, pede pelo semelhante, por alguém que não tem voz. Essa é a nossa profissão.”
Jornalismo OAB/DF