Uso da mediação de conflitos condominiais é debatida em palestra

A mediação como forma de resolver conflitos vem se mostrado muito eficiente. Além de ser um procedimento célere, tem como característica principal a satisfação de ambas as partes. Para tratar desse assunto, na noite desta quinta-feira (15), a OAB/DF recebeu a Mediadora Judicial e Extrajudicial, Débora Lorena.

A palestra se pautou na mediação como meio de solução de conflitos em condomínios. Segundo Débora, após 2010, com a Resolução nº 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos, e depois com o Novo Código Civil e a Lei de Mediação, o Brasil deu um grande passo e direcionamento para implementação de formas consensuais de resolução de conflitos.

Segundo a palestrante, o assunto tem ganhado cada vez mais espaço no meio. Em sua explanação, Débora tratou sobre a os benefícios da mediação em casos de conflitos que surjam na seara condominial, como o procedimento ocorre e quem são os atores das situações. “A mediação contém forma e conteúdo próprios, insculpidos em lei, e esse tema é bastante relevante, tendo em vista que as relações sociais intrínsecas à comunidade de vizinhança carecem de humanização e vistas aos interesses reais dos envolvidos”, disse.

“Geralmente os conflitos ocorrem por conta de barulho, animais, inadimplência condominial, drogas, questões estruturais do prédio, dentre outros. Para Débora, a Mediação Condominial detêm elementos eficazes para a solução dos conflitos que circundam a vivência em condomínios, no sentido de auxiliar na construção de uma sociedade mais justa e democrática através da prática do diálogo e de uma comunicação mais eficiente.

Nesse sentido, é possível aplicação do instituto da mediação como um meio facilitador de entendimento entre condôminos, síndico, administradora de condomínio, funcionários, construtoras, além de ser uma ferramenta que auxilia os gestores de condomínios a desenvolverem uma administração mais eficiente.

Para ela, a comunicação eficiente nos condomínios tem muito a contribuir para evitar que processos judiciais se iniciem ou evitar que a situação evolua para resultados trágicos, o que caracteriza a escalada do conflito.