Nesta semana, 183 advogadas e advogados receberam a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, em duas cerimônias virtuais organizadas pela Seccional do Distrito Federal (OAB/DF), com a participação da diretoria, de conselheiros e de representantes de Subseções.
Na cerimônia desta quinta-feira (25), a oradora da turma foi Tatiana dos Santos Gomes Franca e a paraninfa foi Mariana Lagares, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB/DF.
A cerimônia foi conduzida por Délio Lins e Silva Jr., presidente da Seccional, que, logo na abertura, destacou ser a OAB “o templo da liberdade e da democracia”, como bem assinalou o ex-presidente Safe Carneiro, há 20 anos, na cerimônia em que Délio foi compromissando.
PALAVRAS DA ORADORA
Representando a turma, Tatiana dos Santos Gomes Franca repetiu o juramento lido pelo presidente Délio. Houve aplausos em seguida. Depois, Tatiana falou. Destacou que “o dia de hoje é um marco de temporalidade no que se refere à trajetória profissional iniciada antes mesmo das nossas passagens pela graduação”. Ela discorreu sobre a escolha pelo curso. A conclusão dos estudos. A diferença entre ficção e realidade: “não existe perfeição, mas devemos reconhecer que somos privilegiados”.
Desde o momento em que decidiu graduar-se, Tatiana disse que sempre pontuou que faria “bem feito”. Foi desafiador para ela escolher ser advogada, mesmo sem ter uma tradição familiar, e por ser recém-chegada em Brasília, pois é pernambucana. “Minha resposta é que escolhi minha carreira: ser advogada! Inauguro aqui a minha tradição.” Ela entende que a advocacia deve ser exercida com responsabilidade, respeito e ética. Citou Sobral Pinto: “A advocacia não é profissão de covardes”.
Tatiana dos Santos Gomes Franca lembrou que redigiu o manifesto baseada na Constituição Federal, no Estatuto da OAB e em decisões de órgãos públicos para que a prova do XXXII Exame de Ordem fosse facultativa. Ela encaminhou a sugestão à dra Mariana Lagares, que reenviou à Coordenação de Exame da OAB Nacional e sua ideia foi acatada. “Considero que esta é minha primeira causa enquanto advogada”. Leia mais aqui.
PALAVRAS DA PARANINFA
Mariana Lagares agradeceu pela oportunidade de ser paraninfa e de ser presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB/DF, bem como pelo apoio e reconhecimento da atual gestão pelo trabalho que vem sendo realizado.
Para Mariana, receber a carteira é um “momento de plenitude”, pois deixa para trás desafios e inseguranças. “A advocacia é um sacerdócio, uma das mais honradas profissões”. Ela lembrou compromissos e responsabilidades da profissão. “A Justiça deve ser nossa bússola”.
Falaram representantes da Jovem Advocacia, das Subseções, das Mulheres e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), Eduardo Uchôa Athayde.
Veja aqui a cerimônia em todos os detalhes.
A CERIMÔNIA DO DIA 23
Daniel Leite de Souza foi o orador da turma de segunda-feira (23) na entrega de carteiras pela Seccional. Uma cerimônia presidida pelo secretário-geral da OAB/DF, Márcio de Souza Oliveira. O juramento foi lido pelo presidente da Comissão de Compliance da OAB-DF, Inácio Alencastro, e repetido por Daniel em nome da turma.
O orador agradeceu a diretoria da OAB/DF, familiares e seus colegas. Este evento para nós é chegar “ao trânsito em julgado bacharel em Direito”, afirmou. Ele falou do caminho espinhoso e doloroso de enfrentar a formação na busca por poder aplicar o Direito. Celebrou a vitória de todos, e lamentou a pandemia, por ceifar tantas vidas. “Sejamos unidos, vamos dar as mãos, uns aos outros. Esta é uma das carreiras mais promissoras deste país. Tudo é possível; nada é impossível, quando temos fé em Deus e quando colocamos um objetivo e não olhamos para as dificuldades”.
O paraninfo da turma, Rafael de Alencar Araripe Carneiro, presidente da Comissão de Direito Eleitoral, falou sobre as dificuldades deste tempo de pandemia. “É um momento muito difícil: caos mundial na saúde, de perda de vidas, de retrocessos econômicos e sociais, extremismos políticos, desentendimento entre as pessoas, desesperança e desequilíbrio, e é quando vocês iniciam o exercício da advocacia… e é quando a ideia da justiça se faz necessária”. A advocacia se tornar ainda mais relevante como voz de combate a abusos e injustiças foi a mensagem-chave, e o paraninfo recomendou “sensibilidade” e capacidade de “contribuir para um mundo melhor”.
Na perspectiva pessoal, Rafael Araripe disse que o conceito de felicidade é muito importante. “Meu conceito de felicidade é de um processo, uma caminhada. Aprendi com Stephen Kanitz a definição de felicidade. Foi em um texto em que ele fala de desejos e de ambições; de base e domínio (derivados de anos de estudos). A felicidade é o equilíbrio na distância entre esses dois mundos. Portanto, é preciso identificar o nível atual de competências em que se está.
“No momento, vocês ainda são promessas. Precisam superar novas batalhas, precisam superar novos degraus… Que essa caminhada de sucesso seja sempre compartilhada e que sempre que precisarem contem com a Ordem… Contem conosco para o que der e vier”.
Em mais esta solenidade o presidente da CAADF falou à turma sobre o apoio assistencial e programas de apoio à advocacia em tempos de pandemia. Abordou os desafios para enfrentamento da pandemia. “Estamos buscando que nossos espaços não se tornem vetores da transmissão do vírus… temos auxílios para apoiar os profissionais que precisam”. Mais um detalhe do discurso de Eduardo Uchôa foi a retaguarda do plano de saúde oferecido: “saúde da família com preços razoáveis… atendimento psicológico gratuito, por meio da telemedicina”. Para o presidente da CAADF, aos novos profissionais é importante toda a rede de apoio que se oferece pela OAB/DF.
Veja aqui a cerimônia na íntegra.
Texto: Montserrat Bevilaqua
Comunicação OAB/DF