Uma pauta no estresse e uma forma de estreitar amizades. É assim que os funcionários da OAB/DF definem aqueles minutos de alongamento diários que quebram a rotina de trabalho.
Desde fevereiro de 2005, a fisioterapeuta Gabriela Dumoncel Martins é responsável pela aplicação da Ginástica Laboral na Seccional do Distrito Federal, atividade que começou na gestão da presidente Estefânia Viveiros e já virou um hábito saudável para todos os que aderiram à novidade. Gabriela conheceu a Ginástica Laboral durante um estágio no CNPQ, e descobriu que poderia ir muito mais fundo do que havia planejado quando estava na faculdade: além de propor exercícios, ela acaba funcionando como uma espécie de psicóloga. “Elaboro os exercícios de acordo com o estado emocional do grupo. Quando noto que estão muito para baixo, procuro passar seqüências em que eles se toquem mais, pois na correria do dia-a-dia as pessoas perderam o hábito de se tocar e de tocar os outros”, afirma. Mesmo que ainda existam aqueles que duvidam de sua eficácia, a ginástica laboral vêm se tornando cada vez mais presente no ambiente de trabalho das empresas que se preocupam com seus empregados. Segundo a fisioterapeuta, os benefícios vão desde a prevenção das Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORTs) e a correção dos vícios posturais, à diminuição do estresse e à melhora do relacionamento entre colegas. Diariamente, funcionários de todas as áreas, divididos em grupos de
quatro a 12
pessoas, participam da ginástica, em pequenas sessões por andares. O garçom Cássio Martins Belém garante que a ginástica laboral é um grande remédio. “Sentia muitas dores no ombro esquerdo, pois passo o dia segurando a bandeja. Depois que comecei com os exercícios melhorei noventa por cento, e sinto muita falta quando não dá tempo para acompanhar o pessoal”, revela. Na verdade, os funcionários quase não percebem que estão fazendo exercícios, tal é a leveza dos movimentos. Mas Leonor Lage, que trabalha na Comissão de Seleção, nunca perdeu uma sessão. “Vivia com dores na região do pescoço e nos braços, e já na segunda semana após o início da ginástica as tensões musculares diminuíram. Hoje não sinto mais dores. Mesmo quem não trabalha aqui deveria experimentar”, garante, sugerindo que a fisioterapeuta aumente o tempo dos exercícios. Fora as melhorias na saúde, todos concordam que o ambiente de trabalho se descontraiu, e os funcionários estão mais unidos. “O aperto de mão entre as pessoas ficou mais forte. Acho que adquirimos mais intimidade. Este é um carinho e uma atenção que toda empresa deveria dispensar a seus empregados”, acredita Salymar Alves, secretária da presidência da OAB/DF.