Formalização de contrato é destaque na palestra sobre Cobrança de Honorários Advocatícios - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Formalização de contrato é destaque na palestra sobre Cobrança de Honorários Advocatícios

Mais de 300 participantes lotaram o auditório da OAB/DF para assistir a palestra sobre “Cobrança de Honorários Advocatícios – Conheça e Aprenda Como Negociar Com Seu Cliente”, realizada pela Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante em parceria com a Comissão de Honorários, nesta quarta-feira (06/03). O presidente Ibaneis Rocha participou da abertura do evento e disse que a palestra trata de um dos assuntos mais difíceis para o advogado iniciante.

“Em 2013, completo 20 anos de advocacia e todos os dias me deparo com dificuldades de cobrar os honorários, principalmente porque a advocacia se modernizou. Muitos advogados têm dificuldade em avaliar qual o trabalho será desempenhado e qual valor de honorários cobrar. Fiquei muito feliz com a proposta da palestra, pois é um assunto de grande importância para todos nós”, disse Ibaneis.

Abrindo os trabalhos, o conselheiro seccional e presidente da Comissão de Assuntos Tributários e Reforma Tributária, Jacques Veloso, disse que a cobrança de honorários não se aprende na faculdade, e sim na prática. “Estamos aqui para compartilhar experiências porque são com os erros que aprendemos. A primeira coisa que temos que ter em mente quando se fala de honorários é qual será o custo do serviço prestado. Na área tributária há diversas realidades e isso também deve ser levado em consideração na hora de fechar o contrato com o cliente”.

O conselheiro Alceste Vilela disse que o bom-senso sempre deve estar presente na hora de cobrar os honorários na área trabalhista. “A tabela da OAB tem um custo geralmente de 10% a 30%, que é um balizador bastante razoável, cobrar além de 30% é quase virar sócio da ação. Esse balizamento é importante também para ver a questão do êxito, da demanda e da complexidade da causa”.

Alexandre Vieira de Queiroz, conselheiro seccional e presidente da Comissão Permanente de Ciências Criminais e Segurança Pública, falou da dificuldade de cobrar os honorários na área criminal, pois “não há um valor de causa, nem de sucumbência, por isso a dificuldade do advogado iniciante na área criminal é muito maior. Os advogados desse ramo do Direito trabalham praticamente sozinhos, o que toma muito tempo do profissional em uma determinada causa, isso deve ser levado em consideração na hora de fixar os honorários”.

Encerrando o evento, o secretário-geral adjunto da Seccional e presidente da Comissão de Honorários, Juliano Costa Couto, tratou da cobrança de honorários no Direito Civil e disse que o primeiro contato com o cliente é definidor na contratação.“Você pode ter sido muito bem indicado ao cliente, mas se ele não gostar de você no primeiro contato, ele não vai te contratar, porque é nesse primeiro encontro que nasce a confiança do seu cliente em você”.

Todos os palestrantes destacaram a importância da formalização do contrato com o cliente. Segundo eles, o contrato é uma segurança para o advogado no caso de alguma divergência com o cliente ao final da causa. Camilo Noleto, presidente da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, comemorou o sucesso da palestra. “Foi grande aprendizado para todos nós, com ensinamentos de renomados advogados com vasta experiência na advocacia. Com certeza termos outros eventos esclarecedores como este”.

Reportagem – Priscila Gonçalves
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF