Clube dos Advogados comemora 1º de Maio

O Clube dos Advogados e a Associação dos Advogados Trabalhistas do DF promovem uma série de eventos no próximo dia 1° de Maio. Entre as comemorações ao Dia do Trabalho, um coquetel e partidas de diversos jogos. A Diretoria do Clube convida todos os associados a prestigiarem o evento, que deverá contar, também, com a presença da presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros.

Happy hour

Em vista da significativa participação de associados no primeiro happy hour promovido no Clube, a Diretoria planeja promover outros quinzenalmente, sempre com nova programação musical. Nesta quinta-feira (29/04), o grupo Capital do Samba apresenta-se mais uma vez, tocando não apenas samba, mas MPB de modo geral.

Nesta sexta-feira, 30, missa em Ação de Graça pela OAB-DF

A presidente da Seccional da OAB do Distrito Federal, Estefânia Viveiros, e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-DF), Sebastião Augusto de Azevedo Filho, convidam os membros da Diretoria, conselheiros, presidentes, diretores e conselheiros de Subseções, funcionários e advogados em geral para a Missa em Ação de Graças pela nova administração da entidade, que será celebrada na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, nesta sexta-feira, 30 de abril, às 19 horas.

A Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fica localizada na QL 06/08, Lago Sul, em frente ao centro comercial Gilberto Salomão.

Subseção consegue vagas para advogados

Os advogados que fazem suas audiências no Fórum de Taguatinga vão contar, a partir da primeira quinzena de maio, com 30 vagas rotativas exclusivas. Elas ficarão disponíveis no estacionamento do Fórum no período de 8h às 19h.

Segundo o presidente da Subseção da OAB/DF de Taguatinga, Ailton Coelho Alves, trata-se de uma antiga reivindicação dos advogados que litigam no Fórum de Taguatinga. O pedido para criação das vagas exclusivas foi deferido pela juíza Sandra Reves Vasques Tonussi, diretora do Fórum e juiza da 1ª Vara Cível. Ailton Coelho ressaltou que as vagas são rotativas e não para uso durante todo o período da manhã ou tarde. Para que estejam disponíveis, falta apenas a construção de guarita, onde um funcionário identificará o carro de advogado com um adesivo.

Campanha de saúde tem início na próxima segunda-feira

A Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/DF) inicia na próxima segunda-feira (03/05), campanha de Multiprevenção, com aplicação de vacina contra a gripe (influenza), avaliação da pressão arterial e dos níveis de glicose e colesterol de advogados, dependentes e funcionários da Ordem.

A vacinação será feita apenas nos grupos de risco estabelecidos pelo Ministério da Saúde (Funasa) e Organização Mundial de Saúde, entre os quais pessoas com mais de 60 anos, mas as demais avaliações e informações estarão disponíveis para toda a família forense.

A Campanha itinerante vai percorrer as Subseções da OAB, fóruns e locais onde se concentram maior número de advogados, sempre no período da tarde. A data de encerramento é o dia 28 de maio. O objetivo é prevenir os fatores de riscos aos quais estão mais expostos os profissionais do Direito, cuja atividade estressante, unida ao fator sedentarismo, ao excesso de peso e problemas como o colesterol e triglicerídeos altos formam um quadro potencialmente perigoso para a saúde, segundo explica o médico Flávio Campos, gerente de Saúde da Clínica Santo Ivo.

A equipe que vai percorrer os locais determinados fará, além dos exames previstos, exposição e distribuição de material impresso com esclarecimentos sobre doenças como o diabetes e a hepatite viral C. A hepatite C, doença infecto-contagiosa transmitida por sangue e hemoderivados e também por contato sexual, normalmente é assintomática e de evolução sem sintomas em até 20 anos, podendo evoluir para formas crônicas como a cirrose e o câncer.

Já o diabetes,a hipertensão e as dislipidemias (colesterol e triglicerídeos) formam, juntas, três dos principais fatores de risco para doenças coronarianas.

Confira o cronograma da Campanha:

TJDF – Sala do Advogado, dias 03 e 04, das 14h às 17h

Fórum de Taguatinga – Sala do Advogado, dia 05 e 06, das 14 às 17h

Fórum Ceilândia – Sala do Advogado, dia 07, das 14h às 17h

Fórum Samambaia – Sala do Advogado, dia 10, das 14 às 17h 

Fórum Brazlândia, Sala do Advogado, dia 11, das 14 às 17h

Fórum Gama, Sala do Advogado, dia 12, das 14h às 17h

Fórum Planaltina, Sala do Advogado, dia 13, das 14h às 17h 

Fórum Sobradinho – Sala do Advogado, dia 14, das 14h às 17 h

Clube dos Advogados – Dia 15, das 8h às 12h

Fórum Paranoá – Sala do Advogado, dia 17, das 14 às17h

Justiça do Trabalho – Sala do Advogado, dia 18, das 14h às 17h

OAB/DF – Dia 20, das 14h às 17h – CAA/DF

Clínica Santo Ivo – Dias 21 a 28 (dias úteis), das 9h às 12 e das 14 às 17h

Estefânia responde a agressões de ex-presidente

A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, Estefânia Viveiros, reagiu com tranqüilidade às declarações raivosas do ex-presidente José Joaquim Safe Carneiro ao jornal Correio Braziliense e lamentou o tom emocional e agressivo com que ele tratou questões relativas à entidade.

Leia declaração da presidente Estefânia Viveiros:

“Só tenho a lamentar que o ex-presidente tenha reagido de forma emocional na entrevista, o que demonstra o rancor e o ódio que ainda guarda por ter sido derrotado nas eleições. As contas da OAB/DF, inclusive o balanço que ele próprio assinou, estão à disposição da classe para comprovar que falei a verdade a respeito da crise financeira provocada nos últimos anos na Seccional. Com relação às ofensas contra a minha pessoa, deixo para a classe julgar. A campanha eleitoral já encerrou e o meu objetivo agora é trabalhar em prol dos advogados do Distrito Federal. De todos, indistintamente”.

Busato sai em defesa da OAB/DF

Leia, abaixo, entrevista do presidente nacional da OAB, Roberto Busato, comentando a entrevista da presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, ao Correio Braziliense:

Presidente nacional da Ordem dos Advogados afirma que seccional do Distrito Federal está sucateada e oferece ajuda.

Fabíola Góis Da equipe do Correio

A dívida de R$ 7 milhões da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Distrito Federal (OAB/DF), preocupa a OAB Nacional. Em entrevista ao Correio, a presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, anunciou auditoria para apurar o déficit e disse que assumiu o cargo tendo que negociar com credores. O presidente nacional da Ordem, Roberto Busato, confirma que não há outra seccional em todo o país com tamanha dívida. “Algo de muito grave deve ter acontecido”. Para cortar despesas, Estefânia teve de demitir funcionários e tomou uma medida criticada por alguns advogados. Aumentou em 28% a anuidade paga à Ordem. Há nove anos, o valor era o mesmo, R$ 325. A justificativa é que os R$ 422,50 desembolsados pelos associados servirão para desafogar o caixa. Segundo a presidente da Ordem, 99% das receitas são destinadas ao custeio. Não sobra dinheiro, por exemplo, para reformar o prédio-sede da OAB/DF e revitalizar o Clube dos Advogados. Busato disse que pôs à disposição uma comissão do Conselho Federal para ajudar a seccional a sair da crise. Segundo ele, as sugestões de aumentar a anuidade e cortar gastos partiram de avaliação técnica. A idéia do Conselho é aplicar um plano conjunto de gestão em oito seccionais com dificuldades financeiras. “Estefânia está no caminho certo e já é elogiada. Adotou posturas duras para reduzir as despesas“, comentou Busato.

Em entrevista ao “Correio”, Estefânia revela situação financeira da OAB/DF

O jornal Correio Braziliense de sábado (24/04) publicou longa entrevista com a presidente da Seccional da OAB do Distrito Federal, Estefânia Viveiros,

a respeito da situação deficitária da entidade. Leia, na íntegra:

“A OAB-DF está quebrada”

Ana Maria Campos

Da equipe do Correio

Doutora em Direito Civil, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Distrito Federal, Estefânia Viveiros, está se especializando agora em gestão administrativa. Há três meses à frente da entidade, a jovem de 32 anos trabalha 14 horas por dia para “fazer o dever de casa“, como descreve. A tarefa, segundo ela, é administrar um déficit de R$ 7,1 milhões e uma estrutura física em decadência pela má conservação. “A OAB/DF se encontra hoje na pior situação de todo o Brasil“, avalia.

Depois de um trabalho que envolveu perícias e análises contábeis, Estefânia diz ter constatado uma série de contratos pagos com valores muito acima do necessário. Ao assumir no início do ano, ela teve de negociar com credores, rever pagamentos, cortar despesas e demitir funcionários. E adotou, logo de saída, uma medida impopular: aumento de 28% nas taxas de anuidade. “A OAB está no Cadin (Cadastro de Inadimplentes). Não tinha outro jeito“, justifica a presidente, em entrevista ao Correio.

O prédio-sede da OAB/DF e o Clube dos Advogados de Brasília foram encontrados em situação de sucateamento, segundo levantamento de engenheiros. O próximo passo de Estefânia é verificar se houve irregularidades na administração do dinheiro arrecadado dos filiados. Para isso, ela já encomendou uma auditoria. Com tantos problemas, a primeira mulher a assumir a presidência da OAB diz que, de início, se decepcionou. Mas que tomou a condução da entidade como um desafio. “Sou jovem e mulher. Não posso errar“.

CORREIO BRAZILIENSE – Logo que a senhora assumiu, disse que faria um levantamento sobre a situação da OAB. O que encontrou?

ESTEFÂNIA – Infelizmente encontramos uma OAB tecnicamente quebrada. Encontramos um déficit de R$ 7,1 milhões, no dia 30 de dezembro.

CORREIO – O que provocou essa situação?

ESTEFÂNIA – Primeiro, foram nove anos sem aumentar a anuidade. Além disso, 99% das receitas são destinadas ao custeio. Havia um orçamento apenas decorativo. Temos muito mais despesa do que receita. Ou seja, temos apenas 1% dos recursos aplicados diretamente ao advogado. E, apesar do déficit, quase não houve investimentos. Em nove anos, poucas coisas feitas em benefício dos advogados. Providenciaram ônibus, que levam os advogados até o fórum em razão da dificuldade de estacionamento, e fizeram seminários.

CORREIO – A senhora considera que houve má gestão dos recursos?

ESTEFÂNIA – Para chegar a essa conclusão é preciso fazer uma auditoria, que já pedimos e vamos realizar. Mas quando se tem um orçamento em que 99% da receita vai para o custeio, há algo de errado na administração. E os dados foram apresentados pela própria gestão anterior.

CORREIO – Há indícios de irregularidades?

ESTEFÂNIA – Não, por enquanto não. Mas isso só uma auditoria poderá mostrar. Há um mês, apresentei a situação da OAB/DF num encontro de colégio de presidentes em Curitiba e lá pude falar sobre plano de gestão e como encontrei a casa. Infelizmente detectei que a OAB/DF se encontra hoje na pior situação de todo o Brasil, em termos de déficit e de estrutura. O nosso próprio prédio passa por uma situação desgastante.

CORREIO – Qual é o problema?

ESTEFÂNIA – Uma inspeção feita por uma equipe de engenheiros detectou várias infiltrações, paredes trincadas, vazamentos, má conservação tanto no prédio-sede da OAB/DF, quanto nas subseções e no Clube dos Advogados. Encontramos um patrimônio histórico abandonado e sucateado.

CORREIO – Quando a senhora estava em campanha, sabia dessas condições?

ESTEFÂNIA – Não, em absoluto. E mais: eu fui conselheira da OAB e posso dizer que ninguém do conselho sabia disso. Só soube quando cheguei. Para mim, foi uma decepção. Se tivesse encontrado um caixa zero, estaria muito feliz e realizada porque a gente poderia partir logo para o que foi prometido na campanha. Por isso, me decepcionei, e muito. Imagina passar 15 dias, um mês, recebendo credores. Foi uma dificuldade enorme encontrar o caixa negativo. Não tinha nem cheque especial. Não tinha nem credibilidade junto ao banco para aumentar o cheque especial. A Ordem está no Cadin (Cadastro de Inadimplentes). Agora estamos tentando resolver esses problemas.

CORREIO – Por isso uma medida impopular como o aumento da taxa de anuidade?

ESTEFÂNIA – Isso mesmo. Houve um aumento de 28%. A anuidade passou de R$ 395 para R$ 422,50. Mas o advogado com até dois anos de inscrição na Ordem tem 50% de desconto. Foi até uma promessa que fiz na campanha e estou dando esse apoio ao jovem advogado. Tínhamos de aumentar o valor. O último reajuste ocorreu há nove anos. Se fôssemos aplicar o IGP-M (índice de inflação), dava um aumento maior, de 108,4%. Apesar de impopular, o reajuste da anuidade não será suficiente para acabar com um déficit de R$ 7 milhões.

CORREIO – A senhora está cortando gastos?

ESTEFÂNIA – Claro. Quero entregar a OAB numa situação muito melhor administrativa e institucionalmente do que encontrei. Para isso, temos de fazer o dever de casa. Então estamos adotando medidas como um Pro-In, uma espécie de Refis para que os advogados inadimplentes possam parcelar os valores em atraso. Além disso, nesses cem primeiros dias já cortamos R$ 659 mil em despesas.

CORREIO – Houve demissões?

ESTEFÂNIA – Essa é a parte triste. Demitimos 15 das 91 pessoas que trabalhavam aqui, do motorista a funcionários da presidência. Tudo isso para reestruturar a casa. Já estou sendo conhecida como mão pesada, no mínimo.

CORREIO – Está arrependida?

ESTEFÂNIA – Arrependida não. Pelo contrário. No início, fiquei arrasada mesmo. Hoje tomei como um desafio. Vou até o final e vou fazer. Mas sei que o desgaste é constante. Todos esses cortes geram irresignação.

CORREIO – Com esses cortes, será possível começar a investir mais?

ESTEFÂNIA – Já começamos a fazer algumas coisas. Estamos modernizando a OAB. Fizemos um primeiro pregão para aquisição de computadores, para informatizar a Ordem. Compramos 45 equipamentos por R$ 66 mil. Só para fazer um paralelo, em dezembro, durante a gestão anterior, foram comprados 25 computadores por R$ 109 mil. E o nosso equipamento é muito superior. O nosso site também já oferece um banco de currículos. Além disso, estamos investindo em cursos. Também vamos ajudar a OAB nacional numa campanha a favor das prerrogativas dos advogados.

CORREIO – Até hoje vemos outdoors de candidatos que defendem prerrogativas de advogados. A campanha na OAB continua?

ESTEFÂNIA – A campanha acabou. Hoje, toda a diretoria da OAB está voltada para todos os advogados. Não há vencidos nem vencedores. Agora, com relação a essa campanha de prerrogativas, se há verba, a gente pode até sugerir que o Conselho Federal busque as pessoas que estão proporcionando isso para participar de uma campanha nacional.

CORREIO – Pretende concorrer a um cargo público?

ESTEFÂNIA – O meu compromisso é com a Ordem e meu desafio é ser a melhor presidente que a OAB já teve. Tenho falado que cheguei como a primeira mulher a ocupar o cargo e ainda a mais jovem. Por isso, não posso errar. Esse é o objetivo. Não tenho nenhuma pretensão política.

CORREIO – O fato de ser mulher e jovem atrapalha de alguma forma?

ESTEFÂNIA – O preconceito é cultural, sutil. Você não consegue pontuar como ocorre. Sinto no dia-a-dia uma certa discriminação. Mas isso não atrapalha o meu trabalho.

CORREIO – A OAB sempre participou dos assuntos da cidade. Qual tema chama a sua atenção hoje?

ESTEFÂNIA – A segurança me preocupa. Estamos reféns do medo. O problema está relacionado ao Entorno e por isso, envolve os estados de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. O governo federal tem de se preocupar com isso e tratar como prioridade.

Transparência: OAB devolve multa de anuidade

Os advogados que pagaram multa por liquidar a primeira parcela da anuidade da OAB/DF no período de 1º a 22 de março já estão recebendo esses valores de volta. A Diretoria da Seccional entendeu que o ressarcimento deve ser feito mesmo que o valor da multa seja pequeno, tendo em vista tratar-se de um dinheiro que pertence ao advogado.

O problema surgiu em vista de a data de vencimento ter coincidido com a proximidade do carnaval, em fevereiro. Naquela ocasião, a OAB/DF prorrogou o prazo para 22 de março, mas como os boletos já haviam sido emitidos, o banco liquidou a parcela considerando a multa. Tendo em vista a situação, a OAB/DF decidiu fazer a devolução dos valores pagos.

Os funcionários da Tesouraria já estão entrando em contato com os advogados para informá-los dos valores que têm a receber. O ressarcimento pode ser feito na própria Tesouraria ou através de depósito em conta corrente.

Mais informações: 448.7037

Artigo no JB: Tempo de violência e política

O Jornal do Brasil desta sexta-feira (23/04) publica artigo da presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, analisando a escalada da violência urbana, seus reflexos no Distrito Federal e a necessidade de se cobrar dos políticos em campanha compromissos efetivos com a paz social.

Leia o artigo, na íntegra:

Tempo de violência e política

Estefânia Viveiros Presidente da OAB – Seção do Distrito Federal

As cenas de combate entre polícia e traficantes pela ocupação do morro da Rocinha, no Rio de Janeiro, não são muito diferentes daquelas que as redes mundiais de televisão mostram da cidade sunita de Falluja, no Iraque. Vive-se uma situação de guerra não apenas no Rio, mas em todas as metrópoles brasileiras. O Distrito Federal, ninguém se engane, não é uma ilha da fantasia nesse cenário.

Quem sair da Esplanada dos Ministérios, num raio de pouquíssimos quilômetros, vai se defrontar com a realidade rotineira das grandes cidades: famílias amontoadas em casebres, cidadãos aprisionados em cárceres desumanos, ondas de angústia, insegurança e medo expandindo-se sobre todas as classes sociais.

O fenômeno da urbanização acelerada e descontrolada em torno da capital do País deve constar da pauta de preocupação dos governos do DF, de Goiás e de Minas e está a exigir uma discussão mais ampla envolvendo todos os setores da sociedade. Desconheço quem escape ao medo dos seqüestros relâmpagos, mas que dizer, também, do pesadelo das mães dos jovens recolhidos ao Centro de Atendimento Juvenil Especializado?

O Caje, como acontece com outras instituições, em vez de resolver o problema do adolescente em conflito com a lei, torna-se, ele próprio, vítima de dilema ante o Estatuto da Criança e do Adolescente ao se mostrar ineficiente e não oferecer alternativas de recuperação. Enquanto isso, jovens desesperados matam-se uns aos outros. Até quando?

As Forças Armadas nas ruas, vistas por parte da população como o meio mais eficiente para enfrentar o crime organizado, são antes um problema de ordem constitucional e moral. Constitucional porque elas não se destinam à segurança pública. Moral porque requisitá-las, nessas circunstâncias, é reconhecer e decretar a falência absoluta do Estado na proteção de seus cidadãos.

Ainda há muito trabalho a fazer antes de se entregar os pontos assim, e quis o destino que essa idéia não prosperasse no governo graças ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos – não por acaso, advogado de longa militância e que presidiu o Conselho Federal da OAB.

Esta é a moldura aviltante às vésperas das campanhas para eleger prefeitos e vereadores em todo o País. O DF não tem prefeito nem Câmara Municipal, mas conta com uma enorme população flutuante que reside em cidades muito próximas, sob forte influência política local. Continua, pois, não sendo uma exceção à regra.

A Ordem dos Advogados do Brasil está mobilizada em torno do movimento pela ética na política, ao lado de quase uma centena de entidades e da Igreja. Pode parecer uma daquelas cruzadas utópicas, mas democracia é assim mesmo, cheia de sonhos e de esperança. O que não podemos é silenciar em um momento que exige da sociedade posicionamento crítico quanto ao perfil ideal dos candidatos que interpretem as aspirações do povo em face da realidade, capazes de assumir um compromisso ético para o cumprimento de programa de governo voltado para o bem comum.

Não existe mais clima para a omissão e a conivência diante da cruel realidade social decorrente de uma política que, entra governo, sai governo, continua a gerar fome, desemprego e violência. Divorciada, portanto, dos objetivos fundamentais previstos na Constituição brasileira. Os recursos destinados aos estados e municípios têm servido apenas para manter funcionando, precariamente, estruturas administrativas anacrônicas. Os parcos investimentos nas áreas sociais, invariavelmente, são mal direcionados, mal controlados e, pior, sujeitos à política dominada por grupos regionais, quando não desviados de suas finalidades. Não há contabilidade disponível dos bilhões de reais perdidos dessa forma.

A OAB tem insistido na necessidade de o governo refazer a equação econômica para contemplar a rede de proteção social. A disparidade na distribuição de renda é a raiz do problema brasileiro. A desigualdade social é um golpe na cidadania. Tudo o que precisamos é de políticas públicas consistentes e comprometidas com os anseios da sociedade, capazes de vencer esses problemas, e não de soluções irreais, meramente cosméticas, criadas pelo marketing político-eleitoral. A sociedade brasileira tem sede de justiça na prática diária.

OAB/DF define GT da I Conferência de DH

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF encaminhou à Secretaria Executiva da I Conferência Distrital dos Direitos Humanos os nomes dos componentes que irão integrar o Grupo de Trabalho na condição de representantes da Ordem. São eles: Estefânia Viveiros (presidente da Seccional), Wellington de Queiróz, Manoel Batista de Oliveira júnior, Alfredo Henrique Rebello Brandão, Antonio Luiz Cardoso Rosa, Rosana Rondon Rossi e Olavo José Viana.

A I Conferência foi aberta no auditório da OAB/DF no dia 15 de abril. Participaram cerca de 60 representantes de entidades ligadas aos Direitos Humanos no DF, que analisaram as formas de colaborar na realização do evento. A I Conferência Distrital de Direitos Humanos será realizada nos dias 18, 19 e 20 de maio e vai estabelecer as linhas mestras do Sistema Distrital de Direitos Humanos.

O evento é preparatório para a IX Conferência Nacional de Direitos Humanos, que se realizará no dia 29 e 30 de junho e 1º e 2 de julho, e tem como objetivo definir as linhas básicas do Sistema Nacional de Direitos Humanos.

Mais informações: www.presidencia.gov.br/sedh