Estefânia abre seminário sobre ética

A presidente Estefânia Viveiros abre nesta quarta-feira (27), às 14h30, no Centro Cultural Brasília, o seminário Ética na Justiça – Atuação Judicial da Advocacia Pública e Privada. No encontro, serão discutidas sob diferentes perspectivas (do governo, da sociedade e do indivíduo) os valores éticos no desempenho das funções essenciais da Justiça.

Participam do seminário a professora Daisy de Aspen e Valdez, o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/DF, Maria Luiza da Costa Estrela, o procurador-geral da União, Moacir Antônio Machado da Silva, o corregedor-geral do Ministério Público Federal, Wagner Gonçalves, e o professor Emerson Aguiar.

O seminário conta com o apoio da OAB/DF.

OAB/DF prestigia posse de César Rocha no TSE

A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, comparece hoje (26) à posse do ministro César Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça, como ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocupando a vaga do ministro Peçanha Martins, que concluiu seu mandato no último dia 14.

A cerimônia será presidida pelo ministro Carlos Mário Velloso, às 19 horas, no plenário da Corte.

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, César Asfor Rocha é ministro do STJ desde maio de 1992. Foi advogado militante e vice-presidente da Seccional da OAB cearense, professor e procurador-geral do município de Fortaleza, e na Justiça Eleitoral, atuou como juiz efetivo do Tribunal regional Eleitoral do Ceará.

Participe do curso de advocacia nos tribunais superiores

Ainda está em tempo para participar do curso sobre Advocacia nos Tribunais Superiores, oferecido pela Escola Superior de Advocacia da OAB/DF e coordenado pelo Dr. Renato Ramos, que teve início nesta segunda-feira, dia 25 de abril, e segue nos dias 26, 27, 28 e 2, 3 e 4 de maio, numa carga horária total de 25 horas.

As aulas acontecem no Edifício da OAB/DF (SAS, Quadra 5 Bloco N Edifício OAB, 1º andar), de 19h 30min às 22h 40min, e o custo é de R$ 170,00.

Você pode fazer a inscrição on line no site da OAB/DF e efetuar o pagamento de duas formas: por depósito bancário na conta da ESA-DF, ou diretamente na tesouraria da OAB. Para obter mais informações ligue 224-1474 ou 225-5724.

Programação do Curso

26 de abril – terça-feira Tema: Técnica na elaboração de Recurso Extraordinário; Palestrante: Paulo Gustavo

27 de abril – quarta-feira Tema: Técnica na elaboração de Embargos de Divergência; Palestrante: Marcelo Pires Torreão

28 de abril – quinta-feira Tema: Técnica na elaboração de Agravo do art. 544, CPC e Agravo interno (regimental); Palestrante: Cesar Binder

2 de maio – segunda-feira Tema: Reclamação, medida Cautelar e assuntos afins Palestrante: Miguel Ângelo Barros da Silva

3 de maio – terça-feira Tema: Advocacia no Tribunal Superior do Trabalho; Palestrante: Vitor Russomano Junior

4 de maio – quarta-feira Tema: Advocacia no Tribunal Superior Eleitoral. Palestrante: Tarcisio Vieira de Carvalho Neto

Advogados trabalhistas se reúnem com Corregedor do TST na OAB/DF

O Corregedor Geral do Tribunal Superior do Trabalho, Luciano de Castilho, recebeu nesta terça-feira (25) dos advogados trabalhistas que militam no Distrito Federal uma série de recomendações com vistas a melhorar a atuação desse segmento da advocacia tanto no âmbito do TST quanto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião foi na própria sede da OAB/DF, onde a presidente da Seccional, Estefânia Viveiros, fez questão de destacar o alto nível nas relações entre a advocacia trabalhista e as administrações dos dois tribunais.

O ministro, por sua vez, recordando seu passado de quase catorze anos de militância na advocacia trabalhista, disse que recebia as sugestões como uma contribuição a mais para efetivar o papel social da Justiça do Trabalho. “O juiz do trabalho é, antes de tudo, um servidor público, e nessa condição precisa prestar um serviço irrepreensível à sociedade”, disse.

Dentre as sugestões apresentadas, estão a de melhorar a sala destinada aos advogados no TST, melhorar o serviço de som do TRT e executar um planejamento de horários de audiências que não prejudiquem, como vem ocorrendo, o trabalho da totalidade dos profissionais em seus escritórios.

Os advogados sugeriram ainda que a sustentação oral no TRT possa ser feita antes dos votos dos juízes, e não depois, de modo a consagrar o direito de defesa de apresentar argumentos que possam convencer a Corte.

Participaram da reunião, que o ministro manifestou desejo de repetir em outras ocasiões, além da presidente Estefânia Viveiros, o conselheiro federal pelo DF, Nilton correia, o presidente da Comissão de Direitos Sociais da OAB/DF, André Vieira Macarini, o presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas do DF, Emens Pereira de Souza, e, ainda, os advogados Jomar Alves Moreno, José oliveira Neto, Robinson Neves Filho, Ronaldo Ferreira Tolentino, Hugo oliveira Horta Barbosa, Flávio Noronha, Lísia Moniz de Aragão, Herilda Balduíno de Souza, Carlúcio Campos, Hélio Carvalho Santana, Roberto Gomes Peres e Ana Ribas, dentre outros.

Conheça as agências que atendem ao convênio da casa própria

Leia, abaixo, a relação das agências do Banco Real que podem oferecer maiores informações sobre o convênio para financiamento de compra ou reforma da casa própria dos advogados:   Ag. 306 Sul CLS 306 BLOCO D LOJA 30 Fone: (61) 242-1062 Fax: (061) 244-4699 Gerente: Mariana Vieira Silva de Oliveira   Ag Com. Sul QD 4 BL A LJ 237 (ED.VERA CRUZ) Fone/Fax: (061) 325-6588  Gerente: Nelio Alves da Costa   Ag. 503 Sul SCRS CR 503 BLOCO B LOJA 5/6 Fone: (061) 325-6677 Fax: (061) 325-6612 Gerente: Sandra Lima de Carvalho   Ag. Conjunto Nacional LJ. T45  Fone: (061) 325-6666 Fax: (061) 325-6667 Gerente: Analia Ramos Cunha   Ag. 201 Sul SCLS 201 BL A LJ27  Fone: (061) 322-6652 Fax: (061) 322-4961 Gerente: Flavio Antonio Freitas Penido   Ag. Nucleo Bandeirante AV.CENTRAL 790/880 LJ826/44 Fone/Fax (061) 552-0193  Gerente: Ana Diene E. Lopes de Moura   Ag. STJ – Sup. Tribunal de Justiça SAFS QD 06 LT 01 BL C Fone/Fax: (061) 325-6648 Gerente: Erika Felix de Souza   Ag. 502 Norte CRN 502 BL.B LJ 58 Fone/Fax: (061) 327-5588  Gerente: Lucio Eduardo Tiveron   Ag. SIA – Setor de Industria e Abastecimento SIA TRECHO 03,LOTE 120 Fone: (061) 363-2900 Fax: (061) 363-2907 Gerente: Gilvânia da Rocha Jorge.   Ag. Setor Hospital Sul SHLS 716, BL I, LOJA 40 Fone/Fax: (061) 345-7788 Gerente: Erika Carvalho Cintra   Ag. Lago Sul SHIS QI05 BL.H LJ.7/8/9 Fone: (061) 364-3689 Fax: (061) 364-3432 Gerente: William Silvério de Toledo   Ag. Taguatinga C 6, LOTE 5 Fone: (061) 351-1234 Fax: (061) 352-2148 Gerente: Maria da Penha Felipe Soares

Artigo: Nepotismo e outras práticas nefastas

Estefânia Viveiros Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Distrito Federal A bandeira da moralidade, do rigoroso cuidado com o bem público e da ética sempre foi defendida pela Ordem dos Advogados do Brasil até os extremos, desde quando nossa instituição esteve cercada pelas tropas do autoritarismo até a caminhada democrática que levou ao impechament de um presidente da República, em passado recente. Curioso observar que, desde então, mesmo com tantos expurgos sofridos e vividos no cenário político brasileiro, a necessidade de manter essa bandeira desfraldada é cada vez maior.

Neste momento, em todo o País, a OAB se lança em mais uma campanha, agora contra o nepotismo – a abominável prática de contratar parentes nos três Poderes da República. Mais do que prática, um costume que data do Império e que teima em não desarraigar, como uma herança maldita.

A mídia, nos últimos meses, lançou seus holofotes em direção ao Congresso Nacional. Ocorre que o Legislativo, sem dúvida, é, dentre todos, o Poder mais exposto. Reflete as contradições, as falhas e – por que não? – também os méritos e gestos de grandeza de nossa sociedade. Não adianta ficarmos apenas na crítica. Olhe para o Congresso e verá o Brasil. Poderia ser melhor? Sim, e devemos nos esforçar por isso. Daí a importância de uma campanha dessa natureza, assim como a permanente campanha em defesa da ética na política.

Nos períodos eleitorais, a Ordem procura orientar os eleitores (com todo o cuidado de não partidarizar o discurso) no sentido de escolher bem quem irá representá-los, falar por eles, escrever e ajudar a fazer leis. Juntamente com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a OAB tem denunciado casos de violação às regras democráticas e, desse gesto, surgiu a primeira lei de iniciativa popular, quando se angariou mais de um milhão de assinaturas nas cidades e no campo para efetivamente punir a corrupção eleitoral. Compra de votos, principalmente. Por trás das contratações de parentes sobressai-se, sem dúvida, o velho artifício de engordar a receita familiar com salários pagos pelo erário público.

Não é e hoje, vemos câmaras legislativas estaduais, municipais e até mesmo tribunais tratando de reajustar seus salários e, com isso, ocupando grandes espaços na mídia. O mesmo espaço que não vemos para uma discussão mais profunda sobre, por exemplo, os rendimentos de um professor ou professora do ensino fundamental ou daquele policial que enfrenta o tráfico de drogas organizado. Parece-me óbvio que um político deva ser bem remunerado, sem entrar no mérito do valor dessa remuneração. Mas o político deve levar em conta algo fundamental: política não é profissão. É uma circunstância na vida de qualquer cidadão apto a votar e ser votado. O eleitor confiou-lhe uma missão, nada mais.

Portanto, pleitear uma melhor remuneração para os deputados e funcionários de gabinete pode até ser legítimo, mas para que fosse também moralmente aceito pela sociedade o Congresso deveria dedicar o mesmo empenho àqueles que mal conseguem sobreviver com o que ganham.

Com relação à contratação de parentes para gabinetes, não há discurso nem diploma que justifiquem. É aquela velha história: o Poder Público servindo de cabide de emprego para filhos, filhas, sobrinhos, netos, esposas, maridos etc. Basta. Para a OAB, o clientelismo é uma praga, e como tal deve ser combatida.

A proposta de Emenda n° 334/96, cuja admissibilidade já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, é o caminho natural para se pôr um fim a essa doença. Até o momento, os parlamentares a têm tratado como um remédio necessário. A questão é saber se há obstáculos invisíveis à frente. Razões para desconfiar a sociedade tem de sobra: até hoje, a reforma política – cantada e decantada por todos os presidentes que assumem o Poder – nunca saiu do papel porque é prática corriqueira trocar de partido como se troca de roupa, ao prazer dos ventos que sopram no Planalto.

Da mesma forma, a reforma tributária nunca se efetivou de verdade porque não interessa à máquina de arrecadação do Estado simplificar o modelo atual – pesado, burocrático e que faz da nossa carga tributária uma das mais pesadas do planeta.

Logo, não tem outro jeito: precisamos todos participar!

Convênio para compra ou reforma da casa própria do advogado

Os advogados devidamente regularizados com a OAB/DF já podem conseguir financiamento para a compra ou a reforma da casa própria, contando com atendimento personalizado e taxas competitivas: no último dia 14 de abril a entidade firmou um convênio com o Banco ABN AMRO Real, assinado pela presidente Estefânia Viveiros, pelo presidente da Caixa de Assistência aos Advogados, Carlos Aureliano Motta de Souza, e pelos representantes do Banco Real Geisel Guilherme de Bem, superintendente regional, e Flávio Antônio Freitas Penido, gerente geral.

Segundo Geisel de Bem, trata-se de uma parceria inédita, que servirá de exemplo para as demais seccionais da Ordem, e até mesmo para outras associações. “Estamos ampliando nossa atuação no Distrito Federal, e selecionamos a OAB em função de sua idoneidade, competência e seu comprometimento com a sociedade. Estamos muito felizes”, disse ele, explicando que a vantagem está na taxa de juros de 11,5% ao ano mais a TR, inferior àquela que vem sendo praticada pelo mercado.

Os financiamentos para a aquisição da casa própria poderão ser feitos em 15 anos, para cobrir até 70% do valor do imóvel, ou R$ 245 mil, e exige-se renda familiar mínima de R$ 1.500,00. Para a reforma, os prazos de pagamento ficam entre dois e cinco anos, com taxa anual de juros de 15% ao ano mais a TR, cobrindo até 40% do valor, ou R$ 60 mil.

Geisel adiantou que o banco vai capacitar profissionais nas suas agências para atender a OAB, e o processo será bastante rápido. “A pessoa receberá uma carta de crédito para levar à imobiliária, dentro das condições avaliadas pelo banco. Com a documentação do imóvel, procederemos à liberação do financiamento em no máximo 40 dias. Tenho certeza de que vai ser um grande sucesso”, garante o superintendente regional do Banco Real.

Estiveram presentes à assinatura do convênio o vice-presidente da OAB/DF, Paulo Thompson Flores, o vice-presidente da Caixa de Assistência aos Advogados, conselheiro Alberto Vasconcellos, o diretor tesoureiro Severino Cajazeiras, e o superintendente regional do Banco Real Sidney Ribeiro Dinau.

Adquira já o jornal Voz do Advogado

Já está circulando a nova edição do jornal Voz do Advogado, noticiando várias novidades, dentre as quais o convênio assinado entre a OAB/DF, a CAA/DF e o Banco Real que visa possibilitar financiamento especial para compra ou reforma da casa própria dos advogados. Traz, ainda, reportagem sobre o novo horário de funcionamento da Seccional e dos últimos acontecimentos nos quais a OAB/DF foi notícia. O jornal é distribuído gratuitamente e caso o advogado ainda não o receba em casa ou no escritório, por mala-direta, deve entrar em contato imediatamente para se cadastrar ou atualizar o endereço.

Amaral reitera apoio da OAB/DF à campanha contra nepotismo

Os dirigentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil que estiveram presentes à sede do Conselho Federal da entidade repudiaram de forma unânime a prática do nepotismo nos três Poderes, alvo de movimento nacional lançado em solenidade nesta quarta-feira (20). A OAB/DF foi representada pelo secretário-geral Francisco José de Campos Amaral.   A campanha tem como objetivo manifestar a oposição da entidade à contratação de familiares para cargos de confiança no funcionalismo público e funcionará como linha de apoio para parlamentares empenhados na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n° 334/96 – que prevê a extinção do nepotismo. “Temos certeza que será uma campanha vitoriosa”, afirmou Amaral.   Segue a íntegra das manifestações dos dirigentes de Seccionais da OAB presentes ao lançamento do movimento anti-nepotismo:   Distrito Federal, Francisco Campos Amaral (secretário-geral) – “A OAB do Distrito Federal, por meio de sua presidente, doutora Estefânia Viveiros, sua diretoria e todos os seus conselheiros, está apoiando integralmente esse movimento nacional lançado pela entidade e se oferece para colaborar na coleta de assinaturas e no seu encaminhamento ao Poder Legislativo, que está próximo da nossa Casa. Achamos que podemos ter uma boa colaboração nessa empreitada. Temos de antemão a certeza de que a OAB vai ser bem-sucedida nessa caminhada porque esse movimento nasceu das mãos da nossa entidade”.   Alagoas, Everaldo Bezerra Patriota (vice-presidente) – “Nós sabemos como foi que nos Tribunais, no Legislativo e no Executivo os feudos se encrustaram e se apropriaram do que era público. Parte da administração pública foi privatizada em todos os estamentos da administração. Portanto, era preciso que a OAB se preocupasse com um tema como esse, levando-o a debate da sociedade e provocando esse tipo de reflexão, para se concluir o quão grave é o nepotismo para a democracia. Não há democracia numa sociedade de desiguais. Noberto Bobbio diz que só há democracia numa sociedade de cidadãos. Mas, como sermos cidadãos com essa praga do nepotismo? Precisamos nos preocupar com algo que começou no governo Fernando Henrique Cardoso, que é o chamado e endeusado terceiro setor e que, agora, com um governo que se diz popular e do campo democrático, está se consolidando. A cidadania está saindo do orçamento público e indo para as parcerias com estatais, com grandes empresas. Ora, para recuperar o Palácio do Planalto, é preciso agora chamar um banco, e o Estado mínimo se consolidando e o terceiro setor se agigantando. É necessário que os servidores públicos concursados de todo o País se levantem, porque é a profissionalização da máquina pública que corre risco. A campanha, então, é o primeiro passo para, mais à frente, brigarmos pela profissionalização do serviço público”.   Mato Grosso do Sul, Geraldo Escobar (presidente) – “A justificativa usada por muitas autoridades – de que o parente é chamado a assumir o cargo de confiança porque é quem mais inspira confiança – não pode ser critério para qualquer tipo de contratação. Isso porque qualquer pessoa que consiga aprovação em concurso público e tenha atributos profissionais suficientes para exercer a função vai demonstrar que é de confiança e que tem competência. Deve-se moralizar o serviço público, oportunizando a todas as pessoas, sem privilégios, as chances de ocupar uma vaga no funcionalismo público. Chega de manter benefícios a parentes daqueles que possuem cargos a oferecer. O movimento anti-nepotismo lançado hoje pela OAB é uma forma de moralizar o serviço público e extirpar por completo essa prática da sociedade brasileira.”   Pará, Ophir Cavalcante Junior (presidente) – “É preciso acabar com o nepotismo, essa relação de compadrio que existe desde à época da Coroa portuguesa, e partir para a defesa dos princípios de impessoalidade e moralidade, que devem reger a administração pública. É muito difícil para um presidente de Seccional da OAB ver tribunais de Justiça, tribunais de contas e órgãos do Legislativo estadual dominados por clãs, verdadeiros feudos compostos de parentes de prefeitos, filhos de magistrados e familiares, que dominam a cena pública. O nepotismo é uma verdadeira quebra da isonomia constitucional e temos de pôr um fim a essa prática. Esse movimento que a OAB lança hoje deve funcionar como uma postura uníssona de combate a essa chaga. Tenho certeza que muitos políticos irão abraçá-lo e lutar pela aprovação da emenda anti-nepotismo no Brasil“.   Piauí, Álvaro Mota (presidente) – “Vejo esse movimento lançado hoje com muito bons olhos e me faz lembrar um pouco a carta ao administrador público, de Cícero, onde dizia que a obrigação de todo administrador público é fazer o público feliz. E a melhor maneira de fazer isso é preservando os recursos públicos, os investimentos. Vejo a campanha como um passo à frente e uma ação necessária, porque a corrupção grassa neste País. Especialmente nos municípios pobres do Nordeste, onde as crianças não têm a merenda escolar. Há também esse problema no Poder Judiciário, que muitas vezes não funciona em razão do nepotismo, pois o juiz nomeia seus parentes e os cargos muitas vezes são preenchidos só formalmente. Enfim, vejo este ato, esta luta, como a materialização de um sonho e de uma nova realidade para o Brasil”.   Rio Grande do Norte, Joanilson de Paula Rego (presidente) – “Nós precisamos democratizar este País e democratizar é dar acesso a todos, é ser fiel a ambos os princípios da impessoalidade e moralidade na hora de contratar pessoas para assumir cargos públicos. É preciso ser fiel ao princípio em que se baseia a democracia, de que todos são iguais perante à lei. Eu tenho tentado tanto fazer com que esses princípios sejam respeitados no meu Estado, visando a igualdade de todos e organizar o serviço público com base no cadastro e na lotação ideal de cada unidade administrativa. Tenho tentado tanto preencher os cargos com pessoas que são realmente necessárias e fazer um plano de cargos e funções que esteja baseado na transposição de cargos e em um treinamento que adeqüe as pessoas. Não ao nepotismo”.   Rio Grande do Sul, Valmir Batista (presidente) – “No Rio Grande do Sul, desde a Constituição estadual de 1989, há um dispositivo que veda a contratação de parentes nos três níveis de poderes do Estado e também nos demais órgãos da administração direta e indireta. Então, embora não se viva mais no Rio Grande do Sul este problema, que é um problema nacional, estamos engajados nessa mobilização porque o Brasil precisa ser um país em que as coisas aconteçam como um todo. Sabemos que há em outros Estados também dispositivos que proíbem a contratação de parentes na administração pública. Mas, como frisou o deputado Raul Jungmann, aqui presente, há diversas formas de burlar essa proibição, através de meios indiretos e de recursos públicos que são carreados para a iniciativa privada, e assim, contratar parentes daqueles que detêm o poder da administração pública. É preciso que essa campanha vá além dos poderes de Estado. É preciso haver também uma fiscalização, uma atenção de todas as Seccionais da OAB e da sociedade, de modo geral, denunciando, quando for do seu conhecimento, a existência de parentes de detentores de cargos públicos que estejam em empresas privadas, as quais prestem serviços a órgãos públicos. Pois esta é uma forma também indireta de nepotismo. A campanha, tenho certeza absoluta, terá repercussão nacional pela sua grande importância”.   Tocantins, Luciano Ayres (presidente) – “A campanha é muito oportuna. Os efeitos do nepotismo são nocivos e nefastos à administração pública e ao exercício da cidadania. Portanto, está de parabéns o colega Ophir Cavalcante Júnior, presidente da OAB do Pará, que teve a idéia da campanha. Mas está de parabéns sobretudo o Conselho Federal da OAB, através do nosso eminente presidente, Roberto Busato, que, abraçando a idéia, está implementando-a para que o sucesso seja alcançado em todo o Brasil e possamos extirpar essa praga do nosso serviço público, nos diversos graus e esferas”.

Estefânia defende Judiciário do DF em horário integral

Embora considere essencial a aprovação do projeto de reestruturação da Justiça local pela Câmara dos Deputados, a presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, defende o funcionamento do Judiciário em horário integral. “A exemplo do sistema adotado pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo TRF da 1ª Região, a Justiça local deveria passar a atender os usuários em tempo integral”, disse ela.

Para Estefânia,

o horário de funcionamento dos dois tribunais serve de modelo para o do Distrito Federal. A presidente da OAB-DF reconhece que faltam magistrados e servidores para que a Justiça local tenha um bom desempenho para os usuários e advogados que militam nos fóruns. Mas com o reforço que virá, ela acredita que a instituição poderá funcionar em dois horários.

No entanto, para que os julgamentos alcancem a rapidez que a sociedade reclama, é preciso a votação, pelo Congresso Nacional, de mudanças nos códigos processuais (civil e criminal), previstas na reforma infraconstitucional, alerta Estefânia.

Neste sentido, ela observa que já surgiu um bom sinal no Congresso. Semana passada, ela e o presidente Nacional da OAB, Roberto Busato, foram convidados a participar, juntamente com outros operadores do Direito, das audiências públicas que vão debater a reforma infraconstitucional.

Quanto à interdição do “Bloco A” do fórum de Brasília, Estefânia diz que a mudança de local das varas vem dificultando a atuação dos advogados e a presença das partes nas audiências. “Tem causado muita dificuldade, principalmente porque os bancos não foram transferidos para o prédio onde estão os Juizados Especiais, no SIA”, explicou. “Com isso, temos de dar entrada nas petições lá, retornar à agência bancária para fazer o depósito e voltar aos juizados, percorrendo longas distâncias e perdendo tempo”.

 

Estefânia

já tratou do assunto com o presidente do TJDF, desembargador Jeronymo Bezerra, que ficou de dar uma solução para o problema até o próximo mês. “Estamos sem qualquer estrutura para os advogados que freqüentam o SIA, não temos espaço para instalar computador nem máquina de xerox”.

As declarações da presidente da OAB/DF foram dadas

ao Jornal de Brasília.