Um grupo de especialistas da Secretaria de Educação Superior analisará as respostas das 89 faculdades de Direito com baixo desempenho nos cursos, notificadas pelo Ministério da Educação na semana passada – quatro são de Brasília. O ministro Fernando Haddad anunciou a medida nesta segunda-feira (8), no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele declarou que o MEC espera receber as justificativas de todas as faculdades até a próxima semana. Em reunião com Haddad, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, defendeu o aumento imediato da qualidade das instituições que oferecem ensino em Direito. Para o presidente da Ordem, o fechamento deve ser conseqüência do não atendimento dos requisitos de qualidade dos cursos jurídicos. “Nós queremos qualidade e não fechar faculdades”, destacou. Opinião compartilhada pelo presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB/DF, Juliano Costa Couto. O conselheiro seccional considera a parceria com o MEC positiva, mas acredita que é preciso ter cautela em relação a algumas providências. Na semana passada ele já havia feito o alerta. “A adoção de algumas medidas pode gerar a extinção do curso, sem que o objetivo de melhoria da qualidade seja atingido”. Couto participou da reunião das comissões de ensino jurídico no Conselho Federal nesta segunda. Caso as instituições tomem providências que não atendam às expectativas do ministério, a secretaria do MEC deve encaminhar equipes supervisoras às faculdades. “Se o problema é de poucos volumes e de uma biblioteca pequena para grande número de estudantes, esperamos que isso seja corrigido”, explicou Haddad. “Quem não suprir seus problemas, no entanto, vai ter que sofrer uma ação imediata por parte do Estado”, frisou Cezar Britto. Com informações do Conselho Federal