A OAB/DF realizou nesta quarta-feira, 24, duas solenidades para entrega de carteiras da Ordem dos Advogados do Brasil aos novos advogados do Distrito Federal. A ética e o compromisso com a advocacia foram referências repetidas em todos os discursos que, proferidos durante as cerimônias, garantiram muita emoção ao evento solene.
“Nós exigiremos, de todos os inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Distrito Federal, a observância do nosso Código de Ética – e seremos implacáveis – porque só assim nos faremos respeitar novamente perante a sociedade e o Judiciário”, anunciou o presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, ao dirigir sua palavra conselheira aos advogados que se iniciam na carreira.
Caputo não deixou de destacar a luta que a OAB vem travando para fazer valer a defesa da lei do estado democrático de direito na sociedade, num momento em que define como sendo o mais crítico da história da República no DF. Caputo convocou os novos advogados a assumirem os compromissos com a instituição pela garantia da prevalência dos princípios da Constituição. “Os senhores, a partir de hoje, também serão cobrados pela sociedade e por nós aqui da direção da Casa. Nós da Ordem contamos muito com o apoio de vossas excelências nessa nossa luta incessante na defesa das prerrogativas e na defesa da sociedade”, declarou Caputo.
Dr. Marcelo Luiz Ávila de Bessa, paraninfo de uma das turmas que recebeu a carteira de advogado nesta manhã, deu um tom realista a seu discurso, expondo aos compromissandos os percalços da atividade do advogado. “Não existe exercício profissional mais democrático do que o da advocacia. O advogado, como profissional, nem sempre está do lado do mais simpático, nem sempre está com o cliente mais simpático, nem sempre está com a causa mais justa. Mas a obrigação do advogado é, apesar do cliente, apesar da pessoa e apesar da circunstância, fazer de tudo, dentro dos limites da ética, para defender ao semelhante”, disse.
Os cento e quarenta e cinco advogados que receberam a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil passaram a integrar uma classe que, segundo a metáfora do paraninfo de uma das turmas, Dr. Sandoval Curado Jaime, deve ser pautada pelo compromisso com a profissão. “Nós não temos o sangue A, B ou O Positivo. Nós, advogados, temos sangue OAB”, disse.