A Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) vai acompanhar as inventigações do assassinato de dois moradores de rua na Praça do Índio, na região central da cidade. “Estamos muito preocupados com este tipo de violência aqui em Brasília”, diz o coordenador da comissão, conselheiro Jomar Alves Moreno. “Já fizemos alguns contatos com a polícia sobre o crime, mas a investigação está, ainda, muito preliminar.” No início da manhã desta segunda-feira (19), dois homens foram baleados na cabeça por um motoqueiro. Há suspeitas de que as mortes tenham sido causadas por acerto de contas ou dívida de drogas. A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Segundo Moreno, a OAB/DF espera que, quando descoberto, o assassino seja condenado a pena máxima, de 30 anos de prisão. “As vitímas foram mortas por aparente motivo fútil e sem chance de defesa. Esse crime é equiparado com o crime hediondo”, afirmou o conselheiro. Histórico Há 12 anos, em 20 de abril de 1997, o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, teve 95% do corpo queimado, enquanto dormia em um banco da mesma praça. Os autores do crime foram cinco jovens de classe média. A Praça do Compromisso, conhecida como “Praça do Índio”, recebeu esse nome em homenagem a Galdino e tem uma uma escultura em homenagem ao indígena.