O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal realizou audiência segunda-feira (7) com a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A reunião ocorreu às 19h, em Brasília. Estava em pauta a paralisação das atividades da advocacia pública federal, em greve desde o dia 17 de janeiro, contra o descumprimento de acordo salarial firmado com o governo em novembro de 2007. A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, não pôde participar em virtude de solenidade de posse no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Estefânia designou o membro da Comissão de Advocacia Pública da Seccional, Mauro César Santiago Chaves, para acompanhar a reunião. Para os representantes do fórum, há grande disposição para negociar. Para tanto, é necessário que o governo apresente uma proposta concreta para que os manifestantes possam deliberar e, se for o caso, suspender a greve. Segundo eles, há necessidade da inserção de um quarto ponto na negociação: o compromisso de preservação dos valores contidos no acordo firmado com o governo. Sem isso, o fórum não vê condições políticas para submeter as propostas às bases. Para o secretário de Recursos Humanos do ministério, Duvanier Paiva Ferreira, tal postura não representaria disposição para renegociar e que “eventualmente os valores poderão ser alterados, como ocorreu com outras categorias”. O presidente do fórum, João Carlos Souto, disse que o posicionamento do governo significa retaliação ao legítimo e constitucional exercício do direito de greve.