Nesta terça-feira (4), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), se indispôs com Cristiano Caiado de Acioli após o advogado ter dito que sentia vergonha da Corte e vergonha de ser brasileiro por causa do STF. O incidente ocorreu em voo entre São Paulo e Brasília. Por causa dos dizeres, após o pouso da aeronave em Brasília, o advogado foi conduzido para a Polícia Federal para dar esclarecimentos. Tendo em vista a repercussão do incidente envolvendo o advogado e o ministro da Suprema Corte, a Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, por determinação de sua Direção, acompanhou a oitiva do advogado.
“Assim que tomamos conhecimento de que o advogado seria ouvido pela Polícia Federal, a Comissão de Prerrogativas da Seccional se dirigiu ao local para assisti-lo. Lá, fomos informados pelo delegado responsável de que não se tratava de flagrante, não se tratava de prisão, mas sim, de que a detenção seria apenas para prestar esclarecimentos”, explica o vice presidente da Comissão, Fernando de Assis Bontempo.
“Após o término do depoimento, acompanhado integralmente por nossa Comissão, o advogado foi liberado. Identificamos que o ocorrido não está associado ao fato de o envolvido estar no exercício profissional da advocacia, o que, num primeiro momento, afasta a competência da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF. Importante destacar que durante todo o procedimento Cristiano Acioli esteve acompanhado de seu advogado pessoal. Tratou-se, portanto, de esclarecimentos e ação preliminar, sem notícia de instauração de inquérito policial”, esclarece o vice presidente.
Em contato com a assessoria de imprensa, o advogado Cristiano Caiado de Acioli informou que vai formalizar pleito junto à Seccional. Assim que receber a demanda, o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, afirmou que a instituição analisará o pedido e as medidas cabíveis.